Somos um país com dois milhões de pobres, onde o poder de compra cai todos os dias e o desemprego aumenta sem fim à vista. Somos um país em eterna crise mas onde os nossos administradores são dos mais bem pagos da Europa, um país onde as desigualdades na distribuição dos rendimentos nos colocam no terceiro lugar logo atrás do México, Turquia e empatados com os Estados Unidos. É este o país onde nos dizem que todos vamos ter de apertar o cinto para pagar a ganancia de alguns. O país onde as televisões todos os dias convidam para falar economistas e patrões que criticam os gastos do estado com os cidadãos e reclamam mais dinheiro desse mesmo estado. Um país em que nos querem convencer que somos nós os culpados da ganancia dos outros. Um país onde nos dizem que temos de pagar a crise dos outros. Um país eternamente adiado, que a cada dia que passa mais se enterra do atoleiro do capitalismo global. Somos um país a necessitar urgentemente de uma revolução.
Arquivo de 24 de Outubro, 2008
Um país
Aih! que se enganaram … ou não
“Os partidos políticos vão poder voltar a receber contribuições em dinheiro. Ao contrário da lei que desde 2003 proíbe as forças políticas de receber donativos em dinheiro o novo orçamento omite a expressão «são obrigatoriamente titulados por cheque ou transferência bancária», substituindo-a pela obrigatoriedade de os partidos em apresentarem extractos bancários dos movimentos de conta e do cartão de crédito.
Com as modificações feitas à lei deixam também de ser considerados donativos situações em que bens dos partidos são vendidos por montantes superiores ao valor de mercado.”O Ministro já veio desmentir mas, tudo isto acontecer no orçamento para um ano em que há três actos eleitorais, deixam ficar muitas dúvidas no ar. O PSD já veio protestar, mas todos nos lembramos do caso Somague, pelo que a moral não é muita e o CDS teve mais vergonha na cara e calou-se, não fosse alguém lembrar-se de lhe pedir que nos apresentem o tal Sr. chamado Jácinto Leite Cápelo Rego. Esperemos que a noticia publica deste caso venha a ser suficiente para os fazer recuar, pelo menos em palavras já o prometeram, agora falta ver se a “necessidade” que três eleições criam não lhes compra a decência, (se é que ainda a têm).