«Eu não acredito em reformas quando se está em democracia, quando não se está em democracia, é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se; e até não sei, se a certa altura, não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então, venha a democracia», afirmou a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.
Ela fala e ou entra mosca ou sai merda. Moscas que,com este frio, não há muitas.
Arquivo de 19 de Novembro, 2008
E alegre se fez triste
E alegre se fez triste
(Adriano Correia de Oliveira)
Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem no teu rosto
E alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno Agosto
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
Meu nome no teu nome e demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados
A clara madrugada em que parti
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde o automóvel se afastava
E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer adeus essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada
Que fez tão triste a clara madrugada
Música: José Niza Letra: Manuel Alegre
Manuel Alegre. Um novo partido?
Manuel Alegre não é a imagem do politico competente, do politico de secretária, pragmático e que nos dê confiança como governante. É um político mais de ideias e ideais que de contas e governanças, um homem mais poeta que politico. Mas não é de exactamente dos políticos tecnocratas, que se preocupam mais com os números que com as pessoas, que governam sem coração nem ideologia, aquilo de que nos queixamos tanto. Claro que tem muitas pedras no sapato e, quem aguenta tanto tempo a suportar um governo destes, quem se tem limitado a uma ou outra discordância naquilo que de mais aberrante fez este governo, mas aceita e vive com o sistema, não é certamente impoluto e inocente.
Se nada mudar, se algo de diferente não acontecer, o Engenheiro já canta vitória em 2009 e o que se discute é se vai ser Primeiro-ministro de um governo com ou sem maioria absoluta. Um novo partido à esquerda do PS (não é muito difícil, de tanto que o PS se tem chegado para a sua direita), um partido que lhe retirasse uma fatia de 5, 10 ou 15% do eleitorado podia mudar tudo. Pode não ser a solução ideal, mas viria certamente a baralhar tudo.