Manuel Alegre não é a imagem do politico competente, do politico de secretária, pragmático e que nos dê confiança como governante. É um político mais de ideias e ideais que de contas e governanças, um homem mais poeta que politico. Mas não é de exactamente dos políticos tecnocratas, que se preocupam mais com os números que com as pessoas, que governam sem coração nem ideologia, aquilo de que nos queixamos tanto. Claro que tem muitas pedras no sapato e, quem aguenta tanto tempo a suportar um governo destes, quem se tem limitado a uma ou outra discordância naquilo que de mais aberrante fez este governo, mas aceita e vive com o sistema, não é certamente impoluto e inocente.
Se nada mudar, se algo de diferente não acontecer, o Engenheiro já canta vitória em 2009 e o que se discute é se vai ser Primeiro-ministro de um governo com ou sem maioria absoluta. Um novo partido à esquerda do PS (não é muito difícil, de tanto que o PS se tem chegado para a sua direita), um partido que lhe retirasse uma fatia de 5, 10 ou 15% do eleitorado podia mudar tudo. Pode não ser a solução ideal, mas viria certamente a baralhar tudo.
19
Nov
08
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