Há meses que o Engenheiro por cá e um pouco por todo o mundo todos andam a apresentar medidas contra a crise, sem parecerem reparar que não vale a pena abrir o chapeu de chuva quando já estamos dentro de água. São medidas que pouco ou nada melhoram a vida das populações e que em nada alteram o próprio sistema que criou a crise. A recente cimeira do G20, em que os mais poderosos desejavam apresentar soluções foi um vazio em que tudo o que conseguiram dizer é que defendem mais do mesmo. Dar mais dinheiro ao sistema que criou a crise prometendo uma maior regulação, sabendo bem que rapidamente essa mesma regulamentação desaparecerá mal pensem que a crise passou. O capitalismo tudo consome e quando já “queimou” tudo em seu redor acaba a consumir-se a si próprio. Se não mudarmos o sistema não mudamos de vida. Criticam as populações pelo endividamento que eles próprios promoveram e publicitaram afirmando que vivemos acima das nossas possibilidades e dão como solução a necessidade de dar mais créditos às familias para que gastem ainda mais. Afirmam que não vale a pena baixar impostos por as familias irem utilizar esse dinheiro para pagar dividas e fazer poupanças e não para consumir ainda mais. Será que isto faz algum sentido? Não há aqui uma contradição impossivel de resolver? Não estará na hora de mudar?
Arquivo de 8 de Abril, 2009
Chover no molhado
Fogos liberais
“Quando há fogo, prioritário é apagá-lo. Depois se tratará de reorganizar os bombeiros“
Sarsfield CabralE identificar e castigar os culpados do fogo não é necessário? Será porque há muita culpa de economistas, que como ele, defenderam a liberdade e a impunidade do capitalismo liberal? É que quem mais sofre com estes fogos são os que têm menos recursos, perdem os seus empregos e vêm as suas vidas queimadas e não aqueles que pegaram o fogo.
Os Frangos do Sr. Silva
Há muito que aqui afirmo que ao Sr. Silva falta coragem para falar claro e para assumir as suas posições. Foge do país sempre que veta uma lei e esconde-se sob a afirmação “um Presidente da Republica não fala sobre esses assuntos, ou porque está num torneio de golfe, ou a visitar uma escola ou simplesmente a passear. Só quando lhes tocaram nos seus mesquinhos poderes com o Estatuto dos Açores veio falar para a Televisão e ainda agora, com o país a desmoronar-se, o desemprego e o endividamento do país a subirem, ama justiça sem qualquer credibilidade, um Primeiro-ministro acusado de corrupção, autarcas a cantar vitória à saida dos tribunais, mada parece ter para dizer. A cada dia que passa o pais sofre mais um “frango” de quem tem como principal função a defesa da Constituição e ser o garante da Liberdade e da Democracia. Pode haver a garantia de alguma coisa num país em que cada dia a corrupção parece ganhar terreno e a justiça é menos fiável?