Um ataque aéreo das forças dos EUA no oeste do Afeganistão causou a morte a dezenas de pessoas, entre as quais mulheres e crianças. Segundo a polícia afegã, mais de 100 pessoas – incluindo 70 civis – morreram no ataque na madrugada de segunda-feira para terça-feira.
Os EUA já ‘lamentaram’ a morte de civis no bombardeamento e anunciaram que irão participar na investigação ao incidente. Considerando que ‘qualquer perda de vidas inocentes é trágica’, as forças norte-americanas anunciaram que vão oferecer assistência humanitária às populações afectadas para se retractarem do incidente. “As vítimas civis são sempre uma possibilidade quando se executa uma actividade contra insurgente”. Estamos aqui para proteger a população civil e levamos isto muito a sério”.
O ataque foi conhecido no dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne em Washington com os seus homólogos do Paquistão Asif Ali Zardari, e do Afeganistão, Hamid Karzai.No Paquistão, as forças militares estão a intensificar as operações contra a guerrilha taliban na Província da Fronteira Noroeste, multiplicando os bombardeamentos sobre posições dos rebeldes. Milhares de civis abandonaram a principal cidade no bastião tribal do Vale de Swat. Outros 500 mil permanecem encurralados na malha urbana de Mingora. Entre as dezenas de milhares de habitantes que fugiram e se refugiaram em campos de deslocados, aumentam os relatos que acusam tanto os militares como os talibans de matar civis, especialmente em bombardeamentos indiscriminados.
Afinal, para o “Anjo” que diziam ter descido sobre a América, as mortes de civis inocentes continuam a ser danos colaterais, na sua visão politica do mundo. Parece que há coisas que nunca mudam.
Arquivo de 10 de Maio, 2009
Um casamento a que não vou
Já todos entendemos que, se não acontecer nenhum facto extraordinário, a partir de Outubro o PS e o PSD estão condenados a casarem um com um outro num grande bloco central. Uns dizem que querem outros que não querem, mas tudo parece apontar para que esse seja o resultado lógico da actual crise. Incapazes de fazer um governo uni partidário ou de encontrar nos partidos mais pequenos uma coligação funcional, os dois partidos mais votados, (e mais parecidos um com um outro), acabarão por acasalar. O problema será o de como dividirem os espólios e os “jobs for de boys”.
Já notaram de como todos dizem que os que afirmam essa inevitabilidade o fazem porque consideram que a partir de Outubro é necessário um governo estável que possa aplicar medidas anti-populares para solucionar a gravíssima crise, (que eles criaram), em que estaremos na altura. Isto quer dizer que nos vão andar a mentir até às eleições, prometendo o paraíso quando sabem bem que é o inferno que nos vão oferecer. Adia-se o aperto do garrote até conseguirem o voto dos cidadãos para depois nos confrontarem com a inevitabilidade de mais e maiores sacrifícios. Já ouvi iminentes economistas falar mesmo da inevitabilidade de “suspender” a Constituição. Não sei o que pensam aqueles que aqui vêm, mas eu recuso-me a aceitar ser enganado por esta cambada e muito mais que me retirem direitos e liberdades. Recuso-me a votar em quem me está conscientemente a mentir e enganar e declaro desde já que não considerarei como sendo um governo democraticamente eleito um que atinja esse objectivo pela mentira e pelo engano. A democracia exige verdade.