O ministro da agricultura Jaime Silva afirmou que «O CDS anda a comer muito queijo ou a beber muito copinho de leite porque o fim das quotas [do leite] foi confirmado na reforma de 2003 quando o CDS e o PSD estavam no Governo» e que ele acabou por herdar uma decisão «imposta» pelo Governo anterior
Enganou-se o Ministro, não foram impostas pelo governo PSD/CDS, mas sim pela União Europeia. Tanto ele, os governos PS, como os governos do PSD/CDS imporiam essa medida fosse quem fosse que estivesse no poder. Até se os partidos mais à esquerda, que continuam a defender a União Europeia e aceitam participar na sua falsa democracia, estivessem no poder teriam de acatar e implementar todas estas medidas que lhe imporiam. Essa e todas as outras que nos têm imposto e que têm destruído a nossa agricultura, as nossas pescas e toda a nossa industria. Só a ruptura com este sistema, com este neo-liberalismo, com esta Europa, cada dia mais subjugada nas suas decisões pelo poder dos grandes grupos financeiros, nos permitirá encontrar as soluções para a miséria e a pobreza para onde nos empurram todos os dias. Vamos lutar todos por uma Europa unida, mas numa união de nações livres e soberanas. Há que quebrar as correntes, fazer a ruptura com esta Europa, com este Banco Europeu, com este Tribunal Europeu, com toda esta farsa que nos fazem viver.
Arquivo de 22 de Maio, 2009
Os devoradores de queijo
As lágrimas de crocodilo
Os bancos estão com maiores dificuldades em financiar-se, pagando mais pelo dinheiro, procuram meios de compensar a subida dos custos, com mais receita. Uma das medidas tomadas por alguns bancos passa por aumentar os spreads cobrados nos contratos de crédito, o que nem sempre é legal.
O ministro das Finanças garantiu, esta quarta-feira, compreender o aumento dos «spreads» por parte dos bancos. Segundo o mesmo, esta é a resposta possível das instituições bancárias face ao actual cenário de crise. «Não estranho que haja um aumento de spreads», refere o Governante, mas promete que não ficará de braços cruzados perante eventuais abusos.
Teixeira dos Santos diz, no entanto, que estes assuntos não vão ser tratados na praça pública e chama a atenção para a existência de supervisores, salienta na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.
Quando questionado sobre o papel da banca na economia, o ministro apontou os números da Caixa Geral de Depósitos, cujo crédito total subiu mais de 14% até ao final da semana passada.Claro que o Teixeira dos Bancos compreende as dificuldades dos bancos e lhes dá todo o seu apoio. Coitado do BES que só obteve 101,3 milhões de euros de lucro no primeiro trimestre deste ano, o BCP de 106 milhões e a CGD de 180 milhões. Estão na penúria e o Sr. Ministro compreende as suas dificuldades, Pelos vistos compreende melhor as deles que a dos cidadãos que têm prejuízo todos os meses na sua contabilidade.
Até quando vamos assistir impávidos e serenos a este despudor, a este sacar a quem já tem pouco para pagar salários, prémios e reformas milionárias a administradores e seus compinchas? Quando vamos ver o Estado mais preocupado com os cidadãos que com os as grandes empresas? Seria tão bom ver quem nos diz representar ser tão solidário com os cidadãos como mostra ser com a banca.