O cabeça-de-lista do PS às europeias, Vital Moreira, afirmou: “Temos de denunciar a visão chilreamente e pedestremente (sic) de partidos que se julgava terem algum currículo europeísta. É com pena que digo que o PSD, que outrora foi modernizador, tornou-se agora conservador e em alguns aspectos reaccionário”. De acordo com Vital Moreira, no passado, o partido actualmente liderado por Manuela Ferreira Leite chegou “a reivindicar uma dimensão social” para a União Europeia, mas “está agora rendido às posições mais neoliberais”. “Não estávamos preparados para pensar que o PSD, que durante décadas compartilhou connosco ideias europeístas, esteja agora disponível para adoptar uma retórica de baixo nacionalismo, competindo com as extrema-direita e com a extrema-esquerda soberanistas e nacionalistas, fazendo um discurso anti-espanhol e anti-europeu, que não é digno de nenhum partido europeísta”, acusou Vital Moreira.
Tenho de concordar com o Vitinho quando afirma que o PSD está rendido às posições neo-liberais, mas esqueceu-se de dizer que também o PS há muito segue o mesmo caminho. Aliás, quem anda pela Europa a defende-la acaba por ser cúmplice ao legitimar uma pseudo-democracia de uma Europa que defende o capitalismo global e segue no caminho do desmantelamento dos serviços públicos e sociais.
Sabendo que o Vitinho, pode não ter jeito nenhum para andar em campanha, mas não é nenhum analfabeto, só se pode considerar como uma certa desonestidade social o querer meter no mesmo saco a extrema-direita e a esquerda. A extrema-direita é realmente nacionalista e a sua posição soberanista assenta na xenofobia, enquanto a extrema-esquerda, pelo menos aquela que defende a ruptura com a União Europeia, baseia-se na necessidade de romper com as politicas neo-liberais, com a ditadura do banco Europeu, com as imposições do Tribunal Europeu e com as directrizes que destroem o tecido produtivo de Portugal. O discurso não é anti-europeu nem há a vontade de construir um muro que nos separe da Europa, mas sim construir uma nova Europa de Nações livres e soberanas que cooperam no desenvolvimento dos seus povos. Nessa Europa eu acredito, nesta que nos querem enfiar pela goela abaixo, como fizeram com o Tratado de Lisboa, só posso desconfiar e combater.
PS: Aproveito para deixar aqui também a minha homenagem ao grande Vilhena que tantos bonecos fantásticos publicou na sua “Gaiola Aberta”
26
Maio
09
A extrema-direita é realmente nacionalista e a sua posição soberanista assenta na xenofobia(…) O discurso (da extrema-esquerda)não é anti-europeu nem há a vontade de construir um muro que nos separe da Europa, mas sim construir uma nova Europa de Nações livres e soberanas»
Em que é que ficamos? Primeiro acusa a extrema-direita de ser soberanista, depois defende exactamente o mesmo?
E entre a extrema-direita e a extrema-esquerda venha o diabo e escolha. Ambas são fanáticas e defendem a violência como meio de fazer valer os seus propósitos. Uma é pela ordem total imposta, outra é pela desordem total.
João Pedro:
Andas um pouco confuso nas tuas ideias políticas. A extrema direita é xenófoba e defensora da raça enquanto a esquerda, mesmo quando lhe chamam de extrema, defende a solidariedade entre os povos. Chamar ordem ao fascismo e desordem ao considerar que rodos têm os mesmos direitos é um enorme falta de cultura politica. Comparas o incomparável
TAO LINDO ESTE RABO