O outdoor de hoje é o do Bloco de Esquerda. Parece tudo tão fácil e que basta votar no BE para termos uma melhor Europa, um melhor Portugal e quem sabe mesmo uma melhor galáxia ou mesmo um melhor universo. Basta que lhes reservemos umas cadeiras nos parlamentos locais e estamos todos melhor. Falta explicar como pensa o BE conviver com as directrizes Europeias e o seu Neo-liberalismo se um dia tivesse a efectiva responsabilidade da governação. Como pode aplicar as suas politicas sem romper com esta União Europeia. Ou será que acreditam que também vão determinar as politicas de Bruxelas?
Arquivo de 27 de Maio, 2009
Abriu a caça ao bastonário
Abriu a caça ao Marinho Pinto, o bastonário da ordem dos advogados. Não sei o suficiente de direito para entender muitos dos problemas que tem levantado mas, para um leigo, muito do que diz faz muito sentido Isto quando vemos os estado da nossa justiça e os processos dos poderosos serem bloqueados por recursos e mais recursos colocados pelos advogados até à prescrição final. Gosto da forma desabrida como fala e de o ouvir dizer o que tem para dizer sem papas na língua. O raspanete e as verdades com que desancou a Manuela Bocas Guedes em directo no noticiário da TVI foi uma coisa linda. Bom era que houvesse mais gente a denunciar a falta de isenção dos nossos médias e as manobras de propaganda com que transformam politicas em inevitabilidades, silenciam opções e colocam o rótulo de “maluquinho” em quem se atreve a falar fora das ideias que desejam vender-nos. Se, com propaganda, nos conseguem convencer a comprar coisas que não nos fazem falta nenhuma também facilmente nos vendem ideias como se fossem o pensamento único que podemos ter. Aconteceu com a flexigurança, que depois transformaram numa aberrante nova lei laboral, com a segurança social em que tudo o que ganhámos foi mais anos de trabalho e menores reformas, com a entrega aos privados dos serviços públicos e a venda da exploração da electricidade, combustíveis, água, estradas, hospitais aos grandes grupos económicos ou com a nossa sujeição às politicas europeias e aos seus tratados. Sempre nos apontaram esses caminhos como inevitáveis e os únicos que poderíamos seguir e as televisões sempre serviram para dar a voz aos seus defensores. Isto não é viver numa verdadeira democracia, mas sim na ditadura da propaganda. Não acreditem, por isso, em tudo o que ouvem, ou melhor, não acreditem em nada.