Um dizia alguma coisa e outro logo afirmava, “eu diria mais”. Não foi bem um debate, foi tempo de antena em que cada um expôs as suas ideias e o seu programa. Civilizado, calmo e com um inimigo comum; o governo e o PS. Convergiram em quase tudo e ficou a ideia de que se os interesses dos cidadãos se sobrepusessem aos partidários, poderiam ter promovido a união da esquerda e criado uma verdadeira alternativa de poder que nos evitasse a condenação a mais quatro anos de capitalismo liberal, de compadrio e corrupção. Mas, como disse o Jerónimo de Sousa «Cada um pedala a sua bicicleta». É pena.
Arquivo de 5 de Setembro, 2009
2º debate – Dupont e Dupond
Hoje fomos confrontados com a notícia de que o Jornal Nacional das sextas-feiras na TVI tinha sido cancelado. Os novos donos espanhóis tinham decidido acabar com ele. Era um programa que não via normalmente por não gostar do género nem da forma, podia até ser uma merda maior do que aquilo que era, que não se pode admitir que seja censurado. Isto se foi, porque durante a manha falava-se de pressões do governo para que Membros do gabinete do primeiro-ministro José Sócrates tinham feito pressão sobre o presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro (IFSC), Alexandre Relvas, aconselhando-o a ter contenção no discurso de inauguração deste centro de reflexão do PSD. Do Engenheiro podemos esperar tudo e por isso esta pressão e esta censura são possíveis, mas não seriam inteligentes especialmente numa altura em que a Manuela Ferreira Leite tenta fazer cavalo de batalha do que chama “asfixia democrática”. O Sócrates pode ser mau, poder ser manipulador, prepotente e arrogante, mas burro não é. Sabia perfeitamente que suspender este telejornal seria o pior erro político que podia fazer neste momento.