A proposta dos empresários, subscrita pela maioria das confederações patronais da Indústria, comércio e turismo pretende que o salário mínimo só suba para os 460 euros no próximo ano, contrariando a proposta do Governo que aponta para 475 euros – valor intermédio entre o nível actual e a meta acordada entre parceiros sociais para 2011 (500 euros).
Passa actualmente na rádio um anúncio de uma instituição bancária que nos tenta convencer a fazermos um PPR com o argumento de que, 1,5 euros por dia não representa mais que uma caixa de pastilhas, não representa nada. Para outros certamente representará muito, pois representa quase um decimo do seu salário o que, utilizando as contas do anuncio chega para 10 caixas de pastilhas por dia. Falta ainda pagar os impostos, a casa, transportes, água, luz, telefone, escola dos filhos, roupa, comida e as taxas que os bancos não deixam de cobrar, sobretudo nas contas que não conseguem manter saldos elevados durante todo o mês. Uma proposta de aumento de 10 euros é uma ofensa à dignidade de quem já tem trabalho precário, sem direitos e mal pago. Deviam ter vergonha.
16
Dez
09
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