Tinha pensado dizer umas coisas sobre as SCUT’s, o tema da moda”, que acabavam por meter as sondagens, a ambição desmedida e o Passos Coelho ao barulho, mas como disse ontem, não ando com muita disposição para escrever. Fica só a ideia de que para este Coelho é bom que tenha calma, que não se ponha por ai a andar depressa demais por essas scuts, ou ainda acaba como a outra que morreu enforcada no seu próprio cachecol.
Arquivo de Junho, 2010
Ia escrever qualquer coisa sobre o conselho do Sr. de Boliqueime para irmos em busca da verdade na Página da Presidência da República mas só me lembrei desta musica do Ney Matogrosso. Fica mesmo assim.
O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Ou se vou perder
É por debaixo dos pano…(2x)É debaixo dos pano
Que a gente não tem medo
Pode guardar segredo
De tudo que se vê
É debaixo dos pano
Que a gente fala do fulano
E diz o que convém…É debaixo dos pano
Que eu me afogo
Que eu me dano
Sem perder o bem…(2x)O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Ou se vou perder
É por debaixo dos pano…(2x)É debaixo dos pano
Que a gente esconde tudo
E não se fica mudo
E tudo quer fazer
É debaixo dos pano
Que a gente comete um engano
Sem ninguém saber…É debaixo dos pano
Que a gente
Entra pelo cano
Sem ninguém ver…(2x)O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
O que a gente faz
É por debaixo dos pano
Prá ninguém saber
É por debaixo dos pano
Se eu ganho mais
É por debaixo dos pano
Ou se vou perder
É por debaixo dos pano…É debaixo dos pano
Que a gente esconde tudo
E não se fica mudo
E tudo quer fazer
É debaixo dos pano
Que a gente comete um engano
Sem ninguém saber…É debaixo dos pano
Que a gente
Entra pelo cano
Sem ninguém ver…(2x)
Hérnias e Peritonites
O candidato presidencial Fernando Nobre comparou hoje a situação de Portugal a “uma hérnia estrangulada”, que precisa de ser operada antes que surja “a terrível peritonite e a irremediável morte”.
Nós sabemos que o homem é médico, mas duvido muito que as competências presidenciais lhe concedam a possibilidade de deitar Portugal numa mesa de operações. Ainda assim, se tivesse as competências, iria fazê-la no Serviço Nacional de Saúde ou no Privado? É que este Fernando cada vez que fala, só deixa cada vez mais dúvidas e menos certezas. O mal de não se saber se afinal a sua casta é “Nobre” ou pertence aos “Plebeus”.
Puxar o país sozinho
Saúde! Cada bolsa seu tratamento
A ministra da Saúde, Ana Jorge, pede aos médicos para avaliarem a situação económica dos doentes ao receitarem medicamentos.Estranho, pensava que aquilo que os médicos deviam avaliar era a doença e qual o melhor medicamento para o seu tratamento. Seria ao estado que caberia avaliar a situação económica dos doentes e garantir que todos teriam acesso a esse medicamento. Mas, pelos vistos a nossa Ministra não pensa assim e os médicos devem receitar o melhor medicamento aos que provem poder pagá-lo e um menos eficaz aos que não o façam. Ou, talvez não seja isso que ela queria dizer, mas sim que os médicos devem receitar medicamentos mais caros a quem os possa pagar, mesmo não sendo o mais aconselhável, só para “ajudarem” os grandes laboratórios farmacêuticos. Certo, é que deseja que seja o rendimento do doente a decidir o tratamento e não a melhor opção clínica.
Na sala de espera do poder
Segundo as sondagens agora publicadas, se houvessem agora eleições, o PSD ganharia com maioria absoluta. O Passos Coelho deve estar todo a tremer por dentro tal é a sua ânsia de poder. Infelizmente para ele os seus “patrões” impuseram-lhe contenção até que este avanço do liberalismo capitalista global que criaram com a crise esteja consolidado. Isto é, até 2011, ano der eleições presidenciais, foi-lhe imposto que, em nome da estabilidade, ajudasse no ataque aos direitos e na redução do nível de vida dos que menos têm. Claro que ele pode argumentar agora que haveria mais estabilidade com um governo de maioria absoluta que com um governo já desgastado e desacreditado, mas os senhores do poder sabem bem que este tipo de reformas são mais fáceis de impor se quem o faz se diz socialista e de esquerda (mesmo não o sendo). Vai por isso ter de esperar sentado a hora de embarcar no poder por muito que isso lhe custe. Incrível mesmo é que este povo continue a acreditar que é elegendo gente desta, com políticas destas que vão melhorar as suas vidas. Quando vão entender que gente desta só lhes vai retirar os direitos ganhos em Abril, os direitos a uma escola pública, ao Serviço Nacional de Saúde, a uma Segurança Social por mais minimalita que seja. Quando vãi entender que cada vez somos todos mais precários a assim como precário é o nosso futuro, que cada vez mais se volta ao inserto, ao injusto e à luta pela sobrevivencia. Quando vão abrir os olhos?
Esquerda capitalista
‘Diálogo à esquerda não é preferencial’. Augusto Santos Silva, ministro socialista da Defesa, defende que a “esquerda democrática” não deve ter medo de ser centrista. E que deve assumir que aprendeu a gostar do mercado… com a direita.
O Partido Socialista está cheio de gente que não presta, de gente mazinha, de gente que ainda consegue ser mais feia por dentro que por fora e, como se isto não bastasse, ainda têm o Augusto Santos Silva…e não só. É que há gentinha que não presta mesmo para nada.
Insustentavel
E lá voltou ele das suas férias açorianas para, na primeira oportunidade, nos vir relembrar a insustentabilidade da situação economia portuguesa e defender a mudança para que tudo fique na mesma. É que os economistas funcionam mais ou menos como os bruxos só que estes lêem o futuro em notas de euros e aconselham para a cura de uma mordedura o pelo desse mesmo cão. Crise, estar em crise é a nova grande teoria económica que defende que uma crise tudo permite e tudo justifica. Liberdades, direitos e segurança são valores dispensáveis para um povo se isso garantir que o poder económico ainda lhes abocanha o pouco que têm. Conhecem-se as causas e os sintomas e são essas mesmas causas que se apresentam como soluções.
O antigo ministro da Administração Interna de Durão Barroso, Figueiredo Lopes, defende uma revisão constitucional no sentido de que as Forças Armadas poderem ser chamadas a intervir no país sem a declaração do estado de sítio ou de emergência. O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna também defende um reforço da acção das Forças Armadas em casos de extrema gravidade. Para Mário Mendes não é necessário alterar a Constituição para que avance o envolvimento das Forças Armadas nas operações de segurança interna. A questão foi levantada porque hoje começa em Lisboa o Primeiro Congresso Nacional de Segurança e Defesa. Actualmente a Constituição só permite a intervenção das forças armas em caso de estado de sítio ou emergência nacional.
Posso ser eu que sou paranóico, mas ouvir isto em Portugal sabendo que em Espanha existe a intenção de legalizar a vigilância de “extremistas” pelas Policias do estado, só me faz acreditar, ainda mais, que a nossa liberdade e os nossos direitos estão cada dia mais ameaçados por gente que só fala de democracia enquanto esta lhes garante o poder e que estão dispostos a tudo para nunca o perder. (Começaram por ser os Terroristas e agora já falam de extremistas sem se saber muito bem a quem se aplica esse adjectivo. É quem contesta o sistema? Quem contesta o governo? Quem simplesmente questiona as leis que nos impõem?). Esta falsa democracia de alterne nos países e esta mentira que já é hoje a democracia Europeia, em que os povos são excluídos da escolha de regime e dos dirigentes, mostra que quem nos governa, a nível nacional e europeu, nada mais faz que manter a fachada da liberdade e dos direitos enquanto isso lhes garantir a prossecução dos seus objectivos. Quando isso falhar, não se inibem de utilizar o exército para fazerem a guerra contra os seus próprios povos se isso lhes for vantajoso. Quando vai acordar este povo?
Todos sabemos que todos os programas de todas as nossas televisões oficiais, a começar nos telejornais, passando pelos programas de opinião até às entrevistas, existem, não para nos informar, mas sim para nos venderem as ideias que servem o sistema. Enganem-se aqueles que pensam que ainda pensam pelas suas cabeças e que o mundo que vêm é a realidade. Todos nós somos condicionados todos os dias para pensarmos como eles querem que pensemos. Vendem-nos a realidade como nos vendem televisores ou sabonetes. Em alguns programas vendem-nos a esperança e que o futuro ainda virá a ser risonho, noutros que tudo está mal, que a crise está aí e a culpa é nossa. O Plano Inclinado é um deles, onde a culpa é dos políticos, dos trabalhadores, dos desempregados, dos estudantes, dos professores, dos sindicalistas, de todos, gente burra e sem princípios que nos destrói o futuro. Privatize-se. reduzam-se direitos e salários, acabe-se com a saúde e a escola publica, miserabilize-se o país que é a única saída. Claro que a miséria que propõem não é para todos, os bons, eles e os amigos merecem cada euro que ganham, cada prémio que lhes pagam.
Vem isto a propósito desta publicação feita em Maio deste ano em Diário da Republica
cada um que tire as suas conclusões.
O Canto da Sereia
“Esperamos que o PSD não ceda à tentação. Não se deixe encantar com o canto da sereia e não frustre os compromissos públicos que assumiu no Porto e que continue a dizer que vai revogar os chips”, afirmou o deputado do PCP, Honório Novo.
Mas desde quando é que o PSD necessita de ser “encantado” pelo canto do Sócrates para fazer as mesmas políticas que ele. Aliás, é do próprio PSD a proposta para que todos paguem portagens nas Scuts, independentemente do antigo critério que as condicionava ao desenvolvimento da região e à existência de vias alternativas. O chip é só a ferramenta para o fazer e nem a sua implementação ir custar a não criação de mais empregos ou o despedimento de 1200 portageiros lhe altera a posição. Nada de novo portanto no reino desta democracia de alterne e assim continuará enquanto este povo continuar a ouvir os cantos destas Sereias e não lhe cantar o Canto do Cisne.
A Escola Europeia
Jogando o nosso futuro
Adaptado do quadro “Jogadores de cartas” de Lucas Van Leyden
Passos Coelho e Sócrates continuam a jogar a vida dos portugueses na mesa das conveniências políticas. O Coelho é contra a existência dos Chips nas matriculas, mas deixa de ser se for o Sócrates a ficar com o odioso a portajar todas as Scuts, mesmo aquelas que não cumpram os pressupostos para isso poder acontecer. O Passos, quando chegar ao poder não deseja que haja obstáculos aos seus passos e quer ter os problemas com mais custos eleitorais já resolvidos. Nem quero aqui questionar se as estradas construídas por um governo devem ser pagas pelos impostos ou por quem nelas transita, se devem ou não haver condições para esse pagamento e se as actuais devem ser todas pagas ou só algumas. O que quero ver é qual vai ser agora a posição das Comissões de utentes e dos Presidentes das Autarquias, sobretudo os laranjas, quanto a esta posição do PSD. Será que finalmente vão compreender que entre o Sócrates e o Passos Coelho não existem praticamente diferenças? Será que é desta que vão procurar outras alternativas de poder?