O antigo ministro da Administração Interna de Durão Barroso, Figueiredo Lopes, defende uma revisão constitucional no sentido de que as Forças Armadas poderem ser chamadas a intervir no país sem a declaração do estado de sítio ou de emergência. O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna também defende um reforço da acção das Forças Armadas em casos de extrema gravidade. Para Mário Mendes não é necessário alterar a Constituição para que avance o envolvimento das Forças Armadas nas operações de segurança interna. A questão foi levantada porque hoje começa em Lisboa o Primeiro Congresso Nacional de Segurança e Defesa. Actualmente a Constituição só permite a intervenção das forças armas em caso de estado de sítio ou emergência nacional.
Posso ser eu que sou paranóico, mas ouvir isto em Portugal sabendo que em Espanha existe a intenção de legalizar a vigilância de “extremistas” pelas Policias do estado, só me faz acreditar, ainda mais, que a nossa liberdade e os nossos direitos estão cada dia mais ameaçados por gente que só fala de democracia enquanto esta lhes garante o poder e que estão dispostos a tudo para nunca o perder. (Começaram por ser os Terroristas e agora já falam de extremistas sem se saber muito bem a quem se aplica esse adjectivo. É quem contesta o sistema? Quem contesta o governo? Quem simplesmente questiona as leis que nos impõem?). Esta falsa democracia de alterne nos países e esta mentira que já é hoje a democracia Europeia, em que os povos são excluídos da escolha de regime e dos dirigentes, mostra que quem nos governa, a nível nacional e europeu, nada mais faz que manter a fachada da liberdade e dos direitos enquanto isso lhes garantir a prossecução dos seus objectivos. Quando isso falhar, não se inibem de utilizar o exército para fazerem a guerra contra os seus próprios povos se isso lhes for vantajoso. Quando vai acordar este povo?
Arquivo de 25 de Junho, 2010
Todos sabemos que todos os programas de todas as nossas televisões oficiais, a começar nos telejornais, passando pelos programas de opinião até às entrevistas, existem, não para nos informar, mas sim para nos venderem as ideias que servem o sistema. Enganem-se aqueles que pensam que ainda pensam pelas suas cabeças e que o mundo que vêm é a realidade. Todos nós somos condicionados todos os dias para pensarmos como eles querem que pensemos. Vendem-nos a realidade como nos vendem televisores ou sabonetes. Em alguns programas vendem-nos a esperança e que o futuro ainda virá a ser risonho, noutros que tudo está mal, que a crise está aí e a culpa é nossa. O Plano Inclinado é um deles, onde a culpa é dos políticos, dos trabalhadores, dos desempregados, dos estudantes, dos professores, dos sindicalistas, de todos, gente burra e sem princípios que nos destrói o futuro. Privatize-se. reduzam-se direitos e salários, acabe-se com a saúde e a escola publica, miserabilize-se o país que é a única saída. Claro que a miséria que propõem não é para todos, os bons, eles e os amigos merecem cada euro que ganham, cada prémio que lhes pagam.
Vem isto a propósito desta publicação feita em Maio deste ano em Diário da Republica
cada um que tire as suas conclusões.