E, não pára de chover…no molhado
Arquivo de Outubro, 2010
Bonecos do Poder
Casamento de conveniência
Mais uma novela que chega ao fim
A Tele-jornalistico-novela aproxima-se do seu fim e, como em todas, tudo acaba bem e aos abraços. O Orçamento é aprovado, como se isso fosse uma coisa fantástica, eles por lá ficam a preparar o próximo PEC enquanto nós vamos apertando mais o cinto. Resumindo, fica tudo na mesma. Fica e vai continuar enquanto este povo se mantiver em estado de bovinidade total. Fica enquanto este povo for continuar a votar nos partidos de “alterne”, mudando do PS para o PSD para depois voltar a mudar do PSD para o PS sem nunca quebrar esta corrente.
A loja do Chinês
Nascem que nem cogumelos e não há terrinha que não tenha as suas lojas dos chineses onde se vende de tudo, de má qualidade, mas mais barato. Estas lojas que pertencem a um Ministério qualquer do governo chinês, vão matando todo o outro comércio pelo que tem lógica que agora cá venha o Presidente Chinês comprar a nossa divida publica com o dinheiro que cá ganhou. De qualquer maneira vai acabar por lá ir parar todo de novo e nós ainda vamos ficar com a dívida e com os juros para pagar. É a Rota da China, só que a descer.
O Império silencioso
Lembro-me de que, quando Portugal entrou para a União Europeia ela prometia ser o bastião de justiça social e solidariedade. Que caminho se fez desde essa altura e a realidade dos tempos de hoje. Os paises mais ricos abocanham os mais pobres numa atitude imperialista inaceitavel. Controlam orçamentos de estado, definem politicas e impôem leis. Têm aprovado à força o Tratado de Lisboa, mas ainda não lhes chega. Há que calar a boca aos mais pequenos, primeiro pagando-lhes para eles destruirem o seu aparelho produtivo, depois concedendo-lhes todo o crédito fácil e barato até estarem endividados até aos tomates e agora forçando-os à subserviência em troca da subsistência. Agora é o perder o poder de voto nas decisões, é aceitar e calar das decisões dos poderosos. Só uma ruptura com tudo isto pode alterar a situação. Vamos aceitar como destino esta servidão pobre ou vamos “mexer-nos”, sair da letargia e do sofá para pôr-mos as mãos à obra. Portugal fora da União Europeia e vamos em frente.
Que “fado” o nosso
Agora que muitos já falam da vinda do FMI para tomar conta de nós, vejam bem quem é o personagem que nos calha na rifa, o António Borges, acabadinho de ser nomeado o Director do FMI na Europa. Porra, isto também já é azar.
Continua a palhaçada
A novela, a palhaçada ou o que lhe quizerem chamar continua. Tanto barulho, tantas entrevistas, tantos comentarios sobre a aprovação ou não do Orçamento do Estado. Um ai que desgraça que não vai haver orçamento, um ai Jesus que o orçamento é muito mau. Discuros, acusações e negociações entre os partidos de alterne para acabar tudo em mais acusações e discursos. Passam-se as culpas de mão em mão para todos acabarem por não terem culpa nenhuma. Afinal o grande culpado é o mercado e o objectivo pedir mais dinheiro emprestado num circulo sem fim. Mas um dia tem de acabar, quem empresta vai exigir que lhe paguem e como quem empresta já não são países nem pessoas, é o mercado, não há limite para a ganâcia. O país, que esses mesmos mercados tanto se esforçaram por destruir os meios de produção e em criar a dívida, têm mesmo de pagar senão não lhe empréstam mais. É como um drogado que não pode passar sem a sua dose. Vale tudo, até transformar os cidadãos desses países em mão de obra barata e sem direitos para gaúdio do grande capital. Está a acontecer e já nos convenceram que é inevitável. Já nos marcaram o destino e temos de o aceitar bovinamente, sem reagir, sem protestar. É a muito referida inevitabilidade. Mas é mentira, é uma trapaça, é um engano. Há alternativas só que exigem mudar o sistema, mudar de vida e mudar de prespectiva do que é um mundo melhor. Um mundo em as pessoas seriam a razão da sua existência e não o poder e o dinheiro. Tinha é que mudar muita coisa, tinhamos de nos mudar a nós próprios. Seremos capazes?
Na corrupção somos dos melhores
No dia em que foi revelado um relatório que aponta Portugal como um dos países mais corruptos da Europa ocidental, o ministro da Justiça, Alberto Costa, veio a público garantir que o Governo dará um «combate sem tréguas» ao fenómeno.,«Não há limites para a melhoria das condições de combate ao crime em Portugal».Este gajo é um pandigo. Diz cada uma mais engraçada. Ou será que é só cara de pau?
Enlouqueceu?
Cavaco Silva, no seu discurso de recandidatura afirmou que, “Portugal encontra-se numa situação difícil. Mas há uma interrogação que cada um, com honestidade, deve fazer: em que situação se encontraria o país sem a acção intensa e ponderada, muitas vezes discreta, que desenvolvi ao longo do meu mandato?”, disse. E, continuando num exercício que misturou alguma dose de dramatização com história virtual, continuou: “O que teria acontecido sem os alertas e apelos que lancei na devida altura, sem os compromissos que estimulei, sem os caminhos de futuro que apontei, sem a defesa dos interesses nacionais que tenho incansavelmente promovido junto de entidades estrangeiras?”Já a minha avozinha me dizia que “Presunção e água benta cada um toma a que quer”. O estado a que chegámos mostra bem a qualidade do serviço que o Silva de Boliqueime prestou ao país. Mas, já tem ums solução para resolver todos os problemas, não vai colocar outdoors na campanha. Pode-se prejudicar por isso, mas os interesses superiores do país assim o exigem. Por favor, mais 5 anos de Sr. Silva e a sua adoravel Maria não. É que tenho vergonha quando olho para eles.
O Presidente afegão, Hamid Karzai, confirma que o seu gabinete recebe “sacos de dinheiro” do Irão, mas garante que o processo é completamente transparente. Hamid Karzai confirmou hoje, em conferência de imprensa, que recebe dinheiro de vários “países amigos” e que o Irão contribui com cerca de 700 mil euros, duas vezes por ano.
“Isto é transparente, é algo que discuti com o (antigo) Presidente George W. Bush, nada foi escondido, e os Estados Unidos fazem a mesma coisa, dão-nos sacos com dinheiro”, salientou o Presidente do Afeganistão. Sobre o destino destas verbas, Karzai disse serem para despesas da presidência, pagamento de salários e de despesas, mas não deu mais pormenores.Porque será que todas as noticias sobre ste assunto tinham como titulo, “Afeganistão recebe “sacos de dinheiro” do Irão”. Será que é porque já sabiam dos outros sacos de dinheiro que recebe? E sabem para que serve todos esse dinheiro? Que está ele a comprar?
Três dias a ensaiarem o tango e ainda não estão prontos. O Catroga levava quatro medidas de que o Passos Coelho não abdicava e o Teixeira dos Santos o valor do défice em que não se podia mexer. Mais uma novela, mas dali, só pode mesmo sair mais um Tango da tanga.
Um dia de luto
Hoje é o dia anunciado para o Sr.Silva de Boliqueime nos vir anunciar aquilo que já todos sabiamos há cinco anos, que se vai recandidatar a mais um mandato como Presidente da Republica. Terá, evidentemente, honras de abertura de telejornais, comentadores de serviço e debates de opinião e parece-me um bom dia para aqui representar o funeral deste país que, em tempos, chegou a repartir o mundo com a vizinha Espanha. Triste dia este.
Calimero orçamental
Afinal o Calimero Portas vai votar contra o Orçamento de Estado. O Sócrates é mau, nunca foi falar com ele sobre o orçamento. Isto de ser deixado de fora, de não lhe serem atribuidas algumas das luzes da ribalta telejornalistica estraga-lhe a vida. Isto de o colocarem ao mesmo nivel do PCP e do BE, aborrece-o mesmo e “it is an injustice, it is”.
Do ano passado para este, Portugal desceu 10 lugares no ranking da liberdade de expressão dos Repórteres Sem Fronteiras. Há um ano, Portugal estava em 30º lugar, ex-aequo com a Costa Rica e o Mali, e agora está em 40º. Nos últimos três anos, o país tem vindo sempre a perder lugares. Em 2007, estava em 8º lugar; em 2008, passou para 16º; caindo depois para 30º e 40º.
Do oitavo lugar para o quadragésimo no ranking da liberdade de expressão. Se todas as outras liberdades também tiverem um ranking, não devemos estar a fazer melhor figura. Uma a uma, todas as nossas liberdades vão sendo apertadas e diminuidas. A silenciosa mão do poder vai deformando a democracia numa farsa e o livre arbítrio de um povo controlado e manipulado por gigantescos grupos económicos. Resta um povo adormecido que, qual zombies, caminha para sobreviver no dia a dia.
Ninguém se incomoda com isto? Ninguém se importa? De que estamos todos à espera para fazer alguma coisa?