Quem não se lembra da entrada intempestiva do Passos Coelho à liderança do PSD com uma revisão constitucional em riste para acabar com o Serviço de Saúde gratuito para todos e o fim da necessidade de justa causa para o despedimento.
Agora parece que aprendeu com o Sr. Silva a nada dizer sobre coisa nenhuma importante e, quem o queira ouvir, só em discursos em convívios de militantes a apregoar a hora em que chegará ao poder. Com o governo a tomar as medidas que ele gostaria de estar a tomar, com o Engenheiro a governar o mais à direita possivel e as eleições Presidenciais aí à porta, pouco mais espaço lhe resta. É que falar do país, da crise e das idéias que tem para a resolver só lhe podem tirar votos e ele quer tanto ser Primeiro-ministro.
Arquivo de 10 de Dezembro, 2010
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Política de ratos
Daniel Bessa: “A economia está a ser aniquilada pelo Estado social”
Há sempre duas ou mais maneiras de olhar para os problemas e cada um escolhe a que mais lhe convém. Há gente que pode ser muito competente na sua área e até ser um pensador muito conceituado, mas se condicionar todo o seu pensamento numa única direcção acaba por ser mais cego que aquele que realmente o é.
Está a economia a ser aniquilada pelo Estado Social ou é o Estado social que está a ser destruído pela economia? A opinião é certamente oposta consoante se pense nas pessoas como simples números e percentagens ou como gente, como seres humanos com sentimentos e necessidades. Esta é a minha visão e basta pensar que se durante tanto tempo a existência de um estado social foi possivel e viável o mais importante é procurar o que mudou nas políticas económicas, defendidas por estes “brilhantes” pensadores, e que o tem vindo a destruir. Quem apareceu a defender a globalização capitalista, quem defende o liberalismo, quem nos garantiu ser este o caminho para uma maior riqueza de todos? São os mesmos que agora, para garantirem a sua viabilidade atacam o estado social como se fosse dele a culpa da políticas seguidas. Ladrões, mentirosos ou simplesmente incompetentes, cada um que enfie a carapuça que melhor lhe sirva.