Arquivo de 11 de Dezembro, 2010

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Dez
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Um casamento de conveniência…para eles

O Sócrates veio informar que a sua solução para tornar o despedimento mais barato para as empresas passa por uma redução dos valores das indemnizações a pagar pelas empresas, mas também pela criação de um fundo público para financiar os despedimentos.
Depois de, ainda recentemente, para poupar dinheiro ter reduzido o tempo e o valor do subsídio de desemprego para as centenas de milhares de portugueses, vem agora gastar esse dinheiro para facilitar a criação de mais desemprego. Neste casamento por conveniência com os “patrões”uma vez mais seremos nós a pagar a desgraça que nos impõem. Nós pagamos tudo, as aldrabices do BPP e do BPN, as mordomias dos nossos políticos, os prémios vergonhosos dos grandes gestores e agora até os despedimentos. Vamos uma vez mais dar o nosso dinheiro a quem afirma não ser possivel aumentar o ordenado mínimo para 500 euros, (80 centimos por dia). Vamos uma vez mais pagar para ver os lucros e os prémios  das grandes empresas aumentarem, para vermos o dinheiro “fugir” para as off-shores sem pagar impostos, para vermos ex-governantes e os seus “boys” nos conselhos de administração de empresas a quem ofereceram lucros de milhões. Vamos pagar por mais submarinos e blindados para guerras que só servem os interesses dos grandes senhores do mundo.
Um governo devia servir para trabalhar para o bem dos cidadãos de um país e não somente para servir os interesses de alguns patrões que só pensam na ganância do lucro sem olhar a meios. Mas isto é o que temos e, se  nada fizermos, é aquilo que vamos continuar a ter.

11
Dez
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O exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda

O Allied Irish Bank, um dos bancos resgatados pelo Governo irlandês, está a preparar o pagamento de 40 milhões de euros em prémios e bónus.

Mirem-se no exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda
Roubam prós seus capitalistas, orgulho e raça da Europa
Quando deixados, se afundam
Se banham em ouro, chafurdam
Em suas contas
Quando falidos não choram
Se reúnem, pedem, imploram
Mais alguns milhões
Ladrões
Mirem-se no exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda
Roubam prós seus capitalistas, orgulho e raça da Europa
Quando outros enviam, soldados
Eles negoceiam blindados
Milhares de mortos
E quando se sentem sedentos
Querem roubar violentos
Mais alguns milhões
Ladrões
Mirem-se no exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda
Roubam prós seus capitalistas, orgulho e raça da Europa
Quando eles se entopem de lucro
Costumam buscar o usufruto
De outras empresas
Mas no fim da noite, consolados
Quase sempre voltam mais anafados
Mais alguns milhões
Ladrões
Mirem-se no exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda
Roubam prós seus capitalistas, orgulho e raça da Europa
Elas não têm moral ou decência
Nem honestidade nem consciência
Têm ganância apenas
Não têm vergonha, só têm investimentos
O seus lucros, relatórios, aumentos
Mais alguns milhões
Ladrões
Mirem-se no exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda
Roubam prós seus capitalistas, orgulho e raça da Europa
Dos países pobres, lixados
E dos seus povos abandonados
Não fazem caso
Vestem-se de gala, se reúnem
Se apadrinham e se servem
Mais alguns milhões
Ladrões
Mirem-se no exemplo daqueles Banqueiros da Irlanda

Roubam prós seus capitalistas, orgulho e raça da Europa

adaptado da música do Chico Buarque, “As mulheres de Atenas”




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