Ouvi recentemente pedaços de entrevistas dadas por estas duas personagens. Primeiro Francisco Assis, líder parlamentar do PS, a reafirmar a sua autoridade, garantindo que não permitirá que os deputados do PS se tornem diletantes e não cumpram com as ordens do governo. Depois foi o Sócrates a cantar em louvor do seu governo, mostrando-se como um predestinado a conduzir este país à grandeza e ao saber. Um usa a força, outro o engano para passarem os seus recados e mensagens. Hoje, na minha opinião, ambos já não passam de tristes palhaços sem honra. Ambos não passam de servos do poder económico e dos Senhores do Mundo. Ambos não prestam.
Arquivo de 12 de Dezembro, 2010
Tristes palhaços
As vergonhas do Sr. Silva
O Presidente da República considerou que os portugueses têm de se sentir “envergonhados” por existirem em Portugal pessoas com fome, um “flagelo” que se tem propagado pelos mais desfavorecidos de forma “envergonhada e silenciosa”.
Se há alguém se se deva sentir envergonhado por haver quem passe fome em Portugal não são os portugueses, mas sim aqueles que nos últimos anos tiveram a responsabilidade de estar à frente do estado e nada fizeram para o evitar. Pior, impuseram politicas e soluções económicas que não só não evitaram a fome e a pobreza como contribuíram para o seu aumento. Quem lutou por menos direitos, menores salários e maior precariedade no emprego é que se deve sentir envergonhado pelas culpas que tem no cartório. Eu, não é vergonha que sinto por haver quem passe fome, mas uma vontade enorme de contribuir para o fim das acusas que a criaram, ou seja correr com a corja que se tem alimentado e engordado à custo do que devia ser distribuído por todos. Certamente que o Sr. Silva não se lembra dos que passam fome quando oferece os grandes banquetes com copos de cristal e talheres de prata, nem quando mostra satisfação pela realização de grandes cimeiras, como a da NATO que custou muitos milhões a Portugal. Certamente não era no problema dos que passam fome que pensa quando abraça os Dias Loureiros deste país. Vergonha devia ter quando recebe as confederações patronais e lhes sorri quando estes afirmam que as empresas não podem pagar mais 80 cêntimos por dia a quem recebe o ordenado mínimo.
Mas, realmente há uma coisa de que nós portugueses podemos e devemos ter vergonha, é a de termos como Presidente da Republica uma pessoa como o Sr. Silva. Disso tenho vergonha, muita vergonha.