O debate entre o Cavaco e o Defensor de Moura foi dos mais animados especialmente por se ver o Sr. Silva perder a compostura quando acossado pelo caso BPN. Fazendo-se de virgem ofendida acabou por afirmar «Costumo dizer que quem quiser ser mais honesto do que eu tem de nascer duas vezes».
Mas a sua explicação sobre a sua responsabilidades na actuação de seus ex-ministros é elucidativa. «Se nem temos controlo sobre a vida dos nossos filhos depois de eles saírem de casa, o que é que tenho a ver com a vida profissional de pessoas que estiveram no meu governo há 25 anos?».
Alguém lhe devia dizer que os filhos não os escolhemos, são como são. (Claro que há a educação que lhes damos e, ou seguem os passos e os exemplos dos pais ou, se são educados como a Manuela Ferreira Leite defende, sob a disciplina de “quem paga manda” acabam muitas vezes por fazer o contrário daquilo que lhes ensinam). Pois é, não escolhemos os nossos filhos mas escolhemos os ministros para fazerem parte de um governo e aí a honestidade é essencial. Querer fazer-nos crer que alguns só entraram na vida de desonestidade, crime e roubalheira mais tarde é atirar-nos com areia para os olhos. Aliás basta ver quem o apoia e quem o tem acompanhado nesses tais 25 anos.
Quanto ao Defensor Moura não tenho grande impressão dele nem acredito que seja o Presidente que este país necessita, mas por ter confrontado o Sr. Silva já subiu uns pontos na minha consideração.
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