Com as festas próprias da época, com a consagração cavaquista na comunicação social, o banquete do BPN e o tradicional “fado” português acabei por não colocar aqui o sexto candidato à Presidência da República, José manuel Coelho, deputado na Assembleia Regional da Madeira pelo PND e que já andou de relógio gigante ao peito, foi escorraçado do parlamento à mocada e vai fazer campanha num carro funerário.
Já aqui disse que nestas eleições é importante ir votar, não para eleger nenhum dos outros candidatos, mas para tentar evitar que o Palácio de Belém seja habitado por mais cinco anos
pelos Silvas de Boliqueime. Quem estava sem candidato para votar, vote neste. Não vai aparecer muito nas televisões, que aí só são visitas diárias os candidatos com 15 minutos de Cavaco, 5 de Alegre e um para o Chico. Não vai ganhar, mas pelo menos vai-nos fazer rir.
Arquivo de 5 de Janeiro, 2011
O Sexto Candidato
Heill Viktor
Este personagem é Viktor Orban, o Primeiro-ministro da Hungria e durante os próximos seis meses também quem vai presidir à União Europeia. Homem de extrema-direita ganhou as últimas eleições com grande maioria absoluta e já decretou uma lei que acaba com a liberdade de expressão na imprensa hungara. Também criou um conjunto de taxas excepcionais a aplicar até 2013 que afectam, sobretudo, filiais de grandes empresas estrangeiras de sectores financeiros, energético, agro-alimentare, de telecomunicações e de distribuição.
Claro que a Comissão Europeia já se veio dizer muito preocupada com falta de liberdade de imprensa, mas muito mais ainda com as taxas, depois de Durão Barroso, ter recebido uma carta conjunta de 13 grandes empresas, sobretudo alemãs e austríacas, a criticar as taxas excepcionais, que o Governo húngaro decidiu para ajudar o país a cumprir a redução do seu défice orçamental e que farão as empresas pagar ao Estado o equivalente a 1,3 milhões de euros nos próximos três anos. A Hungria, enquanto “estado-membro” da União Europeia, “deve ser induzida a restaurar a confiança das empresas” que operam no país, bem como a prevenir “um fardo” imposto a apenas alguns sectores da economia, argumentaram.
Esta Europa está a desfazer-se a cada dia que passa e com as suas politicas liberais e capitalistas tudo o que está a conseguir fazer é dar espaço à extrema-direita populista para crescer no descontentamento da miséria.