Felizmente o Ministro Luís Amado esqueceu-se que, para assinar o acordo com os EUA para lhes oferecer todos os dados, da impressão digital ao perfil de ADN dos cidadãos portugueses em nome da luta contra o terrorismo, tinha de ter o acordo da omissão Nacional de Protecção de Dados. Felizmente porque agora veio essa comissão chumbar o acordo por considerar “abusivo, excessivo, demasiado genérico, [de] difícil controlo de pesquisas indevidas, sem garantia da protecção dos dados […] e [falho] de salvaguarda da pena de morte”.
São voos da CIA, Guantanamo, informações secretas, tudo oferecemos mesmo à revelia das posições da União Europeia. Esta subserviência deste governo aos EUA já fede.
Arquivo de 9 de Fevereiro, 2011
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Impressão digital de Luis Amado
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O peso da dívida publica
Na antiga Grécia, Zeus, o Deus dos Deuses condenou o Titã Atlas a carregar com o peso do mundo para toda a eternidade. Na actual mitologia capitalista quem reina acima de todos e de tudo são os “mercados” que nos resolveram condenar a carregar com o peso da crise que criaram e de uma dívida pública que insentivaram. A Santa Europa a que tantos cantaram louvoures e outros, menos, que ainda a idolatram, primeiro fez o milagre da multiplicação do dinheiro em troca da destruição do nosso sistema produtivo, na industria, agricultura e pescas. Depois, como não havia mais nada para destruir, passou a dar metade do dinheiro se nós apresentássemos a outra metade que não tinhamos. Sem problemas, eles emprestavam a juros muito baixos. Construiram-se rotundas, pavilhões e piscinas por todo o lado, compraram-se Ferraris e carros de luxo como em nenhuma outra altura, surgiram os BPN’s deste país enquanto o compadrio e a corrupção prosperavam. A Europa via e sorria. Calmamente continuou a engodar o país e agora, quando ele já está endividado até aos cabelos, é hora de cobrar. Sobem-se os juros para valores impossiveis de pagar e aí está um pais inviavel.
Está tudo perdido?
Não há esperança de salvação?
Claro que há, é aceitarmos a subserviência ao poder do grande capital e transferirmos o pouco que resta da nossa soberania para as mãos dos grandes da Europa. Heil Frau Merkel, que do alto do seu pedestal já olha a Europa conquistada sem ter de dar um tiro. Começou o IV Reich.