Elementos do Partido Trabalhista Português e do PCTP/MRPP invadiram as instalações da RTP em protesto por terem sido afastados dos debates televisivos de pré-campanha para as eleições legislativas.
Vivemos, segundo dizem, naquilo a que chamam de Democracia Ocidental, baseada na Igualdade e onde são os cidadãos a escolher o seu destino. Eu digo que vivemos mais a aparência de uma onde tudo está já organizado, controlado e decidido. O caso dos partidos sem representação parlamentar, que não debatem, não são noticia, nem agora em tempo de eleições, quanto mais nos anos que as separam é só um exemplo. Nas grandes decisões nacionais, como foi a entrada na União Europeia ou o Tratado de Lisboa. Controlam a comunicação social e com ela manipulam a opinião pública impotente para resistir à lavagem de cérebro a que é submetida todos os dias. Usam para garantir o poder as mesmas técnicas que utilizam para vender sabonetes, futebol, um casamento real ou uma tragédia. Mentir e deturpar são a regra do dia a dia. (um bom exemplo é o da manifestação que acabou com a policia a balear os manifestantes no 1º de Maio em Setúbal e onde a Sic deu a noticia “Um grupo de manifestantes entrou em conflito com a Policia”, quando foi a própria polícia quem o iniciou e promoveu. Quem ouviu não notou, mas já o induziram a acreditar de que lado está a culpa mesmo antes de darem a noticia). Somos manipulados diariamente e tudo o que os cidadãos fazem nesta falsa democracia é colocar um voto de quatro em quatro anos para escolher entre a inevitabilidade dos alternes de sempre.
Quem não está dentro da pandilha habitual fica à porta, quem contesta o próprio sistema é silenciado. Dinheiro, poder e força garantem-no.
Arquivo de 8 de Maio, 2011
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Vivemos numa democracia?
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O novos passageiros do TGV
No programa de governo do PSD vai ainda estar o TGV. Mas Catroga defende uma pausa na construção da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid e depois uma renegociação com Espanha e com a União Europeia. O PSD tem defendido uma suspensão da linha de TGV e diz agora que deve ser criado um novo modelo de concessão. Catroga, defende ainda que o projecto da própria linha deve ser alterado, que “está todo mal concebido”: “É possível fazer aquilo com 50% do custo.”Para quem tinha dúvidas aqui está a prova de que quem contestava a construção do TGV só o fazia porque não era governo e quem era governo só o queria construir porque o era. Tem sido assim no alterne partidário PS/PSD, em que quem é oposição se opõe e quem é governo quer avançar. É que quem decide é quem escolhe o modelo, o traçado, os construtores e os fornecedores. É quem negoceia e assina os contratos, basta olhar para o caso dos Submarinos do Portas, é quem faz bons amigos e garante um próspero futuro. Mais depressa ou mais devagar, pelo sul ou pelo norte do Tejo, o TGV vai chegar a Madrid. Nem a Alemanha e a França aceitam que seja de outra forma, senão a quem é que o iam vender?