Nunca se tinha visto uma tão grande urgência para que um governo tomasse posse. Imaginei porque haveria também uma enorme urgência em tomar medias, mas pelos vistos enganei-me e o que havia era uma enorme obsessão de ser ministros para uns e de se verem livres do Sócrates para outros. É que deste governo, para além de nos dizerem que nos vão meter a mão em 50% do décimo terceiro mês, embora até nisso adiaram a explicação de como irá ser aplicada. Até nisso porque até agora é em tudo, da privatização da RTP, que fica adiada até melhor oportunidade, (A SIC e a TVI não querem mais concorrência no mercado da publicidade), à redução da TSU e consequente aumento do IVA que está em reflexão, assim como a avaliação dos professores, o encerramento das escolas com menos de 21 alunos, o novo aeroporto de Lisboa, a privatização do BPN e o teto para as pensões, sem esquecer a reestruturação do Estaleiro de Viana do Castelo, tudo está em reflexão. De tanta certeza que tinham antes das eleições para tantas dúvidas agora que são governo. Basta olhar para o Programa eleitoral do PSD que apresenta muito mais medidas concretas que agora apresenta o do governo. É que uma coisa é falar sem responsabilidades e sem saber muito bem aquilo que se diz, outra é ter os problemas nas mãos e os lóbis começarem a impôr as suas regras.
Arquivo de 5 de Julho, 2011
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Estranhas urgências
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Tanto medinho junto
«O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, diz que foi para a política por “coisas do destino” e tinha “medo de copiar”, reconhecendo que “a matemática não é fácil”, mas pediu aos jovens para estudar.»
Depois da história dos magistrados apanhados a copiar no exame do Centro de Estudos Judiciário, ficámos a saber que o Presidente da Republica só não o fez porque tinha medo. Há muito que digo que o Cavaco sempre tem mostrado uma enorme falta de coragem política e agora ficámos a saber que essa mesma cobardia se estende a outras áreas da sua vida. Estou certo que todos nós preferíamos saber que o não copiar e todas as suas acções eram resultado de idoneidade, mas afinal tudo se resume ao medo. Talvez por isso tenha contribuído para o país estar no estado em que está.