António Nogueira Leite vai ser vice-presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos e ganhar mais de 20 mil euros por mês. O académico que foi conselheiro de Pedro Passos Coelho vai assumir funções executivas, ocupando o lugar de número dois do próximo presidente executivo do banco público. Actualmente já é administrador executivo da CUF, da SEC, da José de Mello Saúde, da EFACEC Capital, da Comitur Imobiliária e administrador (não executivo) da Reditus, da Brisa e da Quimigal, presidente do Conselho Geral da OPEX, membro do Conselho Nacional da CMVM, vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank, membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações e vogal da Direcção do IPRI. É membro do Conselho Nacional do PSD, desde 2010.Os amigos começam a ocupar os bons lugares e, mesmo quando dizem que querem poupar e reduzir nas despesas, quando aumentam impostos, quando aumentam os transportes, a saúde e anunciam qua ainda agora começaram os sacrificios, não têm vergonha de aumentar o número de administradores da CGD de sete para onze. Há que haver lugares para todos e aos Barões não serve qualquer um. Têm de ser lugares de luxo e prestigio que são gente importante.
Arquivo de 23 de Julho, 2011
Shiva ou Dr. Octopus? ….ou ambos
Ditadura do desemprego
Vem aí um terramoto liberal no mercado de trabalho. O governo aprovou em Conselho de Ministros o diploma que reduz as indemnizações por despedimento: é primeira medida para revolucionar o mercado laboral, um processo que será directamente conduzido pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, considera que o desemprego não vai diminuir por via da recuperação económica e o executivo recusa deixar as coisas como estão. Pedro Martins terá mesmo dito que as reformas laborais “avançam com ou sem o acordo da concertação social” e terá informado os líderes sindicais que compreendia a sua oposição, às reformas, na medida em que elas representam uma perda de poder dos sindicatos.Será esta a famosa “suspensão da democracia” proposta pela Manuela Ferreira leite e agora adoptada pelo Passos Coelho?
Já não basta aquilo a que chamam concertação social ser quase um pró-forma onde os governos, os patrões e a UGT têm feito aprovar todo o tipo de perda de direitos do trabalho para agora já nem se darem a esse trabalho e imporem a sua vontade à força?
Quando o próprio governo considera que o desemprego não vai diminuir por via da recuperação económica que esperança dão para aqueles a quem esta lei é uma condenação ao desemprego eterno.
Esta gente que não consegue colocar-se no lugar de quem sofre a desgraça do desemprego, de quem não tem a capacidade de compreender o sofrimento de quem vê os filhos com fome, não presta. Esta furia liberalizadora sem razão ou justificação não passa de gente mesquinha que não merece qualquer respeito. Não prestam.