O primeiro-ministro fez hoje uma espécie de anúncio do fim da crise, apontando 2012 como o ano “do princípio do fim da emergência nacional”.
O Governo estima que se mantenha a receita fiscal prevista e, como tal, “não serão necessários mais aumentos de impostos”. Mas havia um se: “A não ser que haja algum evento que não decorra das nossas acções, que seja imposto por condicionantes externas.”Ou me engano muito ou o fim anunciado para 2012 não vai passar do principio do fim. Muitos já estarão desempregados, outros tão pobres que não haverá emergência nacional que os salve. Para mais, os pressupostos que coloca para não haver mais aumentos de impostos não convencem ninguém. Primeiro o de que a receita fiscal se mantenha nos mesmos níveis é impossível com as falências que se anunciam e o aumento de dcsemprego que se prevê. Com menos negócio, menos investimento, menos consumo, mais desemprego e salários mais baixos a colecta de impostos só pode baixar e depois porque parece inevitável que haverá condicionantes externas. Basta ouvir o alerta a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde para o risco “iminente” de a economia mundial entrar em recessão. Culpando o passado para os aumentos de impostos que fez, já anuncia as desculpas que justificarão os próximos aumentos.
Arquivo de 5 de Setembro, 2011
A verdade sob a máscara
Tenham misericórdia deles
“Confirmo que aceitei”, disse à Lusa Pedro Santana Lopes sobre o convite que o Ministério da Solidariedade e Segurança Social lhe fez para ser provedor da Santa Casa da Misericórdia. O ex-primeiro-ministro vai, no entanto, continuar em funções na Câmara Municipal de Lisboa.
“Não há nada a dizer, a não ser registar com agrado que um ex-primeiro-ministro aceita exercer uma função importante na sociedade portuguesa que é ser provedor da SCML. É um gesto de humildade, ainda para mais prescindindo do vencimento a que teria direito”, afirmou o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa.Santana Lopes seria a última pessoa de quem me lembraria para Provedor da Santa Casa da Misericórdia mas bastou ele ameaçar que talvez necessitasse de criar um novo partido e sabendo como consegue ser uma pedra no sapato de todos os ex-lideres do PSD, para lhe arranjarem um dos melhores tachos do país. Não pelo ordenado, que nem vai receber, mas pelas mordomias e pelos milhões que vai ter sob a sua responsabilidade.
Falta saber se foi o misecordioso foi o Passos Coelho, que teve pena de um ex-lider que vive com as dificuldades de ser só um vereador nja CML, ou se estava a pedir mesiricórdia ao Santana Lopes para não o arrasar na praça pública…e quando o PSD for a votos para a liderança.