O Ministro Nuno Crato informou que existe, “a partir de hoje, um novo modelo de avaliação de professores em Portugal” após ter chegado a acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) e seis outras estruturas sindicais. Mas não com a Federação Nacional de Professores (Fenprof) porque, segundo Mário Nogueira, secretário-geral desta estrutura sindical, o novo modelo mantém o regime de quotas para as classificações mais elevadas.
O ministério “irá ainda assinar uma acta global negocial com a Fenprof, onde estarão estabelecidos todos os pontos de acordo e desacordo, nomeadamente em relação às quotas”.Uma vez mais dividir para reinar. Acabou a frente comum dos professores e quando este Ministro já desgraçou mais professores, enviando milhares para o desemprego, que a própria Sinistra Ministra Maria de Lurdes Roidrigues, não mais veremos as ruas de Lisboas cheias de professores em luta por aquilo que consideravam justo. Professores que tanto fizeram para a queda do socretimo acabam agora a pactuar com muito daquilo que na altura diziam ser inaceitavel.
Pessoalmente sempre me pareceu que a ideia de quotas, seja para o número de mulheres no parlamento ou agora de excelentes na valiação, algo sem nenhum sentido. Ou se tem mérito para se ser bom não se tem. Pode haver muita gente excelente num local e nenhuma noutro e isso não pode ser limitativo. Não faz sentido que não seja melhor estar numa escola acompanhado por muitos bons professores que numa em que haja muitosos professores o não são. A qualidade de serem avaliados, não pelo lado economicista, mas pela qualidade do seu trabalho parece-me essencial para uma melhor Escola Pública.
Arquivo de 11 de Setembro, 2011
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Avaliação
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A dança do Paulo Macedo
O ministro da Saúde garantiu hoje que não há qualquer decisão no sentido de deixar de comparticipar medicamentos anti-concepcionais nem sobre a reestruturação do Ministério da Saúde.Ainda me lembro das ideias que o Passos Coelho defendia quando foi eleito lider do PSD e que depois contradisse quando o criticaram e das propostas que anunciava para o programa de governo e que depois desapareciam perante a contestação que provocavam. Já nessa altura não havia uma ideia clara nem um rumo para aquilo que dizia querer fazer.
Agora que é governo também aquilo que escreveu no programa de governo é história passada e acaba a fazer tudoi aquilo que criticava. Por isso não estranho que até o Paulo Macedo, que levou estes meses a estudar como reduzir os custos do Serviço Nacional de Saúde não consiga sequer defender durante mais de 24 horas as soluções que apresentou. O que ontem eram decisões e poupanças quantificadas passam rapidamente a opções em estudo quando as críticas sobem de tom. É verdade que as medidas anunciadas eram parvas e mostravam uma desumanidade sem sentido, mas o nem terem argumentos para as defenderem mostra impreparação e desleixo.
Este é um governo sem ideias, sem soluções e que navega à vista com uma única preocupação; o défice. As pessoas, a economia, a educação, a saúde, a cultura ou tudo o resto com que um governo se deve preocupar é deixado para trás. Um governo como o Primeiro -ministro que o lidera, subserviente e sem ideias nem estratégia. Pior não podia ser.