O presidente da Comissão de Remunerações e Previdências do BCP, Joe Berardo, e que actualmente possui 4,23% do capital desta instituição bancária, deve 400 milhões ao BCP, 250 milhões ao BES e 360 milhões à CGD.Lembro-me de há uns tempos ter lido a notícia destes três bancos terem andado reunidos para encontrar uma solução para o problema da existência de uma dívida do Berardo de mil milhões que ele não podia pagar. A solução foi juntarem-se para lhe fazer um novo crédito, em condições mais vantajosas que o anterior, para que ele pudesse pagar a divída na altura. Algum tempo depois tudo está na mesma, continua a ter acções, quintas de Budas e a mesma dívida.
Como todos sabemos, quem deve mil euros a um banco tem problemas, mas se deve mil milhões quem tem um problema é o banco, ou melhor, somos todos nós porque de uma maneira ou de outra acabamos por pagar sempre os prejuisos dos bancos. Nada que mais um imposto não resolva.
Arquivo de 17 de Setembro, 2011
17
Set
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O Joe e os Bancos
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O Saca-impostos do Passos Coelho
Depois de na véspera ter afirmado na Assembleia da Republica que ainda não sabe muito bem como vai aplicar a exigência do FMI em baixar a TSU, em quanto o vai fazer e onde vai buscar o dinheiro para cobrir o buraco na segurança-social, era necessário fazer ainda muitos estudos, o Passos Coelho foi para a Polónia anunciar essa baixa e que será o aumento do IVA que o irá financiar.
Já percebemos que este governo pratica a filosofia de que quando o Estado necessita de mais dinheiro, aumenta impostos sem olhar às causas nem às consequências. Neste caso é a falácia da descida da TSU que supostamente deveria possibilitar uma baixa dos preços na produção e assim uma maior competitividade das nossas exportações. Claro que já todos conhecemos as lições do passado e sabemos que esse dinheiro vai ser utilizado para cobrir as dificuldades financeiras que muitas empresas estão a passar em alguns casos e para comprar Ferraris e casas em quintas, sejam elas da Marinha ou da Coelha.
O que este governo parece não se dar conta é que com tanto aumento de impostos e com tantos sacrificios que impôe acaba por matar a galinha dos ovos de ouro. Sem dinheiro os portuguêses não compram, o comércio não vende e as empresas deixam de receber encomendas. Com isto cria-se mais desemprego, com aumento dos custos sociais, e redução de receitas fiscais, quer dos cidadãos quer do comércio e industria. O Estado passa a receber menos, o PIB baixa tornando mais difícil cumprir com as metas do défice para acabar a fazer mais do mesmo; subir ainda mais os impostos.
Podemos por isso estar preparados que para além de novos aumentos brutais de impostos já previstos para 2012 ainda nos vão apresentar a conta de mais 3500 milhões de Euros para compensar a exigência da descida de 8% na TSU.
Não está na hora de irmos todos para a rua fazer-lhes um manguito?