“O processo de ajustamento vai ser um grande desafio e a maioria das dificuldades está para vir”. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, reconheceu, na noite de sábado, em Washington no âmbito da reunião anual entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundia, que o reequilibro da situação económica e financeira do País vai levar tempo a estar concluído e que os sacrifícios pedidos às famílias vão acentuar-se. O ministro das Finanças demonstrou também algum receio de que uma eventual réplica da contestação social vivida na Grécia se possa repetir no País.
O Gasparzinho foi a casa dos donos, do Mundo, apresentar o seu relatório de avaliação de desempenho e certamente deve ter agradado aos Senhores do Dinheiro. Essa gente, como o nosso ministro, não têm qualquer dimensão social no seu pensamento nem nas suas preocupações, olham para números e vêm a economia como a vaca sagrada. Para essa gente, como para o nosso ministro, não há limites para sacrifícios para os povos nem perda perda de direitos e diminuição de condições de vida. Em nome da alta finança, fome, pobreza e miséria são aceitáveis. Preocupam-se mais com a possibilidade da contestação social que pela condição de vida de quem a faz.
Outubro vai ser o mês de lhes começar a oferecer o que mais temem. Logo no dia 1 Manifestação da CGTP e no dia 15 os povos vão mostrar a sua indignação numa enorme manifestação internacional a acontecer em Lisboa e em centenas de cidades por todo o Mundo.
27
Set
11
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