Os resgates aos bancos da União Europeia já custaram aos contribuintes quatro biliões de euros desde que em 2008 foi necessário começar com este tipo de ajuda financeira às instituições bancárias. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, confirmou a proposta de uma «acção coordenada» para ajudar à recapitalização dos bancos. «Propusemos aos Estados-membros para avançarem com uma acção coordenada para recapitalizarem os bancos e desembaraçarem-se de activos tóxicos».
A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que uma eventual recapitalização dos bancos é “dinheiro bem empregue”.Afinal é fácil entender porque estamos em austeridade e a fazer sacrifícios. Não há dinheiro para a economia porque o dinheiro é enterrado nos bancos que alegremente vão aumentando os seus lucros. Tanto se falou do BPN, mas esse é uma gota no oceano daquilo que andamos a pagar em nome da recapitalização dos bancos. Usaram e abusaram do crédito fácil, criaram os activos tóxicos que foram negociando para ganhar mais dinheiro fácil até ao dia em que tudo estoirou. O que deveria ter acontecido? Devia-se ter responsabilizados os banqueiros obrigando-os a repor tudo o que ganharam nesse jogo sujo, mas não, a banca nunca podia falir nem os banqueiros ser criticados pelo que a solução foi oferecer-lhes mais dinheiro dos contribuintes. Tiram-se os activos tóxicos e derramam-se sobre os cidadãos e aumentam-se os impostos para encher os cofres dos bancos. O que me custa a entender é como ainda exista quem diga que temos de pagar uma dívida pela qual não fomos responsáveis para enriquecer ainda mais aqueles que foram os verdadeiros responsáveis. Nem a dívida nem a responsabilidade por ela são nossas pelo que nada temos de pagar.
Arquivo de 8 de Outubro, 2011
«A inauguração da sede do Sindicato dos Professores no Funchal, juntou ontem o improvável num mesmo acto oficial – o presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, e o líder da Fenprof, Mário Nogueira. “Se o problema da dívida existe, e aqui de dimensão agravada, é bom recordar que não é por responsabilidade de quem, honestamente, tem como quotidiano o trabalho”, referiu no discurso o sindicalista, que ao CM frisou não estar ali a fazer campanha pelo PSD madeirense.»Até pode não ter estado a ajudar a campanha eleitoral do João Jardim, mas que parecia e que ajudou não restam dúvidas. Basta ter ouvido o Bicho da Madeira referir a sua oposição à avaliação dos professores para perceber que o Mário Nogueira se deixou enrolar mais uma vez. Primeiro quando mordeu a maça envenenada do Memorando de Entendimento que a Sinistra Ministra lhe estendeu e agora quando aceita estar ao lado do “Caçador” que se rebelou contra o governo do seu partido. Desconfio que ele gosta de fazer o papel de Branca de Neve.