Uma jornalista aproveitou esta ocasião para perguntar ao Primeiro Ministro Passos Coelho, se pensa que os portugueses vão conseguir tirar férias este ano. “Então a senhora acha que o Governo ia decretar que não houvesse férias?”, reagiu Passos Coelho. Interrogado sobre como é que os portugueses irão fazer férias, com que dinheiro, respondeu: “Fazendo uma boa aplicação dos recursos que têm, como é evidente. Quando há menos, tem de se gastar menos, quando há mais tem de se pensar em ficar com algum de lado para os tempos em que há menos. É isso que eu espero que os portugueses também possam fazer”.
E ninguém manda este Coelho de férias e de vez? Não basta andar a empobrecer o país e a destruir a vida de tanta gente condenando-os ao desemprego e a uma vida de precariedade e ainda, quando fala, nos trata por parvos. Se fosse gozar com a sua mãezinha não fazia melhor?
Arquivo de 3 de Março, 2012
Ir de Férias? Sejam poupadinhos
Miguel Relvas, quanto aos números do desemprego, 14,8% em Janeiro, entende que não são consequência das medidas deste Executivo. “Ninguém pode ser julgado por oito meses de Governo”.
Nem precisa, basta olhar para as políticas e para as consequências delas para saber que estão erradas. Atirar austeridade para cima duma recessão é como atirar gasolina para o fogo. A austeridade aprofunda ainda mais a recessão o que obriga ao aumento da austeridade. Se lhe juntarmos a pobreza institucionalizada e o aumento das falências de empresas e pessoas, que já começou a fazer diminuir as receitas dos impostos com a consequência do falhanço da meta do défice exigido pelos mercados, não há razão nenhuma para os julgar por oito meses de governo, há é urgência de correr com eles.