Pingo Doce começou a cobrar custo da promoção de 50% a fornecedores.
Fornecedores que não aceitem “pagar” o custo da campanha temem que os seus produtos sejam retirados dos supermercados do grupo JM.
Os fornecedores dos supermercados Pingo Doce, detidos pelo grupo Jerónimo Martins, estão a ver os seus piores receios confirmarem-se: os custos da polémica campanha de 50% de desconto em compras a partir de 100 euros, realizada no 1º de Maio, será repercutida nas facturas que os produtores vão receber nas próximas semanas. “A promoção, decidida de forma unilateral pelo Pingo Doce, será paga pelos fornecedores”.
Tanto já foi dito sobre o Pingo Doce e do seu dono o Alexandre Soares dos Santos que acreditamos que pouco mais há para dizer, mas eles conseguem sempre surpreender. Agora foi a noticia de que a cadeia de supermercados que possui na Polónia foi condenada por abuso sobre os trabalhadores locais, obrigando-os a trabalhar mais horas que as contratualizadas, muitas vezes sem pagar e proibindo mesmo que perdessem tempo a ir à casa de banho. Como se não bastasse ter transferido a sua sede fiscal para a Holanda para fugir aos impostos, depois da vergonhosa promoção feita no 1º de Maio ficámos a saber que chantageiam os seus fornecedores para que o prejuízo do lucro seja passado para eles compulsivamente.
O Pingo Doce é o único supermercado que serve a zona onde vivo, mas há já vários meses que prefiro aceitar a dificuldade de me deslocar para não lá gastar um cêntimo que seja. Se outros fizessem o mesmo e os fornecedores deixassem de lhe vender os seus produtos talvez esta gente percebesse que isto do “vale tudo” tem de acabar. Estou farto deste capitalismo que só pensa em engordar esquecendo que sem consumidores acabaria por falir. Muitos ainda não se deram conta disso, mas quem tem a faca e o queijo nas mãos somos nós, bastando para isso que nos unamos naquilo que queremos.
08
Maio
12
Uma das poucas coisas que funcionam bem em Portugal é a concorrência nos supermercados.
Mas há sempre uns quantos que querem ser os donos do povo e falam em nome do povo sem que tenham o seu voto nem autoridade para tal.
Alguns países que não tem concorrência convidam empresas estrangeiras para fazer concorrência no comercio. Por exemplo, a Austrália pediu aos alemães da Aldi e Lidl que fossem lá acabar com monopólios na distribuição que vendiam tudo com margens altíssimas.
Neste sector, Portugal tem uma boa concorrência e parece que o governo, a esquerda e algum jornalismo elitista não gosta. Quem vai sair prejudicado? Os mais desfavorecidos claro!
Em Portugal ainda temos esse luxo da lei da oferta e da procura que devemos acarinhar e não destruir, acompanhar e não ignorar (como fazemos com os combustíveis). Com campanhas promocionais mais frequentes, o povo habitua-se e a histeria acaba. O Continente faz promoções de 50%+25% e ninguém pia! Será que a Sonae tem previlégios neste país?
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