Em vez de a escola preparar planos individuais de trabalho para os estudantes que têm demasiadas faltas, o Ministério da Educação e Ciência defende que essas crianças e jovens façam trabalho a favor da comunidade, entre outras iniciativas, anunciou Nuno Crato. Quanto à responsabilização anunciada dos encarregados de educação pela falta de assiduidade dos filhos esta passará pela promoção de uma “forte censura social”. Esta “censura” pode levar “à redução de apoios sociais à família ou à aplicação de multas”.
Sou mesmo ingénuo. Vejam lá que pensava que, há uns anos, quando foi anunciado um plano individual de trabalho para os alunos que tivessem dado muitas faltas isso se tratava de tentar fazer o aluno recuperar nos estudos e não aplicar um castigo. Afinal parece que não e este ministro na sua postura de “maior exigência” transforma o estudo em trabalho. Não explicou ainda se vai promover a reintrodução da régua de cinco olhos, a chibata ou o pau de marmeleiro na vertente disciplinar.
Esta gente está-se absolutamente nas tintas para a educação e tudo o que parece desejar é reduzir os custos da escola pública, mesmo que isso a sua qualidade do ensino, e criar mais rapidamente mão de obra barata. Ainda me lembro dos tempos em que o analfabetismo atingia os 70% em Portugal, de mesmo depois de um primeiro esforço de alfabetização da lamuria que o grande problema de Portugal estava na baixa qualificação dos trabalhadores para agora, quando existe a mais qualificada geração de sempre, se mandar os jovens emigrar e se regride nas politicas educativas para modelos que nos relembram os velhos tempos em que saber ler não era para todos.