A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou hoje a defender a redução das dívidas públicas e reformas estruturais como solução para a crise em Espanha e em Portugal, mesmo que para isso tenham de passar por uma fase de recessão.
A inclusão da descida da Taxa Social Única (TSU) na 5ª revisão do memorando de entendimento a Comissão Europeia veio hoje lembrar que o desembolso da próxima tranche do empréstimo a Portugal está condicionada ao cumprimento integral do que foi acordado com a Troika. Questionada sobre a possibilidade de um caminho alternativo pelo governo português, escusou-se a “especular sobre um espaço de manobra” para substituir esta medida por outras, optando por sublinhar que “o facto é que esta medida foi uma das acordadas no quadro da última revisão” do programa de ajustamento, tendo de resto sido colocada em cima da mesa pelas autoridades portuguesas.Parece-me que o título do filme ” O Império contra-ataca” traduz bem a resposta da Europa à contestação que os portugueses mostraram. Para esta gente a palavra democracia não passa de uma palavra à qual não se deve dar a mínima importância. Aquilo que os povos pensam ou sofrem não tem qualquer valor comparado com o poder da Banca e dos mercados. Morra-se de fome, de doença ou um país seja atirado para a escravatura laboral e social é algo de somenos importância. Viva a troika e viva o Euro.
18
Set
12
O Império contra-ataca
Categories: Autarquias, Capitalismo, Crise, Democracia, Economia, Euro, Europa, filmes, FMI, hipocrisia, Indignação, Lei Laboral, Liberdade, Memória, Mercados e vergonha
Tags: Angela Merkel, Durão Barroso, Troika, Wolfgang Schauble
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