O ministro de Estado e das Finanças considerou hoje “insultuosas” afirmações dos deputados João Galamba (PS) e Honório Novo (PCP) que o aproximaram ou da linguagem ou das teses ideológicas do regime do Estado Novo.
Obrigado Sr. Ministro por considerar que compara-lo a Salazar é insultuoso. Já lhe chamei ladrão, gatuno, incompetente, mentiroso, aldrabão e muitos outros nomes de mais forte vernáculo mas pelos vistos nunca consegui ser considerado insultuoso. Agora já sei como o insultar e o atingir e ainda por cima nem tenho de mentir ao abusar. És Salazarento. E, na actual situação em que vivemos nem fica mal esta comparação, porque se temos um Ministro das Finanças, Vitor Salazar, um Primeiro-ministro que se comapara bem com o Marcelo Caetano e um Presidente que em nada fica a dever ao velho cabeça de abóbora, o Américo Tomaz. Com gente desta a ocupar os mais altos cargo do poder não admira que o país esteja como está e por isso parece que lá teremos de fazer um novo Abril só que no Outono.
Para o boneco escolhi um das mais famosas fotografias desse glorioso dia em que, como aconteceu umpouco por todo o lado, escolas, hospitais e serviços públicos as fotografias dos fascistas eram retiradas da parede e parece que está na hora de fazermos ficar vazias mais umas paredes. è que o 25 de Abril, sempre, mas também quando um homem quiser, e eu quero.
Arquivo de Outubro, 2012
Passos Coelho quer refundar e para isso conta com o António José Seguro. Não é que vivamos no paraíso, mais no purgatório mas se o PS morde a laranja então caímos no inferno de vez. Refundados já nós estamos e se acabam com o Estado Social que esta escumalha tem vindo a destruir passa a passo então é que não restará nada deste país e deste povo. Dia 1 de Dezembro comemora-se a restauração, amanha há uma manifestação em São Bento e talvez seja uma boa oportunidade para uma nova restauração da nossa soberania. Eu estou lá.
A Era dos crápalos vampiros
Esta gente é toda muito amiga da inevitabilidade pois assim facilmente se convence o obriga todos a aceitar o inevitável. Primeiro rebentaram com toda a economia produtiva enquanto se atafulhavam dos milhares de milhões da Europa. Depois chegou a fase do endividamento com os mesmos a atafulharem-se ainda mais. Com o pais sem produzir e endividado arranja-se uma Troika para justificar austeridade e assim se podem aumentar todos os impostos e mais alguns. A austeridade agravou a recessão e o desemprego o que permitiu o desbaratar dos dinheiros da segurança social no apoio aos mais aflitos. Entretanto o país e as suas grandes empresas estão a saque dos mercados e entregue aos mesmos de sempre.
Agora sim o longo caminho chega ao fim e é hora de acabar com o estado social por não haver dinheiro suficiente para a sua sustentabilidade. Escolas, hospitais, segurança social, tudo é para destruir. O que ainda nos vai valendo é a Constituição, mas mesmo ela, entregue nas mãos do Sr. Silva e que o Tóto José Seguro ainda fica embebido na inevitabilidade das medidas e, se é assim tão necessário até se revê a Constituição, único garante que ainda nos resta. São vampiros e são cráuplasPS: Cuidado que já soltaram os comentadores encarregues de convencer os cidadãos da necessidade para o país que morram de fome ou de doença.
Será um saco ou um saque
O Conselho Económico e Social (CES) considera que o cenário macroeconómico apresentado na proposta de Orçamento do Estado para 2013 será difícil de concretizar e classifica como “irrealista” a previsão de uma contracção do Produto Interno Bruto de apenas um por cento no próximo ano, dificultando o regresso aos mercados e podendo conduzir Portugal ao “incumprimento”. O CES receia que o país esteja a entrar “num círculo vicioso de recessão e aumento da dívida, aproximando-se da situação grega”.
O CES adverte ainda que a proposta do Orçamento do Estado irá determinar uma recessão “mais profunda do que o previsto, o que terá efeitos na redução do nível de emprego e no agravamento do desemprego, que seguramente será também mais elevado do que o previsto, com as previsíveis consequências em matéria orçamental que decorrem do crescimento das prestações sociais”.
O CES manifesta alguma preocupação perante o facto de a proposta do Orçamento “consagrar uma diminuição significativa do nível de protecção social e da despesa social em geral, sendo relevante salientar o elevado número de desempregados sem prestações de desemprego, a diminuição do valor das prestações de desemprego e de doença”.
Neste âmbito, “o CES não pode deixar de alertar para as possíveis consequências, no plano político, decorrentes de situações de desamparo, miséria, incerteza, insegurança e intranquilidade que poderão contribuir de forma muito grave para situações de rotura social”.Há um ano que os miseráveis que ocupam o poder andam a dizer que Portugal não é a Grécia mas não passam um dia que não tomem medidas que nos conduzem a uma idêntica tragédia grega. Outros há que há um ano andam a dizer que somos todos gregos e que temos de seguir um caminho diferente daquele que foi seguido pela Grécia ou inevitavelmente teremos um futuro idêntico. O maior problema não é que os nossos governantes não saibam o que estão a fazer. Sabem e têm consciência que estão a atirar este país para o buraco sem fundo da miséria e do desespero. A sua loucura ideológica neo-liberal de matar tudo quanto seja estado, seja ele social ou outra coisa qualquer, é tanta que não se importam de condenar todo um povo para a desgraça há muito anunciada. Esta gente é assassina porque vai matar muita gente por falta de alimentos, de cuidados médicos ou dos mais básicos princípios de dignidade social. São criminosos e têm de ser tratados como tal. Já chega de aceitar a treta da dívida, da honra e da troika. Esta terra é de quem nela vive e não de quem está ao serviço de mercados e interesses económicos de grandes capitalistas. Basta e tem de parar já. Que pensas fazer para que isso aconteça?
Ontem fiz um post em que falava de duas afirmações do Relvas e uma notícia. Um desperdício, porque cada um dos temas dava um novo boneco. De cada vez que ele fala é mau para o país, e fala muitas vezes, mas é bom para mim pois dá-me sempre ideias e motivos para lhe fazer mais um boneco. Gostei de ver o Relvas confirmar que tem “uma vida aberta, transparente e clara”. Logo o Relvas que já todos sabem está metido em tudo quanto é trapalhada, das secretas aos jornais, da licenciatura às privatizações, que é o homem cuja liste telefónica do telemóvel deve valer muitos milhares de milhões. Do mais transparente e imaculado homem deste governo, quiçá deste país. É tão clara que até ofuscava se não fosse transparente. Haver um homem assim num governo a que todos chamam gatunos é, no mínimo, surpreendente.
Perigo para a segurança nacional
O ministro da Defesa, Aguiar-Branco acusou os comentadores “de fato cinzento e gravata azul” de serem o maior adversário das forças armadas e tão perigosos para a defesa nacional como qualquer outra ameaça externa.”Este adversário é tão corrosivo, tão arriscado e tão perigoso para a Segurança Nacional como qualquer outra ameaça externa”, afirmou José Pedro Aguiar-Branco depois de acusar os “comentadores de fato cinzento e gravata azul” de fazerem “o discurso da inutilidade das Forças Armadas” e de serem o seu “o maior adversário”. “O nosso maior adversário não é a adaptação que nos é exigida à situação que o país atravessa”, nem tão pouco “as medidas da ‘troika ou a contenção orçamental”. Mas sim, “o sentimento, inegavelmente crescente, de que as Forças Armadas, num contexto de carência geral, não são necessárias” e os comentadores “que olham para o Orçamento de Estado e dizem que é aqui que está a despesa que se pode cortar sem que o país sinta a sua falta” questionando “para que servem as Forças Armadas”. Um discurso “perigosamente demagógico” que o ministro quer ver combatido “dentro dos quartéis”.
Também considero que os comentadores “de fato cinzento e gravata azul”, assim como os de fato azul e gravata cinzenta, são uma praga e que com as suas opiniões condicionam, e muito, a cabeça daqueles que vivem à frente da televisão. (Talvez por isso também chamados de opinion makers). Agora isto de os chamar de perigo para a defesa nacional é querer justificar o silenciamento das opiniões. Ainda me lembro quando um tal de Salazar o fazia com muita eficiência. É que isto de ser um perigo para a segurança nacional é coisa grave. É por isso que esse é o problema mais grave que temos e a precariedade, o desemprego, a fome, a miséria e a destruição do estado social para não falar da própria independência e dignidade do país, são coisas de somenos importância. Era bom que dentro dos quartéis lhe dessem o combate que merece. É que o maior perigo para a segurança nacional é este governo de vendidos ao poder dos mercados e das Merkels.
O gigante Relvas
Miguel Relvas sustentou que, embora se assista a uma «crescente crispação em Portugal» e «a gritaria» tenha ocupado o debate público, não há «alternativa à austeridade e às reformas estruturais» do Governo. «Temos consciência dos custos elevados para as famílias e da coragem com que os desempregados estão a suportar estes tempos difíceis». Mas, mesmo quem contesta a austeridade «sabe que não tem outra saída» e comporta-se como um doente que «vai pensando todo o tempo em evitar aquela medicação» indispensável para a sua cura, que exige «sacrifícios, paciência e disciplina».
“Quero que tudo seja apurado, porque, como disse, fiz de acordo com a lei, de consciência tranquila, de boa-fé. Era assim que estava, é assim que estou e é assim que continuarei a estar”, insistiu o governante, depois de sustentar que prossegue “uma vida aberta, transparente e clara” e que “quem desempenha cargos públicos tem de estar sempre disponível para poder responder sobre todas as dúvidas que existem”.
O relatório da Inspeção-Geral da Educação e Ciência, noticia o semanário Expresso na sua última edição, mostra que Miguel Relvas foi não só o aluno que recebeu mais equivalências a maior número de cadeiras (32 num total de 36, o que equivale a 160 dos 180 créditos exigidos para a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais) como contou com equivalências a cadeiras que tão-pouco existiam no ano lectivo de 2006/2007, quando esteve matriculado na Universidade Lusófona.
Dois recentes momentos em que o Miguel Relvas fez afirmações, primeiro sobre a austeridade onde exigiu sacrifícios, paciência e disciplina chamando às vozes que a contestam, gritaria. No segundo para mostrar toda a sua beatitude apresentando-se como senhor de uma vida aberta, impoluta e transparente. Só não se viram crescer-lhe asinhas nas costas porque foi agora conhecido, não que já não se soubesse que era Senhor Doutor por equivalência, mas porque se formou com equivalências até a cadeiras que não existiam na faculdade.
Um governo que tem um Relvas como Ministro não é um governo, é um covil de hienas, é um antro de compadrio e aldrabices, é uma vergonha a que nenhum povo devia ser sujeito. Se lhe juntarmos que é essa gente que está a vender o que resta de público em nebulosas privatizações, então temos a certeza que este país está a ser saqueado. Está o país e estamos todos nós com roubos de salários e reformas. Se pensam que isto é muito mau então juntem-lhe a destruição do emprego, da saúde e escolas públicas, do estado social, dos direitos laborais e civis e vejam o que restará quando esta gente terminar a pilhagem. Isto não vai acontecer no futuro, está acontecer agora e se o não travamos já não vai restar nada para salvar mais tarde.Se todos não percebermos que não podemos ficar sentados à espera que outros resolvam os nossos problemas, temos de ser nós, todos a fazê-lo e já.
Dia 12 já aí vem
Somos governados por marionetas dos mercados, somos espoliados dos nossos direitos, da nossa dignidade e do nosso país por lacaios dos grandes senhores do capital. Dia 12 uma outra marioneta, mais gorda e anafada, vem visitar mais uma das suas colónias do sul da Europa. Vou estar a trabalhar, (pois é, ainda sou dos felizardos que têm emprego), pelo que dificilmente poderei ir recebe-la, mas se lá mais para o fim da tarde houver quem queira demonstrar a nossa indignação e desprezo por toda essa canalha lá estarei. Todos os que puderem não deixem de lhes demonstrar o nosso determinação e de fazer com que saibam que nunca desistiremos.
O Grande patriota da Nação
Paulo Portas defendeu que se deve convocar os partidos e as instituições do «arco da governabilidade» para um «esforço especial de consenso e coesão» para a redução da despesa estrutural. Portas sublinhou que «a estabilidade num momento de emergência nacional é muito relevante» e que, sem ela, a última tranche do programa de assistência económica e financeira não teria chegado. «Ser deputado da maioria em tempos de emergência nacional não é cómodo nem é fácil, mas é precisamente porque são tempos de emergência nacional que é necessário e importante. É tão necessário e importante garantir a identidade de cada um como a resiliência de todos a bem do país», afirmou Paulo Portas.
Se eu já não conhecesse o tratante até solicitava àquela múmia que está em Belém que lhe desse uma medalha de patriotismo. O homem sacrifica as suas ideias e as suas promessas eleitorais, aceita reconhecer que mentiu, involuntariamente, aos portugueses em nome de um desígnio nacional. Se o Gaspar disser que se aumenta o IRS para 99% dos salário, aceita, se o Coelho resolver aumentar a TSU para 40%, aceita, se o Mota Soares resolver acabar com o subsidio de desemprego ou retirar as pensões aos mais idosos, abana a cabeça em assentimento, se o Macedo propuser dar uma injecção atrás da orelha a todos os idosos com pensões inferiores a 10 mil euros, resigna-se, tudo em nome do patriotismo. Ele não quer mas tem de ser em nome da nação. São homens como este que Portugal realmente não necessita se deseja voltar a ser um país com dignidade. Paguem-lhe mais uma passagem de avião, afinal já pagámos tantas e vamos pagar ainda muitas mais, e mandem-no fazer diplomacia económica para o Burkina Faso (já pode levar a medalha ao peito).
O Gaspar da maratona
O ministro das Finanças comparou o programa de ajustamento português a uma maratona. Portugal tem «uma maravilhosa tradição de corredores de maratona, portanto sabemos o que significa correr e triunfar na maratona». «Quando nós estamos a dois terços de uma maratona, estamos por volta do 27º quilómetro, e como sabem os corredores de maratona, em geral, não desistem ao 27º quilómetro», referiu. O que Vítor Gaspar quis dizer é que o pior está para vir: «Os atletas têm os seus maiores desafios já na fase final da maratona. É isso exactamente que acontece com o programa de ajustamento».O ministro das Finanças comparou o programa de ajustamento português a uma maratona.O Homem da Maratona foi um excelente filme com o Dustin Hoffman que passou pelos nossos cinemas poucos anos depois da revolução do 25 de Abril e que me deu a ideia para o boneco. Quanto às afirmações do Gaspar só me apetece responder-lhe, vá à merda Sr. Ministro. Com aquela carinha aparvalhada, aquela voz arrastada e monocórdica, tem a mania de fazer este tipo de comparações, acompanhadas de uns sorrisinhos de quem se acha ter muita graça, mas só para anunciar mais desgraças. Já vos andei a lixar no último ano, já vos prometi lixar no próximo mas ainda quer salientar que o pior ainda está para vir. Não quer correr o risco de quando nos está a lixar, haja alguém que se atreva a ainda ter esperança que algo possa melhorar. Não só pisa como ainda nos cospe em cima para sua grande satisfação. Para além de incompetente, nunca acertando nenhuma previsão, é um sádico que tira prazer da desgraça que impõe aos outros. Um canalha do pior que já passou por este país.
Palhaços que não me fazem rir
Desculpem lá não conseguir estar a fazer este blog sem deixar que a minha má disposição se transponha para ele. Estou triste, zangado e cansado de tudo isto. Viver num país governado por gatunos, viver indignado todos os dias e ainda ver por aí tanta falta de respeito e companheirismo, tanta hipocrisia custa-me muito. Confesso que estou magoado mas desta vez não vou deixar que a cabeça quente me faça desistir de fazer este blog, um local onde me sinto livre e onde posso sentir-me bem, sobretudo por ver que há tanta gente que me acompanha todos os dias nesta minha aventura. Isto é algo que não me podem tirar e vão ter de levar comigo. Podem tirar-me o sorriso da cara durante algum tempo mas não me podem fazer deixar de ser aquilo que sou. Não se livram de mim tão facilmente e por aqui vou continuar a dizer o que quero, quando quero e de quem quero. Há um país para resgatar das mãos dos aldrabões que o estão a desbaratar, há muitas mentiras que não podemos aceitar ficando calados e por isso o que peço a todos é que não parem de confrontar todos os canalhas com as suas canalhices, sejam eles quem forem. Todos juntos podemos mudar tudo isto.
PS: Mais uma vez as minhas desculpas pelo meu mau feitio e por vir para aqui chorar as minhas mágoas, mas precisava de desabafar. O meu muito obrigado a todos.
Há coisas nas atitudes das pessoas que me deixam surpreendido. Cada um de nós se vier alguém e nos meter a mão no bolso para nos roubar a carteira não se pouparia a esforços e tudo faria para o impedir. Acredito que muitos recorreriam até à violência física se isso se mostrasse necessário. Porque razão, essa mesma gente, quando há quem todos os dias nos roube dinheiro dos bolsos, nos roube direitos sociais e de trabalho conquistados com tanta luta e esforço, nos roube empregos, futuro e dignidade, não mexam uma palha para o impedir? Pior ainda, estão a roubar-nos as nossas boas empresas para entregar aos amigos em privatizações, estão a roubar-nos o nosso património entregando-o à gestão privada, estão a roubar-nos um bem essencial à vida, a água, colocando-a nas mãos de gente em quem não podemos confiar, estão a roubar-nos o nosso próprio país e nós nada fazemos. Que está à espera este povo para sair à rua e correr com esta gatunagem toda? Não sei a resposta pois é algo incompreensível para mim, mas já há alguns que todos os dias protestam e criam as condições para quem desejar também possa sair à rua e lutar pelo seu futuro. Vamos todos sair de casa, começar por nos juntar nos bairros, nos jardins, em todo o lado onde possamos debater e encontrar soluções, para depois todos juntos correr com esta canalha toda. Está nas mãos de todos nós, mas sobretudo na vontade de o fazermos.
O post anterior foi aquele que, no tempo que dura este blog, o que mais me custou a escrever, não só porque me estava a despedir de um companheiro de viagem mas também porque estava magoado e triste. E, é difícil querer fazer rir ou sorrir os outros quando nós não o conseguimos fazer. Ainda estou e talvez por isso também este me está a custar a escrever por não saber muito bem o que dizer ou o que fazer. Li os comentários que foram fazendo nos blogs e no facebook e isso fez-me repensar se devo deixar que problemas, que são só meus, me impeçam de continuar e se devo acrescentar a alguma mágoa que ainda sinto a tristeza de deixar este blog, meu companheiro de tantos anos . Há momentos em que temos de repensar muita coisa porque há muita coisa a mudar. Agradeço a todos a simpatia e a muita força que me deram com as vossas palavras e, embora não garanta que vá continuara a ter a regularidade anterior, cá virei sempre que possível colocar mais um dos meus “bonecos”. Como alguns disseram não podemos dar descanso à canalha que nos anda a destruir as vidas e a roubar o futuro. Mais uma vez o meu muito obrigado a todos e que nos encontremos muitas vezes em tantas lutas que ainda, (cada vez mais), há para travar.
Faz hoje 6 anos, 10 meses e 20 dias que criei este blogue. Cavaco Silva era candidato ao seu primeiro mandato ” The great portuguese disaster” e isso representava um retrocessos civilizacional para Portugal, que como podemos constatar hoje, acabou por acontecer. Durante todo este tempo falei do passado, do presente e de um futuro muito negro. Ele aqui está, consequência do capitalismo, do liberalismo e da politica de mercados imposta pelo Senhores do Mundo. Tudo isto só pode é implodir mais tarde ou mais cedo. Acreditei , e ainda não desacredito, que muitas vezes um sorriso pode ter mais força que um grito. Ininterruptamente tentei fazer deste blogue um espaço de liberdade e de opinião, a minha. Assumo a responsabilidade de tudo o que escrevi e dos erros que cometi.
Não foram pressões pessoais, os comentários ordinários de lacaios do poder, ou qualquer problema cibernético ou jurídico. Sou eu que preciso de para e repensar o sentido daquilo que quero dentro daquilo que posso. Não é parar, baixar os braços ou desistir. Não é deixar de acreditar ou aceitar o que há. Não é deixar de sonhar e de perseguir o futuro. É simplesmente repensar-me a mim, ao tempo que vivemos e ao tempo que gostava de viver.
Não sei quanto tempo vou parar com este blog. Dois dias? Uma semana? um mês? Dez, anos? Ou para nunca mais. Sinceramente não sei mas custa-me porque, ao longo de todos estes anos este blogue fez parte da minha vida. Talvez um dia volte, talvez não, mas para todos os que me visitaram o meu muito obrigado e o pedido de, por favor, não desistam, não deixem de acreditar e de lutar por um futuro melhor. Somos nós, cada um de nós, que pode vir a fazer a diferença. Até sempre.
O pai do morto
Parece não haver dúvidas que este governo já é um cadáver adiado e por mais retoques e remodelações que lhe fizerem não passa do inverno. O ódio que o Sr. Silva de Boliqueime tinha pelos Sócrates levou-o a fazer tudo o que lhe foi possível para garantir a sua queda mesmo que para isso tenha tido de promover o casamento entre um ódio político chamado Paulo Portas e um incompetente vindo da JSD que ele sabia não estar minimamente preparado para ser Primeiro-ministro. Como diz o povo, cá se fazem, cá se pagam e vê-se agora com o problema que causou nas mãos. Se o governo for a enterrar tem de assumir fazer novas eleições não se sabendo muito bem o que dali poderá advir, mas certamente será um governo fora da sua área politica, se nomear um governo de salvação nacional, sem recorrer a eleições, terá de acarretar com todas as culpas e ódios que ele inevitavelmente, pela politica de submissão aos mercados e à Frau Merkel, irá criar entre a população. Se, pelo contrário, conseguir ligar este governo à máquina para fingir que ainda governa, tendo já o CDS dito que vai votar o orçamento, será ele a ter a última palavra na altura da promulgação. Nesse momento, promulga o orçamento e assume as inconstitucionalidades e a partilha das culpas e do odioso que ele representa, se não promulga dá a possibilidade ao governo para fugir a atirar-lhe para cima com o incumprimento.
Todos sabem que nunca gostei do Sr. Silva e sempre lhe dediquei algum do meu desprezo, mas mesmo assim penso que lhe devíamos poupar este sacrifício, derrubando já este governo e, só para ele não se ficar a rir, pedir-lhe que deixe o Palácio de Belém para quem o possa merecer. Esta gente toda há muito tempo que estão a mais.