Hoje não sei porquê apetecia-me fazer alguém ou alguma coisa que não servisse para nada. Mal cheguei ao computador, embora personagens irrelevantes não faltem por aí, foi fácil decidir, só podia ser o António José Seguro, que sem saber como um dia destes ainda chega a Primeiro-ministro sem nada fazer por isso ou o merecer. Num país em que o poder é uma exercício de alterne, em que a comunicação social, pertença dos grandes grupos económicos e ao seu serviço, condicionam a liberdade e a democracia com mentiras e enganos, as ditas alternativas não passam de meros piões no jogo do sistema, nada é muito difícil prever. Ao Seguro, um mais um Jotinha, parece bastar-lhe sentar-se e calmamente esperar que o governo lhe caia nas mãos. Claro que há sempre o perigo, se deixar que os aldrabões que nos governam se aguentem por lá, de que no PS alguém se impaciente ou seja mordido pelo bichinho do poder e lhe puxe o tapete debaixo dos pés. Para sua sorte o António Costa parece preferir ir directamente para o lugar do Sr. Silva sem passar pelo governo.
A pergunta que me vem à cabeça é se ainda não será desta que vamos acordar e perceber que toda esta gente que se alimenta do sistema não é realmente uma alternativa séria. Só com uma mudança real, recusando mais do mesmo, exigindo uma real democracia mais directa e participativa e a recusa de participar nos jogos dos mercados especuladores que nos controlam com dividas forjadas para nos roubarem direitos e a própria dignidade como pessoas, podemos ter esperança. Até quando vamos continuar a aceitar ser condicionados e enganados por esta gente?
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