Durão Barroso considera que não se pode responsabilizar a União Europeia pela actual crise financeira dos estados-membros: só por “algum desconhecimento” e “desonestidade intelectual”, acusou. A verdade, para Durão Barroso, é que a crise apenas revelou as “sérias deficiências” de uma “construção imperfeita”, nomeadamente a “arquitectura da união económica e monetária”. A actual união monetária não passa de “um navio preparado para o bom tempo que se revelou demasiado frágil quando veio a tempestade”.
Quando Portugal entrou para a União Europeia o discurso era de uma Europa unida e falava-se de coesão económica, social e financeira. A Solução passou por pagar aos países a destruição do seu sistema económico e produtivo, (agricultura pescas e industria), substituindo-o por serviços e especulação financeira. Já na altura alguns avisaram para os perigos e para as consequências dessas políticas, chamavam-lhes de velhos do Restelo, mas o dinheiro e as promessas de uma Europa solidária não permitia que fossem ouvidos.
Hoje pode questionar-se se os lideres Europeus da altura o faziam com boas intenções e acreditando naquilo que diziam ou se pelo contrário já executavam um plano de destruição para futura submissão e roubos dos países mais fracos. Certo é que essa é a politica actual dos lideres que agora a governam. Dizer que acusar a Europa dos males porque passamos é desconhecimento de desonestidade intelectual é sim uma desonestidade intelectual do Durão Barroso. Quem construiu o tal barco para o bom tempo esquecendo-se dos temporais? Quem conduziu o barco e o levou para dentro do temporal? Querer agora lavar as mãos das suas culpas é fácil, mas há culpados e esses culpados têm nome. Durão Barroso é certamente um deles.
04
Jan
13
Um barco chamado Europa
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Tags: Durão Barroso
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