Era minha intenção escrever um pequeno texto sobre a vacuidade e a mania das grandezas que o António José Seguro mostrou na apresentação da Moção de Censura ai governo. Ia mas com a noticia da demissão do provisório Dr. Miguel Relvas tinha de acrescentar algo para o assinalar. Ficou um pouco esquisito mas não podia deixar de passar este momento sem o assinalar condignamente e mostrar a minha alegria por ver partir um dos maiores bandalhos do governo. Agora faltam os outros a começar no próprio Passos Coelho.
Já se aparou a relva, faltam retirar o resto das ervas daninhas.
Arquivo de 4 de Abril, 2013
Miguel Relvas, That’s all folks
O Portugal de ontem e de hoje
Ministro da Economia apresentou novo plano estratégico nacional do turismo, porque o anterior era «demasiado ambicioso e pouco realista» tendo o Turismo Religioso passado constar como aposta estratégica.
Acrescentem-lhe uma PIDE e já não falta nada. Já temos Fátima, o Futebol nunca deixámos de ter e já conseguimos que o Fado seja património mundial. O governo diz-nos que é em Angola que está o futuro e manda avançar em força nos investimentos, a pobreza e a miséria aumentam de dia para dia assim como a emigração de quem procura um futuro. A solidariedade é substituída pela caridadezinha, os serviços sociais desvanecem-se e deterioram-se de dia para dia, cada vez mais pessoas perdem as casas e brevemente voltaremos a ver bairros de barracas a crescer em volta das maiores cidades. O poder esse está concentrado nos grandes grupos económicos e na banca que agora, como então está nas mãos de meia dúzia de famílias. Antes tínhamos um Presidente a quem chamávamos “Cabeça de Abóbora”, agora temos um Cavaco. Não é por ai que a diferença é muito grande. Como disse falta ainda a PIDE, mas vemos o estado a tornar-se de dia para dia mais policial, mais repressivo e mais violento, com a nossa privacidade a ser cada vez mais invadida e os serviços secretos a serem cada vez mais opacos.
O dia 25 de Abril de 1974 foi um dos dias em que vi este país mais feliz e cheio de esperança pelo fim de uma ditadura e pela conquista da esperança e da liberdade. Talvez esteja na altura de ter de ver outro