“Temos de ser capazes de responder com maior celeridade. Quem investe não tem tempo a perder”, disse o ministro Paulo Portas, depois de lembrar que o projecto turístico Comporta Dunes começou a ser pensado em 2005 e que só agora, em 2013, vai iniciar a fase de construção. Paulo Portas falava na cerimónia de assinatura do contrato de investimento entre a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a RioForte, do grupo Espírito Santo, para a construção do empreendimento turístico Comporta Dunes, no concelho de Grândola.
Todos sabemos que a lentidão da burocracia trava muitos investimentos e faz desesperar muita gente. Agilizar é importante, mas há que ter muito cuidado. é que agilizar não pode ser sinónimo de desregulamentar. Custa a acreditar que os Santinhos do Espírito Santo tenham demorado todos estes anos a conseguir a autorização se não houvesse muita lei que tivesse de ser furada, ultrapassada. É que estamos a falar de uma zona protegida e os Espíritos são tudo menos anjinhos. Quem ouviu o Paulo Portas falar em voz bem alta como se estivesse num comício em frente àqueles engravatados todos não pode ter ficado com dúvidas. O que ele ali defendia é que é necessário desregulamentar, abrir as pernas ao dinheiro, simplificar a vida aos poderosos à custa das regras e dos processos de defesa do ambiente e da natureza. Lucro é a palavra chave e tudo o resto é paisagem. Foi a desregulamentação no sistema bancário que criou a crise económica e é a desregulamentação na defesa do ambiente que vai permitir a sua destruição em nome do lucro de alguns. Já se conhece bem o respeito que o Sr. Portas tem pela legalidade e pelo ambiente quando foi ministro noutros governos como aconteceu no caso dos Sobreiros em que só por acaso o parceiro envolvido também era o Espírito Santo.
Arquivo de 14 de Abril, 2013
Abrir os portões do inferno
Gente sem vergonha
Os doentes e os desempregados vão ser os primeiros a sofrer pelas más contas do Governo, que previa 1300 milhões de euros em receitas inconstitucionais. Na reunião do Ecofin, o ministro das Finanças terá apresentado aos congéneres europeus uma solução que passa, em primeira instância, por cortes nos cerca de 419.360 beneficiários de subsídios de desemprego e dos 94.840 beneficiários de subsídios de doença.
Vivemos numa sociedade onde é considerado bom ser-se bem educado. Em principio concordo que não devemos andar por aí a chamar nomes aos outros, mas há momentos em que a indignação se torna tão grande, que o nojo por certas pessoas se torna tão enjoativo que ser bem educado é mandá-los à merda. É que ser-se um filho-da-puta tem limites. Fazem merda, lixam tudo, pior sabem que estão a fazer merda, sabem que estão a lixar tudo e no fim ainda se vingam e descarregam sobre os mais fracos e os que já vivem em desespero. Estes bandalhos apresentam um orçamento carregado de inconstitucionalidades, acabam a culpar o Tribunal por chumbar essas normas e como retaliação vão bater nos mais fracos, nos que estão mais desprotegidos e com menor capacidade de retaliar, os que vivem na agonia do desemprego ou na doença. Em nenhum momento mostraram a mínima vontade de encontrar receitas ou cortar despesas com bancos, PPP’s, assessores, auditorias ou pareceres. Em nenhum momento se lembraram de olhar para onde o dinheiro não falta. Não, é com os que já vivem no limite da vida, nos que mais necessitam do apoio. É nesses que cortam. Filhos-da puta