Hoje houve um Conselho de Ministros, ou melhor de saqueadores para aprovarem o Plano Estratégico Nacional para a roubalheira pública, 2013-2017. Quando estou a escrever isto ainda não se conhecem as medidas, mas vão ser mais quatro mil milhões de euros que vão sair dos bolsos do portugueses. Não de todos, que continuará a haver aqueles que vão continuar a passar ao lado das dificuldades. Alguns bons exemplos tirados das noticias do dia. Os accionistas da REN votam política que pode duplicar remuneração dos gestores. A Galp no primeiro trimestre aumentou os lucros em 51% embora tenha vendido menos gasolina. A Sonae do Belmiro aumentou os lucros em 8%. Só os salários, o nível de vida da grande maioria dos portugueses, o emprego e os direitos sociais e do trabalho é que diminuem e pagam uma divida que não contraíram e que é da responsabilidade dos tais que não sofrem com a austeridade. Esta é a justiça social que apregoam, a repartição das dificuldades de que falam. O raio que os parta se não lhes partirmos nós as trombas primeiro.
Arquivo de 30 de Abril, 2013
Pois é isto é uma chatice, prometi que ia fazer o Seguro a sair do Congresso a passear-se entre flores primaveris e agora tenho de cumprir. Mas, na realidade também não me lembrei de nada melhor. Ao olhar para a imagem veio-me à cabeça a cantiga do Luís de Camões da Leonor que vai formosa mas não segura. Embora sem o seu engenho e arte fiz-lhe umas adaptações e deu nisto.
Descalça vai para a fonte
Seguro, pela verdura;
vai orgulhosa mas não segura.
Leva na cabeça o sonho,
de ao poder a mão deitar,
vontade de governar,
não consegue esconder;
traz o coração a arder,
de uma espera tão dura;
vai ruidosa mas não segura.
Gritos de tosca garganta,
Jotinha em ouro criado,
já com destino traçado…
tão mau que o mundo espanta!
que tenha tanta cagança
que tão triste figura
vai merdosa, e não segura.