Ontem enquanto numa sala do parlamento o Álvaro dizia que agora é que é, que a economia vai arrancar a todo o vapor, que se vão criar empregos e tudo vai melhorar na sala ao lado o Vitor Gaspar informava que afinal não são 4 mil milhões mas sim 6 que vão cortar até 2016. A bota não bate com a perdigota e enquanto um avisa o outro faz o discurso que muitos desejam ouvir. Os dois mentem, um porque promete o que sabe não ir acontecer e o outro porque sabe que as suas previsões vão falhar como falharam todas as anteriores. Ambos pertencem a um governo de gatunos vendidos aos mercados, ambos trabalham para os mesmos donos e ambos um dia deixarão o governo com as suas vidas resolvidas e Outros ocuparão os seus cargos e continuarão o seu trabalho sujo num país entregue nas mãos de especuladores gananciosos.
Arquivo de 1 de Maio, 2013
O baile dos aldrabões
Consenso sem senso nenhum
Quem me conhece e quem lê as coisas que eu aqui escrevo sabe que eu sou um adepto incondicional do consenso. Mas o que me irrita é que o governo, o presidente e mais toda essa escumalha que anda ou a lixar o país ou a encher-se à sua custa não se calem nem se cansem de a ele apelar. Hoje, logo após dizer que não há alternativas à sua politica apelou uma vez mais ao consenso. Ora isto não tem senso nenhum porque se não há alternativa haver ou não haver consenso nada altera. É que esta gente fala de consenso mas nem sabe daquilo que está a falar. O consenso procura-se não sobre decisões tomadas e fechadas, mas sim sobre propostas e alternativas, promovendo o debate aberto e honesto no sentido de encontrar soluções que possam não ser inaceitáveis para ninguém.Para se atingir o consenso é necessário deixar o ego de lado, ouvir e debater para que ninguém se sinta excluído da solução encontrada. O que os nossos políticos agora aprenderam a palavra mas não o sentido nem a prática. Decidem em gabinetes fechados e depois aquilo a que chamam consenso não passa de o desejo de uma obediência cega por parte dos outros.
A única coisa em que me parece haver consenso neste país é que toda esta escumalha de gatunos e incompetentes vendidos aos mercados tem de desaparecer.