Hoje vou utilizar um boneco que já tinha publicado anteriormente porque recebi o pedido para divulgar um apelo de justiça e solidariedade e este boneco do boneco que está em Belém pareceu-me apropriado. Por favor leiam e se puderem ajudem comparecendo em Belém na quarta-feira pelas 12 horas. Eu, sendo dos felizardos que ainda tenho um emprego, não vou poder estar presente mas quem puder apoie este homem e ajude-se a si mesmo obrigando a respeitar e cumprir a Constituição que quem tem por juramento público a obrigação de fazer não faz. Todos temos deveres mas também todos temos direitos e é um dever de cada um de nós defender esses direitos. Aqui fica o apelo. Por favor leiam e se puderem ajudem.
«Desempregado vai pedir audiência a Cavaco Silva para lhe declarar que não vai pagar impostos
Nota de imprensa
Ao meio-dia desta quarta feira, Nelson Arraiolos irá a Belém com o intuito de pedir uma audiência a Cavaco Silva. O Nelson está desempregado, carece de apoio adequado para a doença degenerativa de que padece e a sua família foi alvo de penhoras ilegais por parte das Finanças que visavam dívidas do próprio. Uma vez que não dispõe de qualquer rendimento, irá anunciar a cessação de pagamento de qualquer imposto.
Assim, agradece-se a todos as senhoras e senhores jornalistas, órgãos de comunicação e cidadãos em geral a divulgação e apoio a este acto de resistência involuntária.
Nelson Arraiolos – 926880152»
Pergunto: até quando?
A Constituição da República Portuguesa defende o direito ao trabalho, à segurança social e à solidariedade. Diz que «O sistema de segurança social protege os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.» (Artigo 63.º da CRP). Diz que protege o Nelson.
O Nelson sabe que não se está a respeitar a Constituição, e não se rende. Nem que esteja sozinho contra o sistema. O Nelson, ao contrário do governo, faz jus à Constituição. O Nelson apela ao Artigo 21.º e resiste. E pede que estejamos com ele na 4ª Feira, ao meio-dia, em Belém.
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