Assunção Cristas protegeu pesticidas que estão a matar as abelhas na Europa. O colapso das populações de abelhas na Europa nos últimos anos está associado à utilização de três pesticidas produzidos pela Bayer e Syngenta. A proposta de suspender a sua utilização foi aprovada esta semana, mas o Governo português alinhou com os argumentos da indústria agroquímica e votou contra a protecção das abelhas.
“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.” disse Albert Einstein.
Mas a nossa Ministra é muito mais inteligente que o Einstein e nem o estar grávida a parece preocupar. Os lóbis e o dinheiro falam mais alto para gente como ela que o seu filho tenha um mundo onde possa viver. Se calhar até pensa que é melhor que acabem para não aborrecerem nos piqueniques ou incomodarem os turistas.
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Abelhas, unam-se e piquem essa gaja
São calores de Verão
A nossa Agricultora-mor anda um pouco perdida. Primeiro ao recusar as ajudas aos agricultores, vitimas do granizo, que não tivessem seguro, como se fosse Juiz em causa que não era dela; ajudas comunitárias. Se há ajudas têm de ser para todos e quem tem seguro mais “ajudado” é. Será que é porque se dá bem com as seguradoras?
Agora com a questão da segurança alimentar, a dizer um dia que as competências tinham sido transferidas no inicio do ano da ASAE para a DGS, com a ASAE a dizer que não sabia de nada, depois porque a mesma ASAE tinha dívidas aos laboratórios para no fim nos virem informar que tudo está normal e sem problemas porque nesta altura já foram feitas um terço das verificações prevista para este ano. Hora estas verificações devem ser feitas regularmente, durante todo o ano e já vamos em Agosto e ainda faltam fazer mais dois terços.
Isto de ser Ministro na oposição é porreiro, dá para fazer belos discursos apontando soluções enquanto se acusa os outros de incapazes. Quando se chega ao governo também é bom, é o entusiasmo e tudo parece fácil. Faz-lo logo boa figura fazendo uma remodelação, uns cortes e reduzem-se uns funcionários e acrescentam-se uns assessores amigos.. O pior é depois, com o passar do tempo, o trabalho que essa gente fazia deixa de ser feito e as consequências aparecem. ao mesmo tempo que a incompetência do Ministro.
Que seca
A Ministra lá conseguiu arranjar um tempinho entre os seus actos de fé para finalmente pedir ajuda a Bruxelas para minorar a seca que assola o país. Agora que enviou a carta já pode ir agarrar-se ao terço e rezar. É que dizem que a fé remove montanhas mas pelos vistos tem mais dificuldade em fazer chover.
Defendi aqui que a pasta da agricultura do novo governo devia ser dada ao Paulo Portas como castigo por todo o “amor” que mostrava por ela, com criticas constantes às políticas e soluções que pareciam crescer como ervas daninhas, para não falar de já possuir uma das ferramentas essenciais ao bom lavrador, um boné. Claro que, como não é parvo e possui alguma arte, partiu e repartiu e ficou com a melhor parte, os negócios estrangeiros, oferecendo a fava à atual cara feminina do CDS, a Assunção Cristas. (No ultimo governo tinha sido a Celeste Cardona com os resultados que se sabe). Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Território. Pelo menos agora acabaram-se os aborrecimentos da necessidade de várias assinaturas para aprovar projetos mais polémicos, já que pode preparar o terreno, aprovar o projeto e conceder o respetivo parecer ambiental de uma só vez. Casos como o Portucalle, em que a confusão de assinaturas e respetivas datas levantaram suspeitas, deixarão de existir. Mas, se pelo menos não se lembrar de comprar submarinos para arar os campos já não é mau.
Sim, Sr. Ministro da …agricultura
Há uns tempo fiz aqui um post com a imagem do quadro dizendo que no próximo governo deviam oferecer ao Paulo Portas a pasta de Ministro da Agricultura. Aproveitava-se a sua experiência de visitar feiras, falar com agricultores e de provar chouriços por esse país fora.
Curiosamente, ontem vi nas noticias um popular dar essa mesma sugestão ao Passos Coelho e mais tarde uma jornalista questionar o Portas pela sua disponibilidade para o lugar. O sorriso foi amarelo e, claro, a resposta evasiva. Mas, que ele merecia lá isso merecia.
Novas caras no novo governo 3
António Serrano, o novo Ministro da Agricultura e Pescas afirmou não estar preocupado com a tarefa que tem pela frente nem lhe parecer que o trabalho vá ser muito difícil. Realmente as funções dos anteriores ministros parecem não passar de distribuir os subsídios que chegam da Europa e assistir, sentado, ao fim da agricultura familiar e das pequenas e médias explorações agrícolas. A única preocupação que os pode afectar são as manifestações dos agricultores a exigir ainda mais subsídios e as popularices do Paulo Portas. Está por isso descansado o novo ministro que não pensa, certamente, tomar as medidas necessárias para interromper a destruição da nossa agricultura e transformação de Portugal num enorme “green” para satisfação da Europa.
A escolha desta personagem para Ministro da Agricultura só se pode justificar porque o cargo que lhe deram tinha como funções únicas o vegetar e atirar com muitos dos funcionários do seu ministério para a lista de excedentes. A política agrícola e das pescas é determinada pela União Europeia e Portugal pouco ou nada tem a dizer sobre a destruição da sua produção. Claro que este Ministério só existe para distribuir os subsídios Europeus, dando algumas migalhas aos mais pobres e distribuindo o bolo entre os do costume. Basta ver que em tantos anos de fundos europeus para a agricultura nada tenha melhorado e estejamos cada vez mais dependentes das importações de produtos alimentares. Como ponto alto fica a sua resposta a um pescador que se queixava da destruição do sector das pescas, quando afirmou que se ele, pescador, estava mal na União Europeia porque não saía. Mais um que não deixa saudades.
O plantador de laranjas
O presidente da CAP, João Machado, apelou hoje ao voto contra o Governo nas próximas eleições durante uma manifestação, em Mirandela. «Vamos mostrar em Setembro e em Outubro que queremos uma mudança. Em democracia o voto é uma arma e essa arma está nas nossas mãos», disse o presidente da CAP.
Triste ver que quem diz falar em nome dos agricultores não está nada preocupado com as politicas agrícolas mas sim em fazer propaganda em favor do PSD. Já não lhe basta querer ter um governo laranja, também já faz propaganda para as autárquicas. Que digam mal do Sócrates não me incomoda nada, mas mostra o abuso de falar em nome de gente honesta e trabalhadora fazendo a triste figura de fazer politica partidária. Se realmente estivessem preocupados com a agricultura e com os agricultores deste país, questionariam as politicas da União Europeia e não se andariam a “babar” por aí atrás das “ajudas” e “subsídios” que são o pagamento pela sua destruição. Basta olhar para o que temos visto ao longo de todos estes anos, em que para promover o arranque das nossas produções, milhões foram despejados sem se verem nenhuns resultados na nossa agricultura nem na melhora da condição de vida dos agricultores. Par onde foi esse dinheiro todo? Onde estão os milhões? Nas mãos de meia dúzia de nababos que enriqueceram à sua custa e da miséria de milhares de pequenos agricultores. Era contra isto que tinham de lutar e não em substituir um Ministro para lá colocar outro igual. Enquanto não rompermos com as politicas europeias e com as suas directrizes só podemos ficar ainda pior.
Extraterrestre Agricola
Se pensam que a tirada do Malabarismo Agrícola atirada pelo Paulo Rangel calou os Sócretinos estão bem enganados. A resposta veio do próprio Ministro da Agricultura, Jaime Silva que afirmou que o Rangel se pode vir a transformar num “Extraterrestre da Agricultura”. Quem agradece sou eu que assim fico com o problema de saber que boneco fazer. Podem até chamar-se palhaços uns aos outros que para mim serve perfeitamente.PS: O ideal mesmo seria que os Portugueses tivessem tomates para os correr todos dali.
Ovibeja e os Malabarismos Agricolas
Não sei se inspirados por andar por aí a gripe suína, se simplesmente por se aproximarem eleições a verdade é que não há líder ou candidato que não se lembre de passar pela “Ovibeja” para aí largar uma pérola de sabedoria (daquelas que se dão aos porcos). Foi o caso do Paulo Rangel que o melhor que lhe saiu foi acusar o Engenheiro de ser um Malabarista agrícola. Entre bananas, abóboras e batatas, venha o diabo e escolha.
Pão – Uma iguaria só para alguns
Coitados
«De acordo com o sector da panificação, o aumento do pão “nunca poderá ser inferior a 5 por cento“, valor bem acima da inflação. Carlos Alberto dos Santos, presidente da Associação de Comércio e Indústria da Panificação (ACIP), justificou à agência Lusa a subida com as despesas dos panificadores com os combustíveis e a energia.»
Eles dizem, dizem que a inflação vai ser só de 2,5%, que existe até o perigo de haver uma deflação, ou seja uma inflação negativa. Os preços vão ficar mais baratos. Não os impostos, mas os preços e tudo devido à crise. Se eu acreditasse neles e nos valores e na forma como medem a inflação, até dava vivas à crise. O que é que vai baixar? O caviar? Os carros de luxo ou os apartamentos do Belmiro em Tróia? É que naquilo que nos dói mais, naquilo que nem os reformados ou os mais pobres podem prescindir, a energia, a luz que nos ilumina e o calor que nos aquece vai subir 5%, o dobro da inflação prevista e também dos nossos aumentos, assim como no pão (da importância deste para os que menos têm nem vale a pena dizer nada).
Porque sobe o pão?
Lembro-me de no ano passado, quando no auge da crise especulativa, a gasolina chegou quase aos 150 dólares e os cereais bateram todos os recordes, a Industria de Panificação (ditos padeiros), vieram chorar baba e ranho que tinham de subir o preço do pão. Era incomportável. Resignados, pagámos e calámos o enorme aumento de então. Agora que os cereais baixaram 40% e os combustíveis ainda mais do que isso, em vez de proporem uma descida ainda o aumentam bem acima da inflação. Não há autoridade para verificar o que se passa? Ou será que como no caso da gasolineira ainda nos virão dizer que vão fazer um estudo para no fim usarem os dados fornecidos pela própria indústria para justificarem o aumento?
O Alegre Pescador
Uma traineira de pescadores portugueses foi bafejada pela sorte e, depois de terem saído para a pesca da sardinha, saiu-lhes o “Jackpot” de um cardume de Corvina e um barco cheio com 14 toneladas de pescado. Imagino a alegria daquela gente no regresso ao porto de Sesimbra, para aí se transformar em desespero. A Policia Marítima apreendeu todo o peixe por “a quantidade pescada ser superior à permitida por lei”. Disso não entendo nada, mas que saiba não fizeram pesca ilegal, tiveram simplesmente sorte que transformou em tragédia. As 14 toneladas acabaram por ser vendidas na lota a alguns cêntimos o quilo, (quando normalmente valeriam mais de 6 Euros), fazendo com que os mais de 2 mil euros que cada pescador iria ganhar neste dia em que a sorte grande lhes bateu à porta, se tenham transfigurado no prejuízo de uma multa. Perderam os pescadores, ganhou o estado. Podemos dizer que Jaime Silva, o tal que respondeu a um pescador que protestava que se nas estivesse bem que saísse da União Europeia), foi um feliz pescador.
Quando tanto se fala de aumentar a eficiência e a produtividade, que tanto se fala da necessidade de modernização para concorrer com os outros países, como se justifica que um barco possa pescar demais. Modernizar para quê se com aquilo que temos já pescamos mais que aquilo que a lei autoriza. Assim não vamos a lado nenhum, mas também parece ser isso que esta Europa exige aos nossos governantes; que continuemos a ser um pasto para a sua ganância.