Ontem foi aprovado na generalidade mais um de miséria. Discursos para aqui, discursos para acolá, do milagre económico ao não se aguentam mais sacrifícios, cada um disse de sua justiça para no fim acontecer o que já todos sabiam que ia acontecer; a sua aprovação.
Não quero ser pessimista, mas se isto já está muito mau ainda vai ficar pior e pior ainda é que não vejo acontecer nada que mude o rumo dos acontecimentos. A oposição parlamentar faz discursos de oposição, os sindicatos protestos e greves parciais para justificar a sua existência e o que resta prefere reclamar no facebook ou meter a cabeça na areia. Os movimentos sociais, já frágeis na sua gestação, dissolveram-se no Que se Lixe a Troika que por seu lado se diluiu na sua capacidade de apresentar alternativas. Nada, zero, nicles. Não há nada a não ser pedidos de derrube do governo e eleições antecipadas em que ninguém prevê que o próximo primeiro-ministro não seja tão incapaz como o actual.
Perante este cenário e em conversa com um companheiro de lutas pareceu-nos necessário começar a juntar as pessoas e debater alternativas que possam ser a base para sustentar um protesto credível e com soluções. Poucos responderam até agora ao apelo mas nem que vá sozinho, no próximo Domingo, pelas 15 horas vou estar no anfiteatro do Jardim da Gulbenkian (onde são os concertos de Jazz), para pensar alternativas, estabelecer pontes, delinear estratégias e repensar o protesto e as acções a desenvolver. Quem desejar aparecer apareça quem pensar que não vale a pena pois que fique a fazer o que desejar. Eu vou porque não posso ficar quieto perante a situação e porque sim.
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Orçamento para 2014 – APROVADO
Já aqui me referi à conferencia de imprensa destes bandalhos no dia em que a deram. Tudo pareciam rosas, tudo era música para os ouvidos de quem temia mais cortes, mais austeridade, mais miséria. O Paulinho das feiras tinha tratado da Troika, tudo estava a correr nelhor por cá, com o desemprego a descer e a economia a subir. Débil mas era o ponto de viragem afirmava ele vendo luzes ao fundo de um túnel que para nós ainda hoje é negro como breu.Pois, mas agora que o relatório é conhecido é fácil ver que tudo o que fizeram naquela conferencia de imprensa foi esconder a verdade, não responder ao que lhes perguntavam e fingir que nada de muito mau vinha ai. Mas vem e é bem pior do que os nossos pesadelos. Porque todas as boas noticias só o eram por haver eleições e agora que passaram está na altura de repor a realidade no seu local. O Passos Coelho já avisa para que se possa gerar um «choque de expectativas». Ah pois é, na altura da apresentação do Orçamento é a altura de todas as verdades, é a altura em que podem empolar os resultados futuros mas não a realidade dos factos e das medidas. Vem ai temporal e já não há musica que possam tocar que cubra os raios e trovões que se aproximam. Vamos todos esconder-nos em casa, fechar os olhos e fingir que nada se passa? Vamos aceitar apertar mais o cinto ou em muitos casos come-lo porque já não há mais nada?
Ou vamos sair para a rua, organizar-nos em busca de alternativas e exigi-las não aceitando um não como resposta. Sinceramente não sei do que estamos à espera embora eu já desespere de tantas vezes ter ficado, sempre com os mesmos, na rua à espera. Porra, dizem que vivemos numa democracia, que o povo é soberano, então vamos ser povo e exigir que a nossa vontade seja cumprida. Já me sinto cansado de tanto berrar e tanto esperar que peço que quando estiverem prontos, mas mesmo prontos e decididos, não só para deitar este governo abaixo, mas para realmente mudar o paradigma em que vivemos, da divida, da mentira, da corrupção, da injustiça e da miséria me digam onde e quando, Eu lá estarei.
O segundo resgate
“Não, não e não, no que depende das famílias e dos cidadãos, no que depende da economia e das suas empresas, no que depende do Governo de Portugal, e creio que de todas as instituições com responsabilidade em Portugal, não haverá segundo resgate para ninguém. O esforço dos portugueses não se pode afundar quando estamos com a praia à vista”, afirmou o ministro António Pires de Lima.
Eu podia esperar mais uns dias para colocar esta afirmação do Pires de Lima quando chegar a noticia do segundo resgate, sempre tinha mais piada. Na realidade se o governo não quer. as famílias não querem, a economia e as empresas pelos vistos não necessitam e todas as instituições dizem Não, não , não e que não haverá resgate para ninguém e porque não vai haver. Mas vai porque quem decide isso não somos nós, são os mercados, os especuladores, os grandes grupos financeiros, os que se estão nas tintas para se morremos todos de fome ou de doença. E são eles que decidem porque quem nos governa trabalha para eles, porque são lacaios dos seus interesses.
“A really efficient totalitarian state would be one in which the all-powerful executive of political bosses and their army of managers control a population of slaves who do not have to be coerced, because they love their servitude.”
― Aldous Huxley, Brave New World
Somos portante um eficiente estado totalitário e enquanto não o substituirmos por um verdadeiramente democrático e livre não temos escolha. por isso que a vinda ou não do segundo resgate não está nas mãos deste governo, mas está nas nossas, nas de todos nós. Só temos de pesar os prós e os contras e escolher o nosso caminho.
A oposição e o sistema
Quase todos os “bonecos” que faço são dedicados ao governo ou então a uma ou outra cavalgadura que mostre o seu desrespeito pela dignidade de quem vive do seu trabalho ou está a ser atirado para a miséria. Mas, de quando em vez parece-me de bom tom também fazer aqui o boneco dos que passam a vida a falar para o boneco, sobretudo do Parlamento para cima, já que ninguém liga muito ao que dizem. Aquilo a que muitos comentadores, todos de direita, gostam de chamar de esquerda mais radical, ou seja aqueles que estão fora do arco do poder. São portanto partidos com assento parlamentar, que funcionam dentro do actual sistema e por isso não o desejam afrontar mas que contestam as politicas seguidas. Gente que fala alto mas bem sempre muito bem comportada.
Para quem como eu defende que o actual sistema politico e esta democracia representativa, velhinha de séculos, necessitam urgentemente de um upgrade acabam por ser mais uma barreira à mudança. São muitas, primeiro a ignorância e o bovinismo deste povo, depois do próprio sistema que está montado para garantir que a democracia de alterne funciona tornando quase impossível que outros que não os tais partido do tal arco e do tal poder lá possam chegar. Dominam todos os poderes, do legislativo ao judicial, do poder da comunicação social ao do grande capital. Temos depois estes tais partidos da oposição que combatem o governo mas travam mudanças mais profundas no sistema. Afinal eles vivem e alimentam-se também dele. Basta ver o movimento sindical para que isso se torne claro. Uma réstia de esperança de mudança ainda nasceu quando começaram a surgir movimentos sociais, infelizmente fracos e pouco participados, mas que, minados por dentro, ao fim de dois anos vemos esboroarem-se e serem absorvidos por estruturas nascidas do próprio sistema e acabando a não pedir uma verdadeira revolução de valores e ideias mas simplesmente uma contestação aos sucessivos governos. Grandes manifestações de seis em seis meses sem continuidade e, sempre no pressuposto de unir todos, sem sumo. Sem uma estratégia a médio prazo, sem apresentar alternativas ao sistema, acabam em simples manifestações de protesto contra esta ou aquela medida ou governo, finda a qual vai cada um para sua casa ver o futebol ou a novela da noite.
Então qual é a solução? Não me perguntem a mim que não sei. Se não há consciência politica nas pessoas, se os partidos da esquerda não o desejam, se a contestação não institucional também não o faz pouco resta. Só vejo a possibilidade de uma estratégia a longo prazo, uma estratégia que, paralelamente à contestação mesmo que só feita como actualmente, passe pela acção local, pela criação de espaços que funcionem fora do sistema e mostrem que ele não é a única alternativa. Espaços abertos, autogeridos e onde a voz de todos e cada um seja escutada e respeitada. Espaços onde as pessoas sejam o fim a alcançar e não simples ferramentas para produzir dinheiro como se ele fosse o Deus todo poderoso e objectivo último. Troca de serviços, de tempo, solidariedade e cidadania. É lento, mas temos de criar estes exemplos, mostrá-los a outros e incentivar que eles se multipliquem em cada terra, em cada bairro, na consciência de cada um. Ou então, para os mais optimistas, esperar que um dia, perante a injustiça e a miséria, este povo finalmente se levante e imponha a mudança.
O Seguro é um cómico
O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, defendeu hoje que “chegou a hora da mudança” para Portugal e apelou à mobilização dos portugueses em torno do projecto do PS. Só muda se os portugueses se juntarem todos em torno de uma alternativa” e “esse caminho só poderá ser liderado em Portugal pelo PS”
Eu sei que isto parece uma piada, mas é mesmo verdade. O Seguro diz que a alternativa é juntarmos-nos em torno do projecto do PS. Saltemos da frigideira para o lume. Se este governo do PSD é uma vergonha continuar com o alterne politico não resolverá nada. Por cá continuará a troika, a dívida, a austeridade, o desemprego e a pobreza. É necessária uma mudança radical nas premissas, um repensar nas politicas e nos objectivos. Este caminho já mostrou não ter saída a não ser a miséria. Os cidadãos são gente, não são números e merecemos todos que a nossa dignidade seja respeitada. Deixem de mentir e de fazer de nós todos parvos. Cada vez há mais gente a compreender que esta democracia de alterne ao serviço do grande capital já não nos representa e exigem uma democracia mais verdadeira e directa em que os escolhidos possam ser exonerados a qualquer momento se não cumprirem com o que prometeram, em que sejamos consultados sempre que qualquer decisão mais importante tenha de ser tomada e em que a justiça seja despolitizada com zero tolerância para a corrupção. Já chega de mentiras e de hipocrisia.
Padrinhos
Ao confirmar-se o que aqui digo há já algum tempo, que o António Costa quer seguir directamente para o Palácio de Belém sem passar pelo de São Bento, ficou praticamente decidido que o António José Seguro será o próximo Primeiro-ministro, o que não deixa de ser estranho, ou melhor demonstrativo da mentira em que vivemos ao falar em democracia, faltando só saber quando. Mais cedo ou mais tarde o Passos Coelho vai sair de cena pela porta pequena e no seu lugar vai-se sentar outro tão incompetente como ele. Mas, é assim porque ambos são os “padrinhos” das suas famílias politicas que reinam na democracia de alterne. Com a sucessão que poderá mudar? Muito pouco porque ambos servem os mesmos donos, os mercados, as grandes corporações e os senhores do mundo. Nós, todos nós, continuaremos a ser carne para canhão, meros instrumentos das suas ambições e ganancia e números nas suas folhas de cálculo.
Por tudo isto, o ir para a rua pedir simplesmente eleições é uma falácia e uma mentira que o sistema, uma vez mais utiliza para nos acalmar e convencer que algo vai mudar quando no fim tudo ficará na mesma. Temos de mudar a forma como vivemos a democracia, como participamos nela. Os nossos sonhos já não cabem nas urnas de voto que nos oferecem de quatro em quatro anos, os nossos sonhos exigem que possamos tomar parte activa nas decisões que afectam a nossa vida e definem o nosso futuro. Não só no dia 2 de Março quando as ruas se encherem de gente, muitos arregimentados, muitos mais enganados a pedir a demissão do governo e novas eleições, exige a mudança do próprio sistema e o teu direito a poderes decidir o teu futuro na plenitude. Democracia verdadeira, directa e participada por todos.
Durante este Sábado e Domingo este blog vai estar parado mas por uma boa razão. Vou participar no 2ºEncontro Nacional de Assembleias Populares em Coimbra onde a democracia directa e participativa vai ser debatida em busca de caminhos e soluções alternativas à democracia de alterne em que vivemos.
Mais informações [AQUI]
Vamos exigir a mudança
A ideia era fazer um texto a falar da cavalgada do BE sobre os movimentos sociais e o seu aproveitamento da sua capacidade de mobilização, mas encontrei esta imagem e não resisti. Agora faria muito mais sentido falar da responsabilidade que ambos estão a assumir na destruição do Estado Social e do país por não decidindo abandonar a Assembleia da Republica recusando pactuar com tudo isto e preferindo fazer lindos discursos de oposição que nada mudam. Na realidade tudo isto é mais do mesmo, porque só mostram a falta de coragem para avançar, seja abandonando a Assembleia seja promovendo o protesto popular utilizando o seu próprio nome, embora aqui também conte, e muito, o saberem que poucos os seguiriam.
Quer isso dizer que a manifestação de dia dois me Março é um logro? Não, há gente honestamente empenhada na sua realização, o manifesto que a convoca podia ter sido escrito numa sede do Bloco, mas não foi e o pedido da queda do governo é importante, não para que a democracia de alterne funcione mas sim para que se possa fazer um debate de politicas e soluções alternativas. Na minha opinião falta muito daquilo que foram as ideias originais que deram vida a estes movimentos, a democracia verdadeira, a responsabilização dos governantes a recusa do capitalismo dos Mercados e todas aquelas ideias que criaram a esperança em tantos de nós. Falta no manifesto do “Que se lixe a Troika” mas não tem de faltar na manifestação e nas ideias que para lá levarmos. A Manifestação de 2 de Março pode vir a ser uma data importante e que mexa com as nossas vidas, a forma como isso vai acontecer depende muito de nós e na forma como soubermos ser activos e como soubermos exigir esse futuro.
Pela parte que me toca apelo à participação de todos, a que tentem mobilizar todos os que puderem mas que o façam com as vossas ideias, exigindo o que consideram estar certo e ser justo e recusando que tudo isto desagúe simplesmente numa mudança de caras e não numa nova forma de fazer politica mais humana, mais justa e numa democracia mais participativa e directa. Que cada um escreva o seu manifesto e o divulgue, faça o seu cartaz com as suas soluções e sonhos e grite bem alto o que lhe vai na alma. Vamos fazer ouvir a nossa voz.
Neste momento, nos meios políticos deste Jardim à beira-mar plantado começa a existir um consenso alargado que está na hora deste governo acabar e de se fazerem novas eleições. É o PS que já se começa a ver à frente nas sondagens e o Seguro a já a ver os galifões do partido a cobiçarem-lhe o lugar, são os partidos ditos mais à esquerda que acreditam ser possível subirem a sua votação ganhando mais uns deputados e, mesmo dentro da coligação, o CDS, sem querer ser o responsabilizado pela crise politica quer lavar as mãos enquanto no PSD há quem pense que o partido corre o perigo de desaparecer eleitoralmente se não puserem um travão a isto. Só o Presidente, que é banana e cobarde, não pensa nada.
Este governo já fez o trabalho sujo, aumentar impostos e destruir direito, tem na forja a “Refundação do Estado” que, resumidamente quer dizer o desbaratar do Estado Social, do SNS, da Escola Pública e dos poucos direitos que ainda resistem. É hora de tentar travar a contestação social que se pode transformar em confrontação se nada for feito e de fingir de novo que algo vai mudar, para que no fim fique tudo na mesma. Nada disto é novo, os partidos do poder vão uma vez mais seguir a política do alterne, o Paulo Portas lá vai ter de usar o boné das feiras para o CDS voltar a ser o partido bonzinho que gosta de pensionistas e agricultores e os partidos à esquerda reclamar das políticas e das maldades da direita. Renegoceia-se a divida, faz-se mais divida, mais concertação social, mais austeridade, mais discursos de ocasião, umas greves e umas manifestações. De novo só a habilidade mais uma vez demonstrada pelo sistema em conseguir absorver e domesticar a contestação social. Em menos de dois anos, o grande movimento cívico e apartidário nascido da Acampada do Rossio é um cordeiro não a contestar o sistema mas só algumas políticas. Se o PCP utiliza a CGTP para a criação das grandes manifestações de rua, o BE tem os movimentos sociais. Basta ver que já para dia 2 de Março o que se pede é a demissão do governo não se falando mais em democracia verdadeira ou em contestar a classe politica. Onde a culpa era de “banqueiros e políticos” ficaram só os banqueiros que afinal os políticos não são todos iguais. Por este andar, mais dia menos dia, até os banqueiros o vão deixar de ser.
O que sobra então? Uma franja de gente que se mantêm fiel ao espírito das acampadas, que acredita que o mal não está neste ou naquele governo mas no próprio sistema. Gente que exige mais democracia, mais directa e mais participativa. Gente que acredita que quem governa serve o país e não se serve dele, gente que acredita que quem governa tem de prestar contas sempre e a qualquer momento, que a legitimidade num cargo não é um direito com um limite temporal definido à prior mas um dever escrutinado dia a dia. Gente que acredita que quem governa o faz para servir os homens e não os Mercados e os banqueiros. Gente que sabe que esta dívida não é nossa e é um embuste criado para assaltar os nossos direitos, o património e os dinheiros públicos. Gente que acredita em pessoas e não em números, que acredita no trabalho comunitário e não no escravo, que acredita na solidariedade e não na repressão. Felizmente gente que não se vende nem se cala.PS: Sei que isto que escrevi não vai agradar a muita gente de partidos e movimentos sociais, nomeadamente àqueles que continuam honestamente a convictamente a acreditar que é ali que está a mudança. Talvez tenham razão, mas convém sempre ir fazendo algumas reflexões e perguntas a nós próprios ao longo de cada caminho que trilhamos. Porque às vezes também não temos razão.
O Jota Zé
Este já deve estar a pensar em comprar meias solas e em como deve ser bom sentar-se numa cadeira em São Bento. Vindo da Jota do PS, nunca trabalhou nem deve saber nada da vida real, tudo o que sabe fazer é intrigas partidárias e jogos políticos e deve imaginar que este governo já está suficientemente queimado para lhe garantir uma vitória eleitoral. Ontem o PS já falava na demissão do governo e na realização de eleições. Tudo isto até podia ser bom se este não fosse mais um igual ao que lá está, predisposto a cumprir com as ordens da Merkle, dos mercados e dos especuladores, pelo que com nova cara continuaria tudo muito semelhante. Quer isto dizer que não há solução? Não, soluções há o que não sei é se já há também uma consciência das alternativas e da necessidade de todos nos empenharmos nelas. Debate-las e divulgá-las e envolver as pessoas na sua construção e aplicação é urgente e isso só será possível se todos assumirmos a democracia como participação e acção.
Um To-Zé pouco seguro
Continuando na ressaca do ano novo e uma vez mais aproveitando um dos bonecos que ficou por publicar desta vez do António José Seguro, o suposto putativo próximo Primeiro Ministro desta democracia de alterne. Deveria talvez por isso estar satisfeito, mas sendo ele mais um jotinha daqueles que a única vida que conhece é a avida de um partido não devemos esperar muito dele. Nem ele parece realmente esperar muito dele próprio tal é a sua cara de menino com lágrima.
Este país tem de mudar, de destino e também de gente que tudo o que deseja é poder. Encontrar alternativas, não só de pessoas, mas sim de ideias, de novos caminhos e novas soluções. Um caminho que só pode ser trilhado, evitando a ideia dos salvadores que tantas vezes se transformam em ditadores, se for feito pelas pessoas numa nova forma de democracia mais directa e participativa. Essa é a resposta agora falta fazermos todas as perguntas que faltam e ver como as encaixamos nela.