Os líderes europeus saúdam os esforços de Portugal e «Convidam os dois países a manterem os seus esforços para alcançar as metas acordadas e estarem preparados para tomar quaisquer medidas adicionais necessárias para atingir esses objectivos».Chegaram os temporais e parece que não pára de chover no molhado. Felizes os que têm onde estar abrigados.
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Chegaram os temporais
“É preciso ajudar o PSD a rectificar o tiro na revisão constitucional”, afirmou hoje Paulo Portas, considerando que “em tempo de crise não é justo falar em liberalizar o despedimento”, mas sim “flexibilizar a contratação”. “Não se deve assustar as pessoas, sobretudo as mais pobres, com o acesso à saúde”, disse também Portas, defendendo que “o que é preciso é que o Estado, que não consegue fazer tudo, contratualize com o sector social e o sector privado mais cirurgias, mais consultas, a mais doentes e mais depressa”.
O Portas uma vez mais mostra o seu populismo ao apelar ao pior de nós, a nossa mesquinhez. Por mais que goste do liberalismo não se deve assustar as pessoas com ideias dessas, não se deve dizer às pessoas directamente que vão ser “escravos” do grande capital, mas dizer que outros, os que ainda vão ser contratados é que terão de ser precários toda uma vida. Se depois, o nosso local de trabalho for deslocalizado para a China ou se a empresa, em nome de uma qualquer crise, resolver declarar falência, (abrindo ao lado com outro nome), isso é simplesmente azar. Menos ainda se devem assustar os pobres com o acesso à saúde. Importante mesmo é que os doentes do público vão sendo transferidos para o sector privado. O melhor não é matar o publico de uma só vez, mas ir destruindo valências, piorando os serviços, de forma que o recurso ao privado seja cada vez mais necessário. Não interessa quem paga, se o estado se o doente, desde que os privados comam a sua parte do bolo. A saúde é um negócio de muitos milhares de milhões e a gula de alguns não tem fim.
Acabadas as férias será altura de muitos voltarem aos seus locais de trabalho para os encontrarem fechados e o seu emprego perdido. Acontece todos os anos e este não deverá ser diferente. Claro que a Ministra aparecerá a lamentar o aumento do desemprego, a culpar a crise e a apresentar mais uma ou outra medida para ajudar os desempregados que na prática pouco ou nenhum efeito fará. Basta ver as medidas propostas neste PEC para ver que os desempregados estão na mira do governo e que podem esperar tempos ainda mais difíceis no futuro.
Hospedriras da Air Comet, a linha aérea que fechou em Dezembro, decidiram fazer um calendário em que posam nuas para não deixar cair no esquecimento a sua causa e ganhar algum dinheiro. Talvez os nossos governantes pudessem fazer o mesmo para equilibrar o défice e, com o sucesso que fariam junto dos políticos por esse mundo fora, diminuir a nossa divida ao estrangeiro. Aqui fica a primeira sugestão começando por Janeiro e Teixeira dos Santos neste mês normalmente animado pelo Orçamento de Estado.