Archive for the 'História' Category

04
Jan
13

Um barco chamado Europa

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Durão Barroso considera que não se pode responsabilizar a União Europeia pela actual crise financeira dos estados-membros: só por “algum desconhecimento” e “desonestidade intelectual”, acusou. A verdade, para Durão Barroso, é que a crise apenas revelou as “sérias deficiências” de uma “construção imperfeita”, nomeadamente a “arquitectura da união económica e monetária”. A actual união monetária não passa de “um navio preparado para o bom tempo que se revelou demasiado frágil quando veio a tempestade”.

Quando Portugal entrou para a União Europeia o discurso era de uma Europa unida e falava-se de coesão económica, social e financeira. A Solução passou por pagar aos países a destruição do seu sistema económico e produtivo, (agricultura pescas e industria), substituindo-o por serviços e especulação financeira. Já na altura alguns avisaram para os perigos e para as consequências dessas políticas, chamavam-lhes de velhos do Restelo, mas o dinheiro e as promessas de uma Europa solidária não permitia que fossem ouvidos.

Hoje pode questionar-se se os lideres Europeus da altura o faziam com boas intenções e acreditando naquilo que diziam ou se pelo contrário já executavam um plano de destruição para futura submissão e roubos dos países mais fracos. Certo é que essa é a politica actual dos lideres que agora a governam.  Dizer que acusar a Europa dos males porque passamos é desconhecimento de desonestidade intelectual é sim uma desonestidade intelectual do Durão Barroso. Quem construiu o tal barco para o bom tempo esquecendo-se dos temporais? Quem conduziu o barco e o levou para dentro do temporal? Querer agora lavar as mãos das suas culpas é fácil, mas há culpados e esses culpados têm nome. Durão Barroso é certamente um deles.

29
Set
12

Um País das Maravilhas e de culpados

Vivemos no País das Maravilhas, em que temos todas as culpas da merda que os outros fizeram, que temos de pagar o que os outros roubaram, em que um dia estamos a ser transportados por bons ventos e no outro já naufragamos no temporal dos Mercados. Certo é que mesmo que tudo corra mal, que os números se oponham aos discursos percorremos a rota da inevitabilidade imposta pelos outros, entre luzes ao fim do túnel e a miragem que elas representam. Somos todos os dias vitimas das mentiras e dos enganos, da ganancia de alguns e da voracidade de outros. Ontem eram tantas as noticias que nem consegui escolher uma para fazer o boneco. Da salivação dos banqueiros perante a possibilidade da privatização da CGD, à condenação à morte proposta pela Comissão de Ética e da Vida para quem custe demasiado caro ao Estado em relação à sua esperança de vida, ao aumento do IRS, cortes em subsídios, excepções à austeridade para alguns e o desespero para outros, passando pelo aumento da segurança particular dos Ministros ou à violência policial em Espanha. Estas foram algumas que me lembrei assim de repente de uma lista que não tem fim de malfeitorias e de enganos. Fica tudo melhor dito quando no fim ainda ouvimos o incapaz do Passos Coelho atirar as culpas de um futuro sem esperança para as costas de quem tudo tem suportado. «O primeiro-ministro dramatizou hoje a importância da disponibilidade dos portugueses para prosseguirem o “esforço de ajustamento” da economia portuguesa, afirmando que “se isto vai tudo correr bem ou tudo correr mal” depende muito da vontade colectiva.» Mais dia menos dia ainda vamos ser acusados de que toda a falência a que vamos chegar, bem pior que aquela em que já estamos mergulhados, é nossa e não deles. Puta que os pariu a todos que a culpa só será nossa se não tivermos a coragem de correr com esta escumalha toda de vez e assumirmos o nosso futuro nas nossas mãos.

26
Ago
12

Os 3 estarolas desembarcam em Lisboa

Estes três estarolas vão chegar a Portugal para fazerem mais uma avaliação de como decorre o cumprimento do plano da Troika. Três funcionários que vêm de um qualquer gabinete do FMI e que vão desembarcar em Portugal para nos dizerem se vamos ter de aplicar mais austeridade, se vamos ter de cortar mais salários, que “anéis” temos de vender e quantos mais portugueses devem ficar desempregados ou sem acesso à saúde. Três personagens que ninguém elegeu que chegam a um país que se diz soberano, um país com séculos de história e onde tantos morreram em defesa da sua independência, e que nos vão dizer como temos de governar e quanta miséria e fome temos de sofrer para que alguns agiotas  possam engordar. Tudo em nome de um empréstimo para pagar o dinheiro que alguns embolsaram e agora nos dizem ser culpa nossa. Um empréstimo de muitos mil milhões que dizem ser culpa de quem ganhava o ordenado mínimo mais baixo da Europa, de quem sempre viveu com dificuldades para fazer o salário chegar ao fim do mês enquanto meia dúzia engordava com BPN’s, parcerias e outras roubalheiras
A dívida é nossa e dizem que temos de aceitar pagá-la, mas também nos dizem que nada vai mudar pelo que não temos a mínima garantia que mais dia menos dia não nos apresentem uma nova factura de um novo empréstimo feito em nosso nome sem que para isso nos peçam sequer a opinião. Vamos continuar a deixar que alguns aldrabões continuem a fazer dívidas em nosso nome? Até quando?

30
Mar
12

A hidra do racismo

O Governo alemão chegou a um acordo para reduzir o salário mínimo dos trabalhadores qualificados naturais de países fora da União Europeia e que são contratados por empresas da Alemanha, dos actuais 66 mil euros anuais para 44.800 euros. O diário “Financial Times Deutschland” revela hoje que os partidos da coligação governamental, liderada pela chanceler Angela Merkel, decidiu adoptar esta medida devido à falta de mão-de-obra qualificada no país e à forte procura das empresas locais.

Uma Europa que se apregoa de paladina da Liberdade, da Democracia e da Justiça paga salários diferentes baseado na naturalidade de quem trabalha. Há mentalidades que parecem enraizadas e já causaram a morte a muitos milhões num passado ainda recente.

10
Mar
12

Coisas de Galarote velho


Hoje o Presidente da República acusou o ex-primeiro ministro José Sócrates de “uma falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia”, isto para com ele, claro. Isto, porque a sua memória está cada vez mais afectada e esqueceu o caso das escutas, por exemplo.  E esqueceu a guerra surda que foi desenvolvendo nos bastidores, até originar o parto prematuro deste governo que vai embalando conforme pode. E porque acha que lhe compete falar do passado recente e ser seu dever fazer história a curto prazo, fugindo ao presente.
Falando do presente, o povo pode também acusar este PR de uma falta de lealdade institucional, legal e social que ficará para a história da nossa democracia, ao promulgar o OE 2012 com graves inconstitucionalidades, não pedindo a sua fiscalização ao TC, propiciando a falta de equidade fiscal entre cidadãos. Ele, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição da República. LinkPelas suas últimas intervenções e pelos seus actos, a sua credibilidade vai-se esboroando dia-a-dia, não se entendendo a razão da existência deste cargo neste desgraçado País.
Texto “roubado” ao blog Koisasiloisas
 

19
Jan
12

Estes até vendiam a mãe

A participação de capitais angolanos em empresas portuguesas de comunicação social é normal e decorre de Portugal ter uma economia aberta, disse hoje em Luanda Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares português.

Venderam a EDP ao democrata  Partido Comunista Chinês e agora vão pojar-se aos pé do honesto e democrata José Eduardo dos Santos para lhes venderem o Canal um da nossa televisão pública. Valores como a liberdade, justiça, direitos humanos, corrupção são palavras proscritas nos negócios do governo mais liberal e capitalista que existiu em Portugal.
Como bem diz o Ministro somos uma economia aberta o que quer dizer que tudo está à venda, das nossas empresas à própria soberania do país . Mas não é só por cá, muitos outros países europeus estão a ser atirados para a bancarrota para poderem ser comprados pelos “mercados” em época de saldos. O que se está a passar é um assalto, um roubo consentido pelos nossos impotentes e incompetentes governantes. Se ainda somos um país, se ainda temos uma história, uma cultura e uma identidade tudo isso não pode ser assim desbaratado e destruído por hipócritas vendilhões do templo. Há coisas que não se vendem nem têm preço.

31
Dez
11

Oh Silva. Demite-te pá.

Cavaco Silva deixou passar os oito dias de que dispunha para enviar o Orçamento do Estado ao Tribunal Constitucional. As polémicas propostas de cortes salariais à Função Pública e pensionistas, que o Presidente tinha criticado, por violarem princípios constitucionais básicos, deverão avançar com a sua bênção.

Se há personagem que mais repulsa me causa na politica portuguesa é este Sr.Silva, medroso, hipócrita, fingido, culpado e também culpado de muito do mal que aconteceu a este país. Nem consegue sequer ser coerente no que diz, nem executar a mais importante função como Chefe de Estado, o defender o cumprimento da Constituição. Afirmar ele próprio  da existência de inconstitucionalidades básicas no Orçamento e depois não o enviar para o Tribunal Constitucional é inaceitavel. Podem apresentar-se todos os argumentos, da crise, do Euro, da Troika, da Merkel, da merda que quiserem, que nada poderá justificar o não cumprimento da lei fundamental do país. Aí os direitos não podem ser apelidados de regalias, como têm feito nos direitos laborais e sociais sempre que querem acabar com mais um.
Ao permitir que sejam violados direitos básicos do cidadão consagrados na Constituição, o Presidente da Republica está a quebrar o juramento feito na tomada de posse, perdendo por isso toda a legitimidade para ocupar esse cargo. Demita-se

27
Dez
11

MMXII Um ano agoirado

Ainda não entrámos no novo ano, mas este já vai nascer torto. Não sou de acreditar em profecias nem em destinos traçados. Acredito mais em ciclos, em que causas idênticas possam gerar problemas idênticos e muitas vezes soluções também idênticas repetidamente. A verdade é que quem disse que 2012 seria o ano das desgraças parece ter acertado. Vem aí um ano com muito mau aspecto.

18
Dez
11

Obrigadinho, Oh Silva

Numa mensagem de boas-festas divulgada no site da presidência da República, o Presidente Cavaco Silva ao lado da mulher, desejou aos portugueses um ano de 2012 «tão bom quanto possível».

Se em vez de vir dizer banalidades e desejar uma ano tão bom quanto possível fazia melhor em fazer o possível por não o transformar num ano impossível de ser razoável quanto mais bom. Nem tem de fazer muito, vete as leis inconstitucionais que lhe caírem na secretária e corra com esta escumalha que assumiu o poder à custa da mentira e da aldrabice. Isto sim seria possível, mas sendo ele quem é e como é todos sabemos que é pedir-lhe o impossível. Podia ao menos, se nada vai fazer, deixar de ser hipócrita e calar-se. Já transformava o ano de 2012 um pouco melhor. Quanto é possível, claro.

07
Dez
11

Anda por aí um travo salazarento

«Agora é tempo de acabar com os direitos adquiridos e encontrar uma carta dos deveres atribuídos a todos os portugueses, de alto a baixo. Agora é tempo de acabar com utopias e ilusões, soberanias e independências. Agora não é tempo para o exercício de democracias directas ou indirectas. Agora já não há tempo para hesitações ou referendos sobre o que se vai passar na Europa e em Portugal. Se Vítor Gaspar tem razão quando diz que “não há dinheiro”, não é menos verdade que Portugal não tem tempo a perder com formalismos próprios de gente rica. A ordem está falida e os frades famintos. »
(Editorial do i de António Ribeiro Ferreira)

A falta de decoro, de vergonha e dos mais básicos princípios democráticos que começam a surgir na nossa sociedade é preocupante e mostra a importância de todos nos unirmos na defesa de um valor fundamental que é a liberdade. Sem ela somos escravos de um qualquer Senhor que imporá a sua lei à força da perseguição e da violência. Este texto deste tal António Ribeiro Ferreira é um atentado à própria liberdade que lhe permite escrevê-lo e dar a sua opinião. Mas, o que se torna mais grave é que este texto reflecte em grande parte a postura e a forma como este governo se tem comportado. Como muito bem escreveu o “amigo” do blog o Jumento, “Este artigo é a melhor opinião que já se escreveu em apoio dos valores ideológicos de Vítor Gaspar”.

01
Dez
11

O dia da Restauração

A 1 de Dezembro de 1640, Miguel Vasconcelos era secretário de Estado (primeiro-ministro) da duquesa de Mântua, vice-Rainha de Portugal, em nome do Rei Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal). Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina.  Foi a primeira vítima tendo sido defenestrado.
Depois de entrarem no palácio, os conspiradores procuraram Miguel Vasconcelos, mas dele nem sinal. E por mais voltas que dessem, não encontravam Miguel de Vasconcelos. Já tinham percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro, e nada. Ora acontece que Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondeu-se num armário e fechou-se lá dentro, com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho do armário. O fugitivo, ao tentar mudar de posição, remexeu-se lá dentro, o que provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.
O corpo caiu no meio de uma multidão enfurecida que largou sobre ele todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades, sendo deixado no local da queda para ser lambido pelos cães, símbolo da mais pura profanação.

Este é o último ano em que o dia 1 de Dezembro vai ser feriado. A este junta-se o dia 5 Outubro e mais dois feriados religiosos. Curiosamente são duas datas que representam, uma a independência e outra a Republica, ambas conquistadas com revoluções apoiadas por populares. É que para este governo, revoluções não são boas de lembrar nem de festejar. É porque confundem muito tumultos com revoluções e tumultos é um pesadelo que os assola.

05
Abr
10

Sapatinhos para Gaza

Pela primeira vez em perto de três anos, os camiões carregados de roupa e sapatos foram autorizados por Israel a entrar na Faixa de Gaza.

Um povo que foi vítima do Nazismo durante a segunda Guerra Mundial deveria ser o primeiro a lutar contra qualquer tipo de genocídio. Mas, a sua ânsia expansionista não pára de massacrar o povo Palestiniano e de ocupar o seu território. À força das bombas e da morte, continua a construir colonatos em território ocupado. Continua a espalhar miséria, horror e desespero. A comunidade internacional nomeia altos-representantes para processos de paz que nada fazem para mudar a situação e fechando os olhos aos crimes e às ilegalidades praticadas por Israel. O total desrespeito, a miséria, o horror, a morte a que são condenados os Palestinianos, demonstra a total hipocrisia e desinteresse pelos direitos humanos. Devíamos ter todos vergonha daquilo que deixamos acontecer sem nada fazermos para evitar.

11
Jan
10

A maior vergonha da Europa ( e são tantas)

Estou-me um bocado nas tintas que o Berlusconi contrate putas caras para fazer orgias nas suas vivendas de luxo, estou-me nas tintas que seja um burgesso ordinário, que coma os macacos que tira do seu próprio nariz, que seja um porco. Preocupa-me ver como é possível a um mafioso, um corrupto, um bandido, ser dono da comunicação social de um país e fazer-se eleger para alterar as leis de forma a fugir à justiça. Pergunto-me, como pode um povo eleger tal personagem, mas vendo a situação por cá, as alternativas nunca são credíveis e ainda é a propaganda quem faz a opinião. Mas, o mais grave é vermos o renascimento de ideias que julgávamos banidas da Europa depois do fim do IIIº Reich. A forma como um governo ínsita ao racismo, à discriminação, à violação de direitos e até à violência bruta contra pessoas, algumas boas outras más, só porque são de uma outra raça ou país. Esta Europa que se diz democrática, livre, humanista e de elevados padrões civilizacionais, que cria leis e regras para tudo, do tamanho dos preservativos à colher de pau, nada diga e não imponha o fim desta vergonha. Pior, que se sentem à mesa com tão nojenta personagem.

01
Dez
09

1 DEZ 1640 vs 1 DEZ 2009


No mesmo dia do ano, 1 de Dezembro, feriado em Portugal por se homenagear o povo deste país que em 1640 reconquistou a sua independência e se libertou do jugo de Espanha, os “Vasconcelos” da actualidade festejam a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em que “venderam” Portugal aos interesses da Europa. Sinto vergonha desta gente, mas se há algo que a história nos ensinou é que um dia, que pode ser daqui a 10 anos, daqui a 30, 50 ou cem ano, o povo deste país defenestrará os traidores e reconquistará a sua dignidade.

13
Nov
09

O Urubu

Manuela Ferreira Leite abutre

Todos sabem o que penso e a falta de confiança que o Engenheiro me merece. Nem duvido, por todas as histórias tão mal contadas que aconteceram no passado, que até possa haver motivos para investigação e acusação por razões menos claras, neste e em outros casos em que está envolvido. Já a Manuela Ferreira Leite tem o condão de dizer o pior que pode dizer de cada vez que abre a boca. Em vez de ir para a Assembleia, armada em Urubu por cima do cadáver político do Engenheiro fazer folclore político, mais valia que apresentasse propostas e soluções que obviem a que a corrupção seja possível em Portugal. Proponha acabar com o sigilo bancário, com o enriquecimento ilícito e o agravar das penas para os culpados. É que também não nos podemos esquecer que as leis que temos, as leis que permitem que este país esteja nesta bandalheira, que a corrupção esteja institucionalizada e que nunca se consiga condenar os culpados também é da responsabilidade do PSD. O que falta é uma verdadeira vontade de acabar com a corrupção e o compadrio por parte de todos os que no poder, não vão tentações do diabo fazê-los cair em tentação.




Indignados Lisboa
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