Curiosamente há dias em que Portugal não é a Grécia, vivemos um milagre econômico, tudo está a correr bem e o Sol já brilha ali no horizonte para no dia seguinte nos dizerem que são precisos mais não sei quanto milhares de milhões, mais austeridade, mais cortes nos salários e pensões, mais pobreza para cumprir com as metas traçadas pelos nossos credores. No meio de tudo isto o que sobra mesmo é a realidade e essa é bem triste, com a miséria a alastrar por todo o lado. Culpado há e aparecem com frequência a debitar alarvidades e mentiras nas televisões mas infelizmente o que existe é uma realidade em que para além de ninguém lhes cobrar essas responsabilidades pouco ou nada fazem para os correr de lá. Pagamos todos e a que preço.
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Os obscuros tuneis deste governo
Lembro-me de ouvir o Passos Coelho referir em 2011 que em 2012 já iríamos ver os sinais da retoma, ele e mais uma cambada em que se inclui o Sr. Silva a dizerem em 2012 que em 2013 já se via ao luz ao fundo do túnel e já seria possível abrandar a austeridade e agora que estamos em 2013 já se apontam para grandes melhorias em 2014 e a ministra até fala de redução de impostos para 2015. Até lá não que ainda estamos no processo de ajustamento e a cumprir com o resgate da Troika mas depois o Sol brilhará. Não dizem é que tudo está a falhar, a divida bate recordes, os juros nos mercados continuam altos, a economia contrai, o défice não há maneira de ser atingido sem recurso a medidas extraordinárias e, se em 2014 a meta são os 4% em 2015 são 2.5% e por ai fora. A juntar a isto teremos o inevitável novo resgate (ou programa cautelar como agora lhe querem chamar) que vai obrigar a mais e mais austeridade.
Esta canalha toda do Presidente, a todos os ministros do governo, dos grupos parlamentares da maioria e os seus apaniguados, faltando claro os senhores do capital que são os seus donos, todos mentem, enganam e trafulham. São aldrabões e de mentira em mentira lá vão sacando os recursos e a vida ao país e a todos nós. Perante o não há alternativas só lhes podemos fornecer um outro não há alternativas que não seja correr com eles e quanto mais cedo melhor.
Burros e mentirosos
O ministro da Economia, António Pires de Lima, garantiu nesta segunda-feira em entrevista à Reuters que o Governo quer negociar um programa cautelar com Bruxelas e que o executivo conta começar as negociações deste programa nos primeiros meses de 2014. (Lusa e PÚBLICO 21/10/201)
O ministro da Economia afirmou nesta terça-feira que o Governo não está a preparar um programa cautelar, garantindo que o executivo “está totalmente coeso e unido” para concluir o actual programa financeiro. “Não há nenhuma preparação nem eu tenho autoridade [para isso] porque não é o Ministério da Economia [que trata]. Não está a ser preparado”, acrescentou. (Lusa e PÚBLICO 22/10/2013).
Esta gente parece acreditar que o que dizem lá por fora não é ouvido em Portugal e consequentemente que o que dizem cá não é ouvido lá por fora. Que a sua credibilidade não vale um chavo já nós sabemos, agora o que pensarão nesta Europa e neste mundo os que o ouvem dizer uma coisa e no dia seguinte o seu oposto? Esta gente nem trafulha sabe ser e mente com todos os dentes e ainda espera que acreditemos neles. Quanto tempo mais vamos ter de aturar gente destas? Já todos sabemos que mais dia menos dia estaremos a assinar mais um memorando ou programa cautelar ou o que lhe quiserem chamar que nos vai obrigar a mais austeridade, mais sacrifícios e mais pobreza. Já todos sabemos que os mercados e os ladrões internacionais do grande capital não vão largar o osso enquanto houver uma empresa pública, um direito ou um euro que possam vira cá saquear. Só é pena que nem todos saibamos ainda que a única solução que nos resta é correr com esta cambada e cortar com este sistema que nos escraviza em nome do lucro especulador. Pena é que permitamos que esta gente nos continue a roubar impunemente.
A Porca do Orçamento
Com toda esta confusão do Arménio e da capitulação da CGTP frente à proibição do governo quase que este orçamento assassino passa sem se falar dele. Mais cortes nos salários, nos direitos e mais impostos e taxas em nome da Troika e dos mercados. Mais miséria e fome. Vem o governo dizer que é mais equitativo porque para além de cortar nos salários de quem ganha mais que essa fortuna que são 600 euros também vai cobrar uns trocos às empresas de energia. É verdade que vai cobrar mais impostos, mas se primeiro liberalizou os preços é evidente que quem os vai pagar somos nós nos aumentos dos preços da electricidade e da gasolina (se os querem pôr a pagar taxem os dividendos). Onde vai acabar este inferno sem fim não sei, mas sei quem são os culpados e sei que a única solução que nos resta está em correr com esta cambada, suspender o pagamento da divida e fazer uma auditoria que identifique o que realmente deve ser pago e que parte da divida é odiosa e qual que é ilegítima. Sei que enquanto não acabarmos com a corrupção nada mudará, sei que enquanto não colocarmos o homem como razão da politica e o dinheiro como simples ferramenta continuaremos a ser escravizados pelos mercados financeiros e pelo grande capital. Sei que enquanto não secarmos as tetas ás porcas que por ai andam muitos continuarão a mamar desenfreadamente. Sei que enquanto este povo não perceber que só ele pode e tem o poder para mudar tudo isto, tudo continuará a piorar perante a gula das grandes corporações. Está na hora deste povo se levantar e e fazer a mudança.
Serenata orçamental
Há dias em que ando à procura de uma imagem para fazer um boneco para falar de um determinado assunto e encontramos outra que nos chama e à qual não resistimos. Há vezes em que a guardo para fazer no futuro outras faço logo, como foi o caso desta. Não serve muito bem o que ia falar mas temos de nos adaptar às circunstancias. Afinal o que eu queria fazer era um aviso para não gastarem já a contar com o subsidio de Natal porque até à data do seu pagamento ainda falta um mês e meio e, com orçamentos rectificativo a caminho, nunca se sabe. No meio das cantorias da entrevista de ontem, onde não ia para dizer nada daquilo que pretende fazer, fiquei ainda mais com a ideia de quem vem ai mais um temporal a juntar aos crimes já cometidos contra este país e quem cá vive. A função pública, reformados e direitos sociais já se sabe que vão ser cortados a direito falta agora saber que outras malfeitorias virão a caminho. Preparem-se para ir para a rua contestar, mas por favor não nos fiquemos por simples manifestações, que por maior que sejam, se não tiverem continuidade nada resolvem. Insisto na necessidade de debater alternativas, (um bom exemplo com o Debate do grupo “Democracia e Dívida” no dia 15, dia da entrega do orçamento em frente à Assembleia da Republica pelas 18 horas) mas sobretudo da necessidade da ocupação do espaço público. Manter-nos na rua o tempo que for necessário até esta escumalha ter de fugir. Exigir respeito pela dignidade deste país e deste povo, exigir o fim da fome e da miséria, a responsabilização de todos os que andaram a engordar à nossa custa com aldrabices, swaps, submarinos, BPN’s e sei lá que mais. Foram muitos milhares de milhões que todos somados fariam com que não existisse nem crise nem dívida. Ou lutamos a sério e mostramos que não vamos aceitar menos que isto ou então não temos futuro que não passe pela pobreza e trabalho sem direitos. Pensem nisso quando ficarem em casa e não lutarem pelas vossas vidas. Afinal só depende de nós mudarmos ou não o nosso futuro e o dos nossos filhos.
Vitima, competente, pronto umas frases infelizes e uns esquecimentos de quem afinal só tinha 0,01% da SLN e na entrevista em Angola só queria pedir desculpa pelas fugas de informação nos processos, isso sim um crime muito grave. Nem sequer foi necessário falar dos dinheiros em que era pago em Seguros de Saúde em offshores para fugir ao fisco para percebermos que o homem é de uma honestidade a toda a prova e que tudo o que fez foi a bem da nação e das boas relações. Ainda hesitei se deveria fazê-lo de anjinho mas resolvi que de palhaço ficava muito melhor e um boneco mais realista.
Cidadão exemplar
Rui Machete, à época presidente do Conselho Superior da SLN, terá sido pago nessa qualidade, recebendo por presença em cada reunião mais de mil euros, através de uma das principais sociedades offshore do grupo BPN, a Jared Finance.
O esquema montado pelo grupo de Oliveira Costa passava por transformar esse capital em seguros de vida, fugindo assim às Finanças. O dinheiro das apólices era depois levantado com direito a juros.
O actual ministro dos Negócios Estrangeiros e os outros membros do Conselho Superior foram, naquelas datas, pagos em espécie, através deste mecanismo constituído em seu nome na Real Vida Seguros, pertencente ao grupo.Mentiroso quando disse que nunca tinha tido acções da SLN no Parlamento, trafulha e agora Ministro. Um percurso limpinho, limpinho, de quem nos exige sacrifícios e nos fala de moral. Um cidadão exemplar sem dúvida. E o pior é que este esquema não foi só utilizado no BPN, nas grandes empresas onde os grandes moralistas, os que nos falam da necessidade de pagar a dívida, de reduzir salários, de fazer sacrifícios, os pagamentos por debaixo da mesa são coisa comum. Bandalhos. Morre tanta gente que faz falta.
Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável”, “Só há uma palavra para definir esta atitude: masoquismo”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.
Claro que é sustentável, fecha-se mais uns hospitais, umas escolas, aumentam-se uns impostos, cortam-se uns salários e umas reformas, (menos as dos políticos e do Banco de Portugal senão o dinheiro não chega para as suas despesas), deixam-se morrer mais uns portugueses de frio e fome e a dívida é mais que sustentável. Até se pode pedir mais emprestado para financiar os seus passeios e os milhões que o Palácio de Belém recebe todos os anos. Sustentabilissima e deixem lá de ser masoquista ou queixinhas. Afinal temos mesmo é de satisfazer os mercados a Merkle a a puta-que-os-pariu-a-todos.
Onde está o Wallyveira e Costa?
Isto só pode ser piada. A policia quis ir entregar um papel qualquer do tribunal ao Oliveira e Costa e não sabem onde está. LOL. Então o homem que fez a maior fraude de sempre em Portugal, que está em prisão domiciliária porque está muito doente, tem pulseira electrónica, tem um batalhão de advogados e não o encontram? Hoje parece que já dizem que está em casa mas não abre a porta. Só pode mesmo ser brincadeira, mas vou dar aqui cinco sugestões para resolver o problema. A primeira é que lhe metam o papel no correio e se não comparecer o julguem à revelia, a segunda que entreguem a intimação aos seus advogados, a terceira que a entreguem ao Cavaco Silva, ou Pires de Lima, ou ao Dias Loureiro que são grandes amigos e compinchas. A quarta é que arrobem a porta e a entreguem pessoalmente e para acabar a quinta que é a de lhe entrar pela casa dentro e o atirarem para um calabouço onde não possa não abrir a porta ou fugir.
Que justiça é esta que um treinador que dá uma palmada no braço de um policia se arrisca a apanhar 4 anos de cadeia e quem rouba milhares de milhões, quem condena um país à miséria e o entrega aos grandes interesses das máfias financeiras internacionais está em casa e se dá ao luxo de não abrir a porta. Arrombem-na e atirem-no para o poço mais fundo que encontrarem. E já agora, para ele não se sentir sozinho, atirem para lá também toda a corja que o serviu e se serviu do dinheiro do BPN. O buraco tem é de ser grande para caberem todos e não haver perigo de nenhum rastejar de lá para fora.
Assinar em papel branco
A actual ministra das Finanças aprovou um financiamento pedido pela Estradas de Portugal (EP) junto do Deutsche Bank no valor de 150 milhões de euros (o contrato de cobertura de risco, que viria a acumular perdas potenciais superiores a 13 milhões de euro.
No parecer positivo que assinou, enquanto técnica da Agência de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), ao financiamento contraído pela empresa pública, a actual ministra escreveu que “não eram indicados quaisquer detalhes da natureza do swap” na proposta feita pela EP, não se sabendo sequer “se a operação é a taxa fixa ou variável”.
Maria Luís Albuquerque deu “luz verde” à empresa a 4 de Junho de 2010, depois de, a 16 de Dezembro de 2009, ter dado um primeiro parecer em que considerava que “o custo do financiamento é excessivamente alto, sobretudo face à alternativa de financiamento com garantia do Estado”.
No parecer de Junho de 2010, a ministra escreve que foi “contactada telefonicamente a directora financeira da Estradas de Portugal”, tendo Maria Luís Albuquerque sido “informada de que o swap a contratar associado à operação em apreço não tem ainda os seus termos finalizados”.A Miss Swap até pode ser muito competente mas no mínimo é irresponsável o que faz com que não possa ser ministra. Então assina sem saber o que está a assinar? Ou sabia? É que se ainda por cima havia um financiamento com garantia do Estado mais barato porque autorizou? Porque era o Banco dos patrões alemães? Porque era preciso criar divida para depois poderem invadir o pais aterrando calmamente no aeroporto da Portela?
Se lá porque razão for, incompetência, irresponsabilidade, corrupção ou traição a verdade é que tem de levar ela e toda a corja que lhe dá guarida e os seus respectivos donos têm de ser corridos, de preferência a pontapé. É que quem está a pagar somos nós, nos impostos, nos salários cada vez mais baixos, na saúde, na educação, nas reformas, na segurança social, na fome e na miséria que alastram. Esta gente é criminosa e devia estar a ser julgada pelos seus crimes contra os cidadãos e contra o país. Rua com esta corja toda e se for hoje já é tarde.
Um trono de merda
O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu hoje que o controlo sobre a RTP deve ser entregue a uma entidade “genuinamente independente”, afastando os riscos de governamentalização da empresa. “Acho muito importante que o controlo sobre a empresa possa vir a estar nas mãos de uma entidade, que é percebida e entendida por todos como genuinamente independente. Isso permitirá não apenas afastar o risco de governamentalização como também permitir uma direcção mais efectiva e uma prossecução mais efectiva dos objectivos de serviço público que a televisão tem”.Como é que é? Uma entidade genuinamente independente escolhida e nomeada por quem? Não existe já uma entidade supostamente genuinamente independente chamada de Direcção da RTP? Não existe já uma Entidade Reguladora da Comunicação Social que devia ser genuinamente independente? E essa entidade genuinamente independente fica entre a ERCS e a Direcção da RTP, entre o Governo e a ERCS, presta contas a quem ou é privada e não presta contas a ninguém? Será que estão a querer oferecer a RTP de borla a alguns amigos?
A cornucópia do poder
O Paulo Portas gosta muito de falar de um país intervencionado e da perda de soberania para justificar as filha-de-putisse, a destruição e a pobreza que espalham pelo país. Tretas, porque nenhum cidadão decente nunca aceitaria conduzir o seu país à miséria. O que se passa é que o aceitam em nome de manterem e aprofundarem um sistema neo-liberal e capitalista que defendem. Portugal pode ter tido e ter a necessidade de pedir ajuda mas isso nunca pode determinar a sua perda de soberania e devem ser sempre os cidadãos a primeira prioridade de qualquer governante, Não podem governar para os mercados à custa da miséria de um povo. Ai, mas precisamos do dinheiro, dizem como se tal coisa fosse inevitável. O dinheiro é uma ferramenta para ser utilizada e não um fim em si. Não se podem condenar as pessoas a serem escravos em nome de salvaguardar o dinheiro de alguns. Se não há dinheiro utilizam-se outras formas de relação entre as pessoas. E, mesmo sem ser necessário ir tão longe acredito que há no mundo povos dispostos a ajudar e sobretudo a unirem-se em busca de resolver os nossos e os seus problemas em conjunto. Vivemos tempo de mentira em que tentam mostrar o egoísmo e a lei do mais forte como a regra a seguir, mas há outras formas de fazer e de relacionamento possíveis. Temos é de ser capaz de retirar das nossas cabeças as mentiras que usam para limitar as alternativas e impedir novas soluções. Limpar as cabeças e pensar em alternativas em que sejam as pessoas o centro e a razão das politicas. Só isso acabaria com as inevitabilidades, mudaria tudo e tudo seria possível.
Os papéis de trabalho que serviram de base a cinco dos oito relatórios de auditoria sobre os ‘swaps’ realizados no final de 2008 foram destruídos pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF) depois de janeiro 2012, numa altura em que este dossiê já merecia atenção especial dentro do Ministério das Finanças.
O ministério de Maria Luís Albuquerque considera que a destruição respeitou o prazo legal, mas diz que vai apurar “com precisão” as datas da eliminação dos papéis, quem a autorizou e porque aconteceu numa altura em que o problema dos ‘swaps’ estava já identificado.
Quanto ao prazo, o Regulamento Arquivístico da IGF define 20 anos de conservaçãoHouve tempos em que isto seria considerado grave e rolariam cabeças. Agora tais práticas devem antes gerar promoções para quem tão diligentemente destrói as provas que podiam implicar gente que nos anda a roubar a todos nós. Já não há vergonha nem o mínimo de dignidade nesta gente e, mesmo sabendo que a justiça nunca chega aos que nos governos saqueiam o país, preferem não arriscar. Vivemos tempos tristes governados por gente sem escrúpulos ou moral e onde até continua como Ministra quem se comprova ter mentido no Parlamento. Até quando vamos aceitar isto