O Paulo Portas veio informar-nos da intenção do governo de avançar com o cheque de ensino baseado na falácia de cada um poder escolher em que escola quer que o seu filho ande. Já aqui falei disso mais que uma vez e há vários anos. Isto não passa de uma forma de favorecer os que têm mais dinheiro ajudando a pagar o colégio onde já andam os seus filho e de preparar o terreno para o fim da escola pública. Falácia porque nenhum dos colégios particulares para gente rica alguma vez aceitará receber gente da Cova da Moura. Falácia porque assim irá fomentar o aparecimento de escolas particulares “low cost”, com más condições, professores mal pagos e ensino deficiente para abocanharem os ditos cheques. Em contrapartida as escolas públicas vão definhar e baixar ainda mais de qualidade para não fazerem sombra ao novo negócio do ensino. Com o tempo, o valor dos cheques irá diminuir e só alguns passarão a recebe-lo parque o Estado não vai ter dinheiro e assim acabam com a Escola Pública gratuita para todos.
Que este governo quer acabar com o Estado Social, com o ensino gratuito, a saúde e segurança social. Isso foi notório recentemente quando mandam cortar nas despesas da escola pública e aumentam a comparticipação por estudante nas privadas. Isso é notório quando preferem que o estado pague a hospitais privados os tratamentos enquanto fecha urgências, centros de saúde e hospitais. É notório quando prefere subsidiar as instituições de apoio social e lares privados em vez de construir e gerir os seus.
Os meus filhos sempre frequentaram a escola pública, não só por uma questão de dinheiro, mas sobretudo porque é ai que encontram a vida real, se cruzam com outras condições, e outras vivências fazendo deles gente mais rica e mais apta a viver o dia a dia. Que melhor forma de combater o racismo e a xenofobia que proporcionando aos nossos filhos o viverem, brincarem e estudarem lado a lado com outras etnias e outras culturas. Se há dinheiro dos meus impostos que não me importo de pagar é aquele que vai para permitir a saúde, a educação públicas, universal gratuita. Isto é algo de que nos devemos orgulhar, mas que alguns pretendem destruir só em nome do lucro de alguns.
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“Cheque” mate ao ensino público
Um crime contra a vida
O Governo deu mais um passo para a privatização dos sectores da água e dos resíduos, ao aprovar um pacote legislativo que abre a possibilidade de empresas privadas poderem gerir os sistemas multi-municipais.
Este governo, para além de todas as outras malfeitorias que está a fazer, tem vindo a privatizar tudo o que é público, oferecendo aos seus amigos, a preços de saldo, bens, empresas e património que pertencem a todos nós. A desculpa é uma vez mais as contas públicas e a malfadada e fajuta dívida e, embora tudo o que dai vai resultar é alguns a beneficiarem com aquilo que devia ser de todos, por incrível que possa parecer, ainda há quem acredite que essa é a solução. Se isto já é um crime contra a a economia o que dizer da vontade de privatizarem também a água, um bem essencial à vida e que não pode ser de ninguém. Muitos dizem que a água vai ser o petróleo do século XXI, a grande negociata de um bem que é escasso, (há zonas do planeta onde já morrem milhares por não ter acesso a água potável), e que cada vez será mais valioso. Entregar nas mãos de especuladores algo tão precioso como a água é um crime e espero que todos nos unamos na condenação e sobretudo em tudo fazer para o não permitir. A água é de todos e algo de que nunca podemos prescindir. Estes bandalhos, que nos andam a roubar direitos e salários querem agora roubar-nos o próprio direito à água, um bem que é de todos e por isso nem lhes pertence. Vamos dizer não tão alto e não o permitir em nome da vida.
Numa altura em que se fala de privatizações quem surge sempre à cabeça é o Miguel Relvas. Aliás sempre que se fala de coisas meio obscuras, onde nada é claro e muita coisa é feita por debaixo da mesa o nome do Relvas aparece sempre. O homem está metido em todo o lado, secretas, comunicação social e claro no roubo em que o que é de todos nós está a ser vendido ao desbarato aos amigos isto sem olhar mais para trás e para a licenciatura, viagens fantasmas de deputados, etc, etc. A presença deste traste no governo do país é uma vergonha e mostra bem o estado da nossa democracia. Tenho nojo de tudo isto e indignação por ver que é possível tudo acontecer e nada ser feito para acabar com a pouca vergonha. Se de Belém não se pode esperar nada de um povo a ser atirado para a miséria esperava-se uma maior reacção. Espera-se, espera-se e ou isto rebenta de vez ou desespera-se.
O Governo uma vez mais escolhe a Função Pública como inimigo e culpado de todos os males do país. São os médicos e os enfermeiros porque trabalham no Serviço Nacional de Saúde, os Professores porque ensinam nas escolas públicas, os polícias porque não trabalham para empresas privadas e por aí fora. Para este governo, tudo o que seja público é mau pois podia pertencer a um privado menos os seus tachos como políticos, trabalhadores do banco de Portugal ou assessores. Esses fazem falta à democracia, os outros são despesa. Assim uma vez mais são eles a sofrer a maior talhada ao que o governo se viu obrigado a somar alguma coisas dos trabalhadores do privado por imposição do Tribunal Constitucional. Claramente este orçamento não cumpre com essa imposição, mas já se está a tornar natural ver a constituição metida na mesma gaveta em que o Mário Soares meteu o socialismo. A Justificação para a disparidade entre privado e público é porque estes têm regalias. Quais serão? Ganham mais? Já foi provado que não é verdade. Não podem ser despedidos? Pelos vistos já podem e o governo vai tratar disso. Reformam-se mais cedo? A partir de agora já não. Quais são as vantagens então?
Este governo é composto por gatunos, por vampiros que comem tudo e não nos deixam nada. Dráculas FP.
Caça à Função Pública
Estes escolheram os funcionários Públicos como o inimigo, a fonte de todos os males , a culpa da miséria de todos os outros, promovem a imagem dos maus da fita, dos grandes beneficiados do sistema para que os trabalhadores privados concordem que é sobre esses malandros que devam cair todos os cortes, toda a austeridade, toda a violência. Mas são funcionários públicos os policias que os guardam e evitam que alguém mais desesperado lhes dê uns bons e merecidos tabefes, são funcionários públicos os bombeiros, os médicos, os enfermeiros, os professores, os homens e mulheres que todas as noites nos limpam as ruas. São gente que, como nós, sofrem e muito mais profundamente a violência deste governo, que, como nós, sente os meses cada vez mais cumpridos e os salários mais curtos. São gente com vidas e problemas como todos os outros e por isso a luta de uns em defesa do emprego e da dignidade de uns deve ser assumida por todos. funcionários públicos ou do privado a luta é de todos e não é com atirar com os males de uns para cima dos outros que se trava esta escumalha que todos os dias nos rouba. Quando todos apertamos o cinto e vemos os preços dos combustíveis e da energia subirem a GALP aumenta os seus lucros em mais de 50%. Não pode haver aqui funcionários públicos e privados, há uma luta para travar e o inimigo não é certamente o vizinho do lado.
Um aborto laranja
A inseminação artificial segundo Passos CoelhoPassos Coelho descobriu um destino a dar aos serviços públicos de excelência, divide-os em bocados pequenos e usa estes para os inocular nos outros serviços que apresentem problemas de qualidade, isto é, usa-os num processo de inseminação artificial com vista à sua clonagem.Esta é a teoria do Passos Coelho que entende que os portugueses são idiotas, a realidade é outra, ao desmembrar os serviços de excelência está a destruí-los e a promover a competitividade dos serviços privados. Ao encerrar a Maternidade Alfredo da Costa o governo está a promover o negócio das maternidades privadas que em tempos já floresceu em Lisboa. Só que a partir de determinada altura a classe média e os mais endinheirados percebeu que era melhor esquecer a criadagem dos hospitais privados e apostar na qualidade dos públicos, o negócio privado caiu.Um serviço público de excelência não tem boas equipas por coincidência, é o resultado de um processo que demora anos, a qualidade atrai profissionais de qualidade mesmo quando a remuneração não é estimulante, as equipas de qualidade criam condições para investigar e promover novas técnicas e o uso de novas tecnologias. Ao distribuir as equipas da MAC o governo não está a destruir excelência, está a destruir o ambiente que favoreceu essa excelência e está a criar condições para que os hospitais privados contratem os excelentes médicos da MAC que não vão querer servir para “inseminação”.O que Passos Coelho pretende não é melhorar o SNS ou poupar dinheiro, é destruir a concorrência que um serviço público de excelência faz ao sector privado, é isso que o irmão Macedo pretende, conseguir com o que não conseguiu como gestor da MEDIS; assegurar que o sector privado passa a ser competitivo e ter uma grande fonte de receitas num sector onde ficou sem clientela, a maternidade.
Texto “roubado” ao blog “O Jumento“
Não há vida sem água
A ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, reafirmou o interesse do Governo em concessionar os serviços de abastecimento de água, Assunção Cristas sustentou que o preço terá “de reflectir o custo” desse abastecimento, pelo que inevitavelmente esse preço terá de aumentar.
Tudo pode e deve ser privatizado até a água um bem essencial à vida. Não existe limite na ganancia desta gente. Começa-se por, inevitavelmente, aumentar o preço da água para que o negócio se torne mais atractivo e lucrativo para aqueles que vierem a ser os seus donos. A água, um bem publico e que devia ser de todos vai ser entregue nas mãos gulosas de alguns que, como aconteceu com os combustiveis e está a começar a acontecer com a electricidade, poderão aumentar os preços a seu belo prazer por não nos deixarem qualquer alternativa. É pagar ou morrer de sede.
Até quando vamos aceitar que sejam alguns a enriquecer com aquilo que devia ser de todos? Até quando vamos permitir que a especulação e a ganancia nos roubem os nossos direitos e até os bens essenciais à vida? Se há luta que valha a pena lutar e em que não podemos vacilar é esta. Ou confiam que os grandes tubarões da finança não vão utilizar a água para nos roubarem uma vez mais?
O secretário de Estado dos Transportes alegou hoje que a greve dos transportes convocada para quinta-feira vai custar 150 milhões de euros à economia portuguesa e destruir num dia o esforço de poupança feito num ano. Numa declaração política no Parlamento, Sérgio Monteiro disse também que as empresas de transportes públicos tiveram prejuízos superiores a 30 milhões de euros com o conjunto de greves de 2011″.
Os protestos por todo o país, eu não os sinto. E não os sinto porquê? Porque eles não representem a opinião da generalidade da população, representam a opinião de alguns, através das comissões de utentes, que não são mais que do que extensões de alguns dos partidos que hoje aqui mais vociferaram contra a política do Governo”, afirmou Sérgio Monteiro, depois de ter ouvido duras críticas da parte do PCP, BE e PEV.Este discurso dos milhões somado ao incomodo que a greve causa a quem necessita dos transportes públicos consegue fazer com que muita gente se vire contra os grevistas. São prejudicados, muitos já pagaram o passe e não têm o serviço e custa dinheiro. Mas, na verdade quem está a fazer greve também está a perder um dia de trabalho, a sofrer pressões e ameaças em defesa de direitos, muitos deles que são de todos nós. Quem é mais prejudicado se os preços dos Transportes públicos aumentam brutalmente e o serviço é reduzido? São todos aqueles que dependem deles para se deslocarem todos os dias para os trabalhos e escolas. Somos todos nós que não temos um motorista à porta de casa à nossa espera.
Afirma o Secretário de Estado que o custo vai ser de 150 milhões. É muito dinheiro, mas ainda há poucos dias afirmaram que os 148 milhões que meteram no já privatizado BPN não iam influir no Orçamento de Estado (e já se fala de mais 600 milhões). Só numa coisa ele tem razão, na falta de reacção dos utentes que se lamentam em privado, em casa, nos locais de trabalho mas não assumem a luta na defesa dos seus direitos. Está na hora de dizer não a estes aumentos brutais e não aceitar a privatização dos transportes públicos em nome do lucro privado. Não é contra os grevistas que devemos virar a nossa frustração e indignação mas sim contra este governo e a pobreza e miséria que espalham pelo país.
RTP – Relvas Televisão Privada
A RTP fechou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de €24 milhões de euros, valor que representa um ganho de €1,5 milhões face ao período homólogo de 2010.
O Governo quer vender a RTP até ao fim de 2012, segundo um relatório preliminar da primeira avaliação do programa de ajuda financeira a Portugal
Estado vai assumir 520 milhões de dívidas da RTP até Julho de 2012
Três notícias diferentes que juntas contam a mesma história de sempre. Privatizam-se os lucros e nacionalizam-se os prejuizos.
Depois de vários anos em que a RTP foi um sorvedouro de dinheiros públicos, após as várias restruturações feita é já uma empresa rentável e que dá lucros. Está por isso na hora de a passar aos privados que isto de o Estado ter lucros é pecado. Claro que, como aconteceu com o BPN, a empresa é vendida limpinha de funcionários e de dívidas. Claro que todos sabem que, como aconteceu com o BPN, o mercado está mau para vender e o mais certo é ser vendida ao desbarato e a preço da uva-mijona aos amigos que há muito visitam a Sede do PSD.
A água é de todos
A Águas de Portugal obteve um resultado líquido consolidado de 48 milhões de euros no primeiro semestre de 2011, um crescimento de 384 por cento face ao período homólogo,Aqui está uma empresa que dá lucro ao Estado, que gere um bem que é de todos e um serviço essencial e estratégico para o país que este governo deseja vender e pela qual muitos se devem andar a babar.
Vamos aceitar que se privatize a água? A água a que todos têm de ter direito garantido e livre. Não há vida sem água. Se há luta em que vale a pena todos nos metermos com unhas e dentes é esta.
A água não é pertença de ninguém. É de todos.
Inimigo Publico
As prendas da saúde
Quando se fala do estado apoiar empresaspublicas que considere fundamentais para o país vêm logo as vozes e a paternal Europa dizer-nos que não pode ser, que é concorrencia desleal. Mas, haver um serviço publico de saúde, agora só tendencialmente gratuito, que tem de concorrer com outros privados, que cobram fortunas, nos ordenados pagos aos melhores médicos, parece ser considerado normal. Claro que quem perde são os que são obrigados a recorrer ao público que assim vê a qualidade dos serviços baixar. Sehá quem possa e queira pagar por serviços de luxo, então há que criar as condições para que os que não podem recorrer a esses serviços não sejam prejudicados. Se há quem queira ganhar dinheiro com a doença e o mal dos outros, pois que tenham de ajudar a pagar os serviços públicos.
Infelizmente, o alvo a destruir é o SNS transformando-o em algo tão mau que só recorra a ele quem não possa evitá-lo. Infelizmente é transformar a saúde de um povo num negócio de muitos milhões. Infelizmente, para alguns, o dinheiro continua a valer mais que a vida, (dos outros
Francisco Nunes Correia é daqueles Ministros que ninguém vê. Aliás esta é uma das características dos Ministros do Ambiente, personagens que nunca aparecem e nada parecem ter para dizer. São invisíveis para nós, mas isso não quer dizer que não façam nada. Todas as grandes obras e projectos passam por lá para receberem autorizações ambientais e talvez por isso todos prefiram que não se veja ou saiba o que acontecey por lá. (Talvez por isso nos últimos escândalos de negócios menos limpos aparecem sempre os estudos de impacto ambiental e autorizações pouco claras). A criação dos famosos PIN, Projectos de interesse nacional, só veio facilitar o ultrapassarem as dificuldades do impacto ambiental e a possibilidade de fazer o “favor” de colocar alguns projectos nessa classificação.
Nunes Correia ganha, como sempre ganham os ministros do ambiente, o prémio de “Homem invisível”.
O Negócio da Saúde…deles
A redefinição do papel do Estado é um dos conceitos ideológicos do programa eleitoral do PSD. A Saúde é uma das áreas nas quais o PSD admite aumentar a presença do sector privado em detrimento do público. O Estado “não tem que estar em tudo” e que é possível transferir para a iniciativa privada determinadas funções. É o caso de alguns serviços na Saúde”.
Se já havia muitas razões para não votar no PSD, eles não se cansam de nos dar mais uma todos os dias. O que pretendem não é poupar dinheiro aos contribuintes, mas fazer com que a doença de muitos encha os bolsos de alguns. Mais uma vez servem as suas clientelas, fazendo o estado desresponsabilizar-se das suas obrigações e transferindo o dinheiro dos nossos impostos para os grandes grupos económicos que ganham milhões com a falta de saúde dos cidadãos. Todos sabemos que há muito que os Melos e companhia andam de olho nesta mina e a Manelinha quer dar-lha de mão beijada, matando o Serviço Nacional de Saúde, uma das poucas conquistas de Abril que ainda se mantêm vivas em Portugal. Esta gente não pode chegar ao governo.