Portugal está entre 54 países que, ao terem permitido a passagem de voos da CIA pelos seus respetivos territórios, ajudaram o Governo norte-americano a perpetrar uma campanha “global de tortura”, refere um relatório internacional hoje divulgado.
O relatório da Open Society Foundations “Globalizing Torture – CIA Secret Detention and Extraordinary Rendition”, hoje divulgado, refere que um “total de 54 países”, entre os quais Portugal, onde entre 2001 e 2006 foram identificadas “pelo menos 115 paragens suspeitas de aviões associados com a CIA”, violaram assim normas nacionais e internacionais contra a tortura.
“Portugal autorizou a utilização do seu espaço aéreo e dos seus aeroportos em voos de rendição da CIA”, aponta o relatório, que elenca a mais completa lista dos países que ajudaram os EUA a transportar suspeitos de terrorismo após os ataques de 11 de Setembro, para serem interrogados e torturados.Há muito que tempo que aqui falo de uma das maiores vergonhas que governantes vendidos a interesses estrangeiros praticaram destruindo a nossa dignidade como seres humanos; a colaboração em odiosos actos de tortura e de total desrespeito pelas leis e normas internacionais. Tantos discursos inflamados ouvi eu das bocas de hipócritas lideres ocidentais em nome dos direitos humanos, tantas guerras se fizeram com esse discurso, tantos povos foram ostracizados em seu nome. Perante o protesto da vergonha que sentimos de saber que o nosso país colaborava com prisões ilegais de cidadãos tirados à força dos seus países, transportados em segredo para outros onde eram torturados para finalmente serem levados para prisões como Guantanamo, onde permaneciam presos sem direito a julgamento nem defesa, os no nossos governantes sempre optaram pela negação e os inquéritos nunca levaram a nenhuma conclusão. Uma realidade escondida como um gato com o rabo de fora. Vem agora uma organização internacional confirmar aquilo que já todos sabiam mas muitos procuravam esconder. Vai haver consequências? Infelizmente uma vez mais não as haverá. A vergonha continua assim como a impunidade daqueles que cometeram actos indignos contra a humanidade. Vergonha.
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Vergonha e impunidade
O Avatar a portuguesa
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defendeu hoje, em Bruxelas, uma política industrial europeia mais “amiga do investimento”, e criticou o “fundamentalismo” de algumas regras ambientais.
“A Europa tem que flexibilizar algumas das suas regras. Muitas vezes, a Europa está mais preocupada em manter regras muito fundamentalistas, que prejudicam a nossa indústria e prejudicam o nosso emprego”. Em relação aos instrumentos para a reindustrialização da União Europeia (UE), Santos Pereira desejou que “ao nível das regras ambientais e doutras regras obviamente que sejam importantes, a Europa não seja mais papista que o papa em relação a outras regiões do globo”.
Logo no dia internacional para contestar um enorme crime ambiental que é a construção da barragem de Belo Monte na Amazónia, vem o Álvaro defender que a economia é mais importante que o ambiente e que se deve flexibilizar as regras que o regem. Se queremos ser competitivos temos de nos deixar de mariquisses, que se lixe o ambiente e vamos usar o planeta para enriquecer nem que o destruamos. Como o que conta é produzir a todo o custo isso implica que mais dia menos dia também possa defender o trabalho infantil, que isso é ser mais papista que o papa, o até o regresso do esclavagismo que não vale a pena sermos picuinhas. Esta praga chamada Álvaro que temos de aturar deve ter sido daqueles que quando foi ver o filme do Avantar deve ter saído triste porque para ele, certamente, perderam os bons, os que estavam a tentar produzir e fazer dinheiro. Maldita natureza esta que se mete no caminho.
esta gente anda desenfreada e já nada, por mais indecente, irreal, criminoso que seja os trava. Vão destruir tudo, o estado social, os direitos dos cidadãos, a liberdade, a democracia e até o mais básicos principios morais e humanos. Esta gente não presta, esta gente está louca, esta gente tem de ser travada e ou nós o fazemos ou destroem tudo.
A prenda do Rei Gaspar
Estava eu a pensar num boneco para fazer e lembrei-me do Ali-Baba e dos 40 ladrões, mas a imagem que encontrei fez-me lembrar do Natal e dos Reis Magos, sobretudo do Gaspar. Não sei que prenda trouxe o Gaspar original, se foi ouro, incenso ou mirra, mas o nosso esse o que nos oferece é uma bomba carregada de pobreza e miséria. Ainda ontem vi um filme que relatava a forma como o povo Argentino foi traído pelos seus políticos (Part I, II e III) e o seu futuro vendido ás grandes corporações e banqueiros, numa promiscuidade entre poder, dinheiro e justiça, que levou o país à mais profunda miséria. Um filme onde podemos ver o mesmo caminho que Portugal percorre agora, um caminho de genocídio e desgraça. Ainda vamos a tempo de atalhar caminho, mas isso exige a nossa acção e luta. Saiam para a rua e lutem pelo vosso futuro. Informem-se, há tanta informação disponível que mostra a forma como o FMI e os mercados destroem países, de como povos conseguiram combate-los. Levantem-se e lutem ou estamos condenados a um fim triste e doloroso para nós e para os nossos filhos. A Divida é um embuste, a austeridade uma mentira para nos roubarem. Acordem.
“Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas”, afirmou António Borges o consultor do Executivo para as privatizações, falando sobre a TSU, insistindo no que considera ser a virtude de uma opção que suscitou uma contestação transversal a patrões e sindicatos.
Esta cavalgadura que só não é Ministro porque assim pode ganhar mais como consultor do Governo e empregado do Merceeiro do Pingo, que anda a desbaratar as empresas públicas oferecendo-as aos seus amigos a preço de saldo vem chamar burros a todos perante o brilho da sua inteligência. Um neo-liberal aparvalhado que se considera um génio mas que tem sido corrido de todo o lado em que trabalhou como recentemente aconteceu com o FMI. Se mais razões não houvesse para correr com este governo. só o ter contratado uma alimária como esta e paga com o dinheiro dos nossos impostos, era suficiente.
Não são apenas as indemnizações por despedimentos lícitos que devem ser reduzidas. Num relatório publicado no início desta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) pede um corte no custo que as empresas suportam pelos despedimentos considerados inválidos pelos tribunais e também aqueles que tenham por base motivos políticos ou étnicos.
Já se sabia que nos países onde o FMI intervém a esperança de vida das populações diminui e que por isso se pode considerar uma Organização que atenta contra a vida de inocentes e por isso terrorista. Agora ficámos a saber que para alem de terrorista também é fascista e xenófoba. Quando defende a facilitação dos despedimentos por razões políticas ou étnicas está a defender que qualquer pessoa possa ser descriminada pelas suas ideias ou simplesmente por ter uma cor ou feições diferentes. Isto é fascismo e isto é racismo puro e simples. Puta que os pariu.
Não questionável a bem da nação
“A bem da Nação”, a informação emitida pela RTP Internacional deve ser “filtrada” e “trabalhada” pelo Governo, defendeu João Duque. Um tratamento que, acrescentou, “não deve ser questionado”. ‘Se [o Governo] quiser manipular mais ou manipular menos, opinar, modificar, é da sua inteira responsabilidade, porque estamos convencidos [de] que o faz a bem da Nação, porque foi sufragado e foi eleito para isso.’Controlo e filtragem sobre a informação não é nada de novo e há muito que é feito. Agora, esse controlo não deve ser questionado, ao som do velho chavão salazarento do “a bem da nação”. A justificação é, a promoção de Portugal através da imagem ou do som deve ser enquadrada numa visão de política externa e portanto quase que sob a orientação ou em contrato de programa com o Ministério dos Negócios Estrangeiros”. Como imagino que também devia gostar de colocar os blogs e o Facebook sob orientação do Ministro, o melhor é não questionar, a bem da nação.