Posts Tagged ‘Alvaro Santos Pereira
A Última Ceia
SuperAlvaro contra Gaspartralhas
Economia cheia de músculo
A economia portuguesa precisa de ‘cardio’, precisa de tónico, de músculos, precisa de abdominais, que custa um bocadinho mais. Mas, precisa de esforço físico bem-sucedido e isto aqui é um bom exemplo”, afirmou Paulo Portas depois da cerimónia de inauguração de um ginásio da VivaFit, num centro comercial em Guargaon, Nova Deli.
Ao que chegámos, um Ministro dos Negócios Estrangeiros anda a inaugurar ginásios na Índia. Qualquer dia ainda acaba a inaugurar barracas de cachorros no Japão e a dizer que a nossa economia necessita é de mais ketchup ou a vender os pasteis de nata do Álvaro no Cazaquistão e a dizer que afinal é canela que a nossa florescente economia necessita com mais urgência. E eu que pensava que necessitava era de emprego e produção.
Desemprego
Que ao menos saibam a letra:Grândola Vila Morena (Zeca Afonso)
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidadeDentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morenaEm cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidadeTerra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordenaÀ sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontadeGrândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Máscaras e carnavais
Santificado sejas tu, Franquelim
Este caso do Franquelim Alves ser nomeado Secretário de Estado quando se sabe, não pelo seu curriculum porque ai foi omitido, que foi conivente com o Escândalo do BPN, é mais uma nódoa neste governo, mas já são tantas que quase não se notaria não fosse o facto de Ministros que saíram em sua defesa terem mentido com todos os dentes que têm na boca. O Álvaro então é uma tristeza, diz que ele não ocultou informação, que primeiro só a reteve para procurar uma solução e depois a denunciou por uma carta. O problema é que a tal carta nem foi escrita pelo tal de Franquelim. Tudo isto tresanda mas mostra alguma honra entre bandidos, já que mesmo quando um está queimado por actos do seu passado acabam sempre por lhe estender a mão. Quando alguém é diabolizado pelos seus actos alguém aparece e transforma-o num santo e num mártir pela causa. Não sei se é para calarem para que muitas verdades não venham, para a praça pública, se são meros pagamentos de favores ou de negócios apalavrados, ou simplesmente porque são amigos ou pertencem à mesma seita de interesses. Esta gente não tem vergonha nem qualquer pingo de dignidade. Esta gente não serve mas serve-se de uma democracia decadente e controlada para se manter no poder e poder saquear livremente durante quatro anos sem que nada os derrube. É por isso que necessitamos de reinventá-la, fazer uma democracia directa e participativa, uma democracia em que quem vai exercer funções públicas possa ser escrutinados a qualquer momento por todos e cada um de nós e que possa ser destituo dessas funções se os cidadãos considerarem que não está a cumprir devidamente as suas obrigações. Uma democracia em que a opinião de cada um de nós seja escutada e respeitada. Um verdadeira democracia que coloque o poder de decisão nas nossas mãos. Uma democracia em que não vão só mudando as moscas, mas onde se acabe com a merda de vez.
Há coisas que nunca mudam. Quem está no poder quer construir o TGV e quem está na oposição diz ser uma opção errada. Mas, mal lá chegam o que era um erro passa a ser um plano estrutural de enorme importância enquanto os que de lá saem passam considerar o projecto como um despesismo inaceitável.Isto já ocorre há várias legislatura e com mais linha menos linha, com mais ou menos velocidade os que odiavam passam a amar o que os outros amavam e agora odeiam. Lançam-se os estudos, os projectos, gastam-se milhões e tudo fica na mesma.
Custa a entender que num país onde se abandonou a linha férrea, destruindo os comboios regionais em nome do alcatrão se fale tanto de TGV’s. Como já aqui disse uma vez não sei se o TGV é um bom ou uma má opção. É para isso que devíamos poder confiar em técnicos e engenheiros que nos dessem essa resposta de uma forma clara e que não deixasse dúvidas. Mas a verdade é que já nem nos técnicos podemos confiar pois aparecem uns com estudo a dizer maravilhas e outros a desanca-lo, consoante os interesses políticos e económicos de quem encomenda esses mesmos estudos. Mas, uma coisa eu sei, muitos desses projectos só existem para endividar o país, para alimentar especuladores e colocar-nos nas suas mãos. Foi assim que chegámos onde estamos, sem industrias, sem agricultura, sem futuro. Gastámos milhares de milhões a fazer expos, euros, auto-estradas, barragens e no fim tudo isso ou acabou ou está entregue nas mãos de alguns enquanto para nós só ficou a factura. Agora fala-se em mais 600 milhões que mais cedo ou mais tarde nos vão cobrar e vamos pagar com juros na austeridade e na pobreza.
Os Mercados da ilusão
Cada vez mais sozinho
Era minha intenção de escrever sobre a remodelação do governo, de como os ratos começam a fugir do barco e de como outros o cobiçam. Era minha intenção mas já não é. Distrai-me, demorei tanto tempo a fazer o boneco que agora olho para o relógio e é tarde, tenho sono e amanhã o demónio do despertador toca logo às seis e meia. Fica o boneco e o apelo à vossa imaginação.
Álvaro santos Pereira, o nosso brilhante ministro da Economia veio informar-nos que o governo lançou campanha para vender casas a estrangeiros. Haverá um roadshow por seis dos principais mercados emissores de turistas, como o Reino Unido, para escoar até dez mil casas. Investimento ronda 830 mil euros.
Primeiro foram as bandeirinhas de Portugal, os Galos de Barcelos, os Pasteis de Nata e agora quer vender casas (é um dos eixos prioritários do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT)). Há muito que digo que por este caminho Portugal está condenado a ser o INATEL da Europa e nós os seus criados. Nada tenho contra que um estrangeiro compre uma casa em Portugal, o que me parece estranho é que um Ministro da Economia e um país se transformem em vendedores ambulantes. Criam políticas que atiram quem cá vive para a miséria e muitas vezes para a rua e agora querem vender casas a quem ainda tem dinheiro, quem não nasce nem trabalha cá. Mais ainda vão enterrar quase um milhão de Euros em feiras e cocktails. O ministro da Economia referiu ainda que “os reformados [estrangeiros] que comprarem casa terão taxas [de IRS] muito mais competitivas, das mais competitivas da Europa”. Porra e os reformados portugueses? Porque ser estrangeiro, ter ganho maiores salários com melhores condições e mais direitos lhes dá o direito a pagar menos impostos que quem cá nasceu e sempre viveu? Para nós ficam os mais altos impostos da Europa com os mais baixos salários, para os outros uma das taxas de IRS mais competitivas da Europa. Vão à merda.
Economia para TóTós
Ele tinha escrito um livro, Passos Coelho gostou da capa, leu o prefácio e convidou-o, ele chegou para resolver todos os problemas da economia portuguesa. Nem o Galo de Barcelos nem o Pastel de Nata resultaram. Tentou os Minas e os comboios mas também não foi longe. Quis estimular a economia mas ouviu o Gaspar dizer-lhe; “Não há dinheiro, qual das três palavras é que não percebeu”. Sem nada para fazer resolveu lixar quem trabalha, cortando nas férias, nos feriados e nas indemnizações por despedimento. Consegue neste momento ser o recordista do desemprego em Portugal. Ele é Álvaro, o Megamind.
PS: Resolvi fazer-lhe o boneco porque nunca se sabe quando chegará a noticia que o recambiaram de volta para o Canadá.
PS Toy Story
Contra o Gang dos Gangsters
Já não sei que bonecos fazer, já não sei o que escrever, quase já não sei o que pensar. Já retratei esta canalha que nos governa de todas as maneiras que me lembrei, de palhaços a gatunos, de vampiros a animais, já lhes chamei tudo, de gananciosos a vendidos,de traidores a bandalhos, já pensei o pior deles e isso continuo a pensar. Já falta imaginação, já faltam palavras, já faltam ideias. Já só me falta tornar crente em Deuses e rogar que nos livre desta maldição. Os que governam, roubam e espoliam direitos todos os dias, os que fazem oposição acabam a participar na palhaçada garantindo que a democracia de alterne mantêm a sua fachada. Uns querem manter o poder, os outros não perder o que têm. Um pouco como as pessoas, os que se estão a encher à nossa custa querem garantir que se vão encher ainda mais e os que já perderam quase tudo têm medo de perder o pouco que ainda lhes resta. Para ajudar à festa o sistema rodeou-se de uma comunicação social que garante que tudo ficará como está na democracia de alterne, da força para garantir a sua segurança e a imposição das suas injustiças e de uma justiça que é tudo menos cega e que funciona a três velocidades, parada e a passo de caracol para os ricos e a passo para os outros.
Não sei até onde isto pode continuar, se estes ladrões da nossa esperança vão poder continuar a reinar impunemente durante muito tempo, se os que se dizem oposição um dia tomarão alguma posição ou se um dia tudo isto implode ou explode. Será que podemos ficar parados à espera? Não será depois muito tarde para salvar dos restos ainda alguma coisa? Acredito que sim e por isso só posso ter a esperança que a indignação supere o medo e a voz dos tais 99% seja finalmente respeitada. Se dependesse só de mim há muito que tinha acontecido, assim só tenho que tentar continuar a acreditar e esperar que todos os que estão a ser espoliados nos seus direitos e nas suas vidas se juntem.
A reindustrialização
Que esta gente minta porque sente a necessidade de ser eleita ou porque quer implementar as medidas capitalistas e liberais que os seus donos lhes encomendam já estamos habituados e não é nada de novo. Agora é a ideia passa pela necessidade de reindustrializar o país, ideia já defendida pelo Durão Barroso para toda a Europa. Parece ser uma boa ideia, reconstruir o tecido produtivo que paulatinamente, os mesmos destruíram ao longo das últimas décadas. A questão é o como? Liberais defendem que o Estado não deve fazer porque não lhe compete e os privados também não parecem interessados até porque a especulação financeira rende muito mais dinheiro e com muito menos investimento, trabalho e riscos. Claro que há uma solução, a mesma de sempre, o Estado entra com o dinheiro, ou seja nós, e os privados ficam com os lucros. Nós todos vamos andar a pagar o enriquecimento de alguns, uma vez mais. Mas como é que o Estado vai ter dinheiro se está falido e com uma dívida enorme? Fácil, pede mais dinheiro emprestado, aumentando a dívida e o endividamento que depois nós teremos de pagar porque somos pessoas de bem, honestas e cumpridoras dos seus compromissos, mas que gastou acima das suas possibilidades. O ciclo repete-se, uma vez mais e uma vez mais os que já têm muito ficarão ainda mais ricos e os que pouco têm ficarão ainda mais pobres e miseráveis. As linhas de crédito para a industrialização devem estar prestes a rebentar por aí.