Podia, e talvez devesse, chamar-lhe aqui um monte de nomes feios de ofensas para mostrar o asco que sinto por gente como esta, que não se satisfaz em enriquecer à custa da fome a miséria, que à sua volta, grassam livremente, mas ainda tem de vir mostrar a sua mesquinhes e a sua sobranceria sobre os que sofrem. Podia, mas deixo só algumas “pérolas” daquilo que disse numa entrevista.
“Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém”.
O fundador da Sonae, que terá uma fortuna superior aos mil milhões de euros, comparou também a austeridade a tomar óleo de fígado de bacalhau em vez de arroz doce e entende que as várias manifestações em Portugal têm sido um «Carnaval mais ou menos permanente», mas que defendeu que «enquanto o povo se manifesta, a gente pode dormir mais descansada» e que «o pior é quando não se manifesta».
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O Abutre do Continente
Tão amigos que eles eram
In Continenti culpati
A Sonae SGPS e a Galp Energia foram as empresas do índice PSI 20 cujos resultados líquidos mais cresceram no primeiro trimestre.
«Questionado sobre a possibilidade Portugal ter uma investigação formal para apurar quem esteve na origem do elevado endividamento do Estado, Belmiro de Azevedo considerou que “é preciso saber porquê”, acrescentando que “tem que haver culpados nomeadamente aqueles que foram responsáveis pela gestão do país”.»Concordo, e começo já pelo próprio Belmiro que para construir o seu império não se preocupou se matava milhares de lojas e de empregos. Que promoveu o consumismo desenfreado e facilitou o crédito. Que foi dos que ganharam mais dinheiro com as política suicidas e irresponsáveis daqueles que nos têm governado.
A partir de agora todos aqueles que perderem os seus empregos, todos aqueles que passem por grandes dificuldades já têm o seu problema resolvido. Não necessitam de se zangar com o governo, lançar pragas aos ministros, chamar de inútil ao Presidente ou Chulos aos deputados. Basta fazerem uma visita ao Continente e servirem-se. Se alguém tentar impedir de encher os bolsos, digam que são povo, têm fome e mostrem-lhe o jornal com a autorização do pai Belmiro.
UE devia mandar mais em Portugal.
Países que passam o limite do défice devem perder poder de decisão, diz Belmiro de Azevedo. “Os meninos que se portam mal, na escola, são castigados”. Belmiro de Azevedo justificou assim a ideia de que quem não cumpre as regras do euro, como Portugal, deve perder alguma autonomia em favor de uma maior intervenção pela União Europeia. Sabendo que a moeda única é o elemento de união mais importante do continente europeu, ele “deve ser defendido”, ainda que isso implique “retirar capacidade de decisão aos países que quebram as regras”.
Pelo pão e pela paz
E pela nossa terra
Pela independência
E pela liberdade
Alerta! alerta!
Às armas! às armas!
Alerta!
(José Mário Branco – Alerta)
Consumo, consumo, consumo
Belmiro de Azevedo afirmou sobre o PEC que não favorece o crescimento do país; “São precisas medidas que favoreçam o consumo”. Em relação ao escalão de 45% no IRC para quem ganha mais de 150 mil euros por ano; “Tira poder de investimento às empresas e poder de consumo aos cidadãos”. Consumo para quem está desempregado ou ganha ordenados de miséria em trabalhos precários e o problema do consumo de quem ganha mais de 150 mil euros por ano. Para ele é tudo a mesma coisa.
Um ditador chamado Silva
“Cavaco é um ditador, o PM telefona com frequência”
Belmiro de AzevedoTambém eu há algum tempo cheguei a ver o Sr. Silva como um potencial ditador, como em tudo mais, parece nem para isso ter jeito. Sobram-lhe só os tiques. Quanto ao Engenheiro telefonar com frequência, essas sim eram escutas que eu gostava de ouvir.
Greve aos Belmiros e companhia
Desconforto a milhões de portugueses por os trabalhadores estarem a defender os seus direitos, (e os nossos porque também chegará o dia em que nos quererão impor o mesmo)? Desconforto é sabermos que se frequentarmos os antros dos Belmiros e companhia estamos a pactuar com a exploração de mão-de-obra mal paga? Desconforto é saber que mesmo em ano de crise os lucros dessa gente subiu na ordem das centenas de milhões e mesmo assim não se coíbem de explorar ainda mais quem trabalha para eles e lhes permite serem cada vez mais ricos. Desconforto é saber a pressão e as ameaças que vão sofrer quem trabalha para aquela gente. Desconforto é saber que esta gente reina neste país com a bênção da nova lei do trabalho imposta por um governo que se diz socialista.
É por isso que vou fazer greve aos locais desse senhor, não só no dia 24, mas todos os dias. Belmiros, não obrigado
O poder dos Poderes
Em Portugal vivemos naquilo a que se chama uma Democracia Ocidental. Temos direito a votar e a escolher entre dois sósias apresentados pelos poderes. Para muitos o pior de todos os sistemas à excepção de todos os outros. Esta, aquela que temos, pode ser uma democracia, mas é certamente uma democracia gerida por cartéis que possuem o monopólio dos poderes. O poder financeiro que criou e controla o 4º poder, o da informação, o da televisões, que por seu lado nos “convence” que é normal só podermos escolhermos o poder politico nas alternativas que nos impõem, poder politico esse que comanda o poder da força e cada vez mais controla o poder da justiça. É por isso que o poder financeiro acaba a controlar o poder legislativo, a fazer as leis ao seu gosto e ao seu serviço.
A democracia devia ser muito mais que isso, devia possibilitarmos verdadeiras escolhas, sem condicionalismos, uma democracia implacável contra a corrupção e as trafulhices, uma democracia sem nódoas que a conspurquem. Os poderes ao serviço de uma democracia que seja verdadeiramente a escolha livre dos cidadãos, uma democracia em que o governo seriamos todos nós. Uma democracia em que todos tenham direitos iguais e iguais oportunidades.
O Baile dos Vampiros
Que dia este, em que dum lado bailam os sindicatos e no outro dançam os patrões.
Umas fezes chama-se “Compromisso Portugal” outras Fórum para a Competitividade, ou outra coisa qualquer que servem todos para o mesmo; louvar o lucro e as empresas e sempre à custa dos mesmos, de todos nós. Mal o Engenheiro, afinal há eleições para o ano que vem, falou em aumentos de 2,9% para a função publica e de 5,6% para o salário mínimo, não se cansam de aparecer os abutres a levar as mãos á cabeça e, com a justificação da crise, dizer que não pode ser. O Ferraz da Costa até diz que é necessário um ajustamento da economia e isso só se pode fazer com cortes salariais. As televisões, rádios e jornais não tardaram a arrebanhar a manada de comentadores e economistas para virem criticar os aumentos; há uma crise e não há dinheiro. Os mesmos empresários, nababos, comentadores e economistas que aplaudiram os muitos mil milhões colocados à disposição dos Bancos e que defendem que se faça o mesmo às empresas. Nunca abriram o bico quando milhares de empresas faliram por todo este país, lançando para o desemprego e miséria milhares de famílias, mas agora que temem que a crise os arreste também a eles já querem o dinheiro do estado como bóia de salvação. Compreendo que o Belmiro e outros como ele estejam preocupados com o aumento do salário mínimo, tantos são aqueles que exploram com baixos salários.
Criticam as obras públicas projectadas e aí realmente estou-me bem nas tintas para Aeroportos e TGV’s, mas não para pegar nesses milhões e lhos dar a eles, mas sim para produzir e plantar aquilo que faz falta para abastecer os nossos mercados e lojas. Vamos produzir aquilo que consumimos para não termos de comprar lá fora. Vamos fazer este país auto-sustentavel sem dependências do exterior, tanto no nosso abastecimento como nas crises que possam afectar as nossas exportações. Vamos usar o Alqueva para aquilo que tinha sido pensado, para regar os campos de comida e não de golfe nem para fomentar a construção de condomínios de luxo. Vamos ver o que faz falta a este país e vamos produzi-lo. Isto, depois de corrermos com esta cambada de gananciosos que, em troco de mais algum lucro, vendem sem qualquer problema este povo e este país.