Ontem abri o Google Noticias para ver as novidades que perpassavam o mundo e na Itália os juros da dívida ultrapassavam os 7%, número mágico para a queda de um governo e para a Troika afiar as facas. Em França um novo plano de austeridade com cortes na saúde, educação e aumento de impostos. A Alemanha prevê uma queda no crescimento para menos de 1% em 2012. A Grécia continua como estava, mal. Por cá a bolsa cai e quando formos tomar um café já nos devemos perguntar: Tomo o café ou compro 6 acções do BCP? O meu conselho é que bebam o café. O Cavaco esse, enquanto por cá se debate o orçamento da miséria, anda pelas Américas a apreciar o “puguesso” da nação com a maior dívida externa do mundo.
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Por aí abaixo
O Naufrágio da Europa
Mercati e los mercados
Onde é que eu já vi isto? Os mercados dos triliões a atacarem paises em busca de lucro fácil e os governos desses paises a afirmarem a consistência das suas economias, os juros das dívidas soberana a subirem, a negação da necessidade da ajuda externa até que finalmente, quando a força da realidade se sobreoôe à vontade, o inevitável FMI, em formato de Troika, desembarca no aeroporto. Já aterraram em Dublin, Atenas e Lisboa para agora fazerem já as malas para voarem para Nicósia, Roma e Madrid. Será que é desta que implode o Euro e a União Europeia?
A América do Obama também está cada vez mais pendurada por fios, com a aprovação do aumento do limíte de endividamento externo a ser conseguido através da imposição de medidas recessivas, com uma Agência de Rating Chinesa a baixar a nota da maior dívida externa do Mundo.
Como já aqui tenho chamado a atenção várias vezes, o planeta caminha para uma nova guerra Mundial, agora no novo formato global e por isso muito mais devastadora e terriveis que as anteriores. A história das grandes crises anteriores avisa-nos, os sinais são cada vez mais evidentes e ninguém se parece preocupar com isso. O capitalismo sofrego nunca pára e, entre o seu fim ou a guerra, escolhe sempre a guerra.
PIIGS somos nós
Estava eu a ler o Jornal e num título estava um acrónimo que não conhecia e que me chamou a atenção; PIIGS. Fui ler a notícia para o tentar decifrar e lá estava, “Portugal, Ireland, Italy, Greece and Spain”. Pelos vistos esta é a forma como os economistas mundiais nos chamam. Ponham-nos a andar de bicicleta e então sim, depois disso já nada me surpreende.
É possivel mudar
«O Partido Democrata, principal força política da esquerda italiana, reuniu ontem cerca de dois milhões e meio de manifestantes nas ruas de Roma em protesto contra o Governo conservador do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.»
In [DN]É conhecida a buçalidade do Berlisconi, todos sabem que é um mafioso corrupto que domina a comunicação social e que com isso se fez eleger para impedir que o julguem pelos muitos crimes que cometeu. Foi agora contestado em Roma por uma manifestação de 2 milhões e meio de pessoas e essa noticia passa despercebida, e se passou nas televisões não a vi. Aqui nesta bovinidade de país mostram-nos um mundo em crise mas lideranças fortes que a vão vencer, uma Europa resignada mas determinada a reagir. Povos dispostos a lutar para a vencer pois compreende que este é o rumo certo. É isto que nos mostram, mas para lá deste jardim onde vivemos há muita gente a lutar contra o sistema. Tentam convencer-nos que tudo está bem e que basta trabalhinho, (para os que ainda o têm), umas novelas, uns futebóis e uma ou outra manifestação para, como diz a Kaótica, tirar a pressão à panela, mas não é verdade. Há quem lute e quem proteste e na internet se procurarmos, facilmente se podem encontrar centenas de protestos, manifestações e lutas que ocorrem um pouco por todo o lado. Não é noticia nem se fala no assunto e por isso talvez seja bom que comecemos nós a falar.
A Ultima Tanga em Paris
«Os líderes dos quatro países europeus mais desenvolvidos, hoje reunidos em Paris, anunciaram numa declaração conjunta que tomariam «todas as medidas necessárias» para garantir o equilíbrio e estabilidade do sistema bancário e financeiro. França, Alemanha, Itália e Reino Unido estiveram representados na mini-cimeira, que contou com representantes com o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia.»
Nem me interessa o que decidiram, mas a forma como o fizeram. Grande Europa a nossa. Quando há que tomar decisões já lhes basta chamar aqueles que realmente mandam, os grandes Senhores, aqueles que nos dizem o que temos de fazer. É o Espirito do “Tratado de Lisboa” a assombrar a Europa. Só não entendo porque não dizem de vez que Portugal deixou de ser um país para ser uma região autonoma (mas pouco).
Portugal fora desta Europa dos Bilderberg já.