Agora é a Itália que se aproxima rapidamente da fatídica barreira dos 7% de juros que já condenou a Grécia e Portugal a vender o seu futuro nas mãos das Troikas todas deste mundo. De cada vez que a Europa se reúne para anunciar um novo plano para combater a crise das dívidas soberanas os especuladores financeiros mostram quem manda e atiram mais um país Europa ao tapete. O mal não foram os malandros dos Gregos nem só as engenharias dos Sócretinos ou como vai ser do mafioso do Berlusconi. O mal é todos sabem qual é e ninguém faz nada para o travar. É a especulação, o capitalismo global, a Nova Ordem Mundial que se aproxima. Já só mesmo os governantes é que parecem não o querer entender pois as populações cada dia mostram mais a sua indignação. O FMI, qual abutre, já esvoaça por Itália e em França já se preparam para aumentar impostos e cortar nos serviços sociais, de saúde e educação. O mal espalha-se e a Europa definha. Há culpados, há razões e existem outras soluções. Só uma outra democracia, mais verdadeira e mais interventiva em que os cidadãos pudessem exprimir a sua vontade e escolher o seu caminho. Com esta gente que nos mente e engana é que não vamos lá.
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De quando em vez, a verdadeira face desta farsa que é a democracia desta gente cai. Caiu por ocasião do Tratado de Lisboa e voltou a cair agora com a proposta de referendo, por mais hipocrita e oportunista que fosse, do Primeiro-Ministro Grego. Tantas foram as pressões e tanta a falta de vergonha desta gente que o próprio acabou de desistir dela mesmo depois de dizer que não prescindiria de dar a palavra ao povo grego. A Merkel e o Sarkozy, a quem ninguém passou procuração, reúnem-se e telefonam-se para decidir o que todos os outros têm de fazer. Os outros países da chamada União não têm opinião e os seus povos só têm de calar e comer. Esta é a verdadeira e actual Democracia Europeia, em que os dirigentes têm medo dos seus próprios cidadãos.
A Europa e o cadáver Grego
O primeiro-ministro grego George Papandreou anunciou hoje a realização de um referendo sobre o novo pacote de ajuda à Grécia. “A vontade do povo grego vai comprometer-nos”. “Eles querem adotar o novo acordo ou rejeitá-lo? Se os gregos não o quiserem, não será adotado”, acrescentou Papandreou, que na passada semana, enfrentou uma nova vaga de protestos contra medidas de austeridade adicionais decididas pelo governo.
Os lideres europeus caíram de cu, os mercados caíram por aí abaixo. Isto de se perguntar ao povo o que deseja é coisa que nesta democracia não é bem vista. Também lá dentro, na Grécia, a coisa não parece correr muito bem. Há já deputados que levantam a voz contra, outros pedem a cabeça do Papandreou e as chefias militares já foram demitidas com medo de um golpe de estado. A ideia do Primeiro-ministro até lhe pode ter parecido boa. Tentava que o Sim ganhasse com uma campanha forte e assustando com a bancarrota e a falta de financiamento, o que legitimaria as novas medidas de austeridade. Se o Não saísse vencedor limpava as mãos, qual Pilatos, e poderia sempre “chutar” para cima dos Gregos as responsabilidades do não pagamento da dívida e da inevitável saída do euro. A intenção até pode ter sido hipócrita, ao só dar a voz aos gregos quando a escolha já só é entre dois males, mas pelo menos é mais democrática.
A Europa chegou finalmente ao beco sem saída que todos previam mas ninguém evitou. Podem fazer as Cimeiras que desejarem mas o Euro, que já tinha morte anunciada, entrou em coma profundo. Mais um prego no caixão desta Desunião Europeia que tem lideres tão fracos que nem para dirigirem a colectividade aqui da rua serviam.
O Naufrágio da Europa
A guarda do mealheiro dos bancos
O Executivo da chanceler alemã, Angela Merkel, está a preparar um plano destinado a revitalizar as instituições financeiras do país, bancos e seguradoras, no caso de a Grécia não conseguir cumprir as condições impostas no pacote de ajuda internacional e entrar em incumprimento.Parece evidente que é impossivel a qualquer país poder uma dívida com juros de 55 por cento. A pergunta que se pode fazer é porque há quem empreste dinheiro sabendo que é impossivel que aquele a quem emprestam lhe possa vir a pagar?
Isso só faz algum sentido se souberem que quando chegar a hora do incumprimento alguém vai assumir a dívida e que acabarão por receber o que emprestaram e os juros na totalidade. Então quem pagará? Vamos pagar todos nós pois os governos podem dizer que não têm dinheiro para a saúde, educação ou apoios sociais mas para refinanciar a banca nunca vai faltar. Mais imposto, menos imposto, mais austeridade, menos austeridade o mais certo é que acabaremos todos por pagar.
O Terror periférico
O Passos Coelho foi à Cimeira Europeia prometer que Portugal vai cumprir na plenitude com o Plano da Troika sem protestar ou contestar e o George Papandreou que aceita, para a Grécia, o novo plano de austeridade imposto e que o pretende cumprir. Fizeram-me lembrar aquelas horríveis personagens dos filmes se satisfazem a espalhar o terror. E, as vitimas também somos nós.